quarta-feira, 28 de novembro de 2012

VENCENDO COM JESUS


VENCENDO COM JESUS

Que diremos, pois estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Romanos 8:31)

        Não importa a luta, a batalha que estejamos passando, enfrentando, o que devemos saber é que se somos filhos de Deus, do Criador do Céu e da terra, aquele que enviou o seu Filho único para morrer por nós, no nosso lugar, então devemos saber que Ele nos ama e que se nos submetermos a sua vontade e clamar seremos vencedores em qualquer situação que apareça adversa. Ao aceitarmos o seu amor, nos rebelamos contra todo mal, mas aceitar o amor é mais do que dizer, é concordar com a sua palavra, é saber que se estamos Nele somos vencedores, pois Jesus já venceu até a morte."Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes, o entregou por todos nós, como nos não dará também com Ele todas as coisas?”(Romanos 8:32)Jesus venceu em tudo simplesmente pelo fato de ter sido obediente ao Pai, e obedeceu até a morte e na cruz, o pecado entrou no mundo pela desobediência de um só homem, assim a nossa vitoria esta ligada a obediência ao Senhor, devemos imitar não a Adão o desobediente, mas a Jesus,  pois se assim procedermos venceremos tudo pois o amor do Pai estará em nós.
            "Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? È Deus quem os justifica.” (Romanos 8:33)Não podemos nos preocupar com o que dizem e pensam ao nosso respeito, o que devemos fazer é nos analisarmos para ver se estamos obedecendo ao Senhor; mesmo que esta obediência gere desconforto em casa, no trabalho, com a família, ou até  como  a nossa própria vontade carnal; devemos sempre olhar para Jesus, buscar imitá-lo sempre pois quem nos Justifica, protege é o Senhor, portanto nada devemos temer. "Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.” (Romanos 8:34)Se sabemos que quando amamos o Senhor, ou seja respeitamos os seus mandamentos, (Pois Jesus deixou claro que quem o ama é quem guarda os seus mandamentos) o Senhor Jesus intercede por nós, sabemos que somos justificados por Ele, então não devemos temer a nada, muito pelo contrário devemos ter ousadia de viver, pregar, e difundir o Evangelho, que é a boa noticia. Não podemos si quer temer qualquer acusação, luta, ou sofrimento, porque se estamos no Senhor sabemos que o final será vitoria. Mas se estivermos Nele, e Ele em nós.
            "Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angustia, ou a perseguição, ou a fome, ou nudez, ou o perigo, ou a espada?” (Romanos 8:35) Se quando a luta vem, a necessidade nós somos os que desprezamos a Palavra de Deus e buscamos refugio na mentira, no ódio, na desonestidade, ou qualquer erro e pecado,  então não estamos no Senhor, e nem nunca  estivemos, nem mesmo o conhecemos.Porque se estamos firmados Nele pode vir o que vier , acontecer o que acontecer, não saímos da sua presença nem abandonamos a sua Palavra, assim estaremos no seu amor. "Como esta escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia: fomos reputados como ovelhas para o matadouro.”(romanos 8:36)Passar por lutas é normal e rotineiro na vida do verdadeiro cristão, pois Jesus nos avisou que no mundo teríamos lutas, mas Ele também disse que seriamos mais do que vencedores Nele; portanto  devemos mesmo chorando, sangrando de dor, nos manter firme no amor Dele pois logo encontraremos refrigério para nossa alma. "Mas em todas estas coisas somos MAIS DO QUE VENCEDORES, por aquele que nos amou.” (Romanos 8:37)A nossa vitoria esta no Senhor, em sempre OBEDECER aos seus preceitos, pois Jesus é a Palavra. Leia e pratique a Bíblia. Que Deus abençoe.
Um abraço.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Lição 9 - Habacuque - A Soberania Divina sobre as Nações


Lição 9
2 de Dezembro de 2012

Habacuque
 A Soberania Divina sobre as Nações

TEXTO ÁUREO
"Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a vexação não podes contemplar; por que, pois, olhas para os que procedem aleivosamente e te calas quando o ímpio devora aquele que é mais justo do que ele?"
(Hc 1.13).

VERDADE PRÁTICA
A fim de cumprir os seus planos Deus age soberanamente na vida de todas as nações da terra

HINOS SUGERIDOS 288, 330, 364

LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Rs 17.23 Deus usou a Assíria contra Israel
Terça - Sf 2.13 O castigo contra a Assíria
Quarta - Jr 25.9 Deus usou a Babilônia contra Judá
Quinta - Jr 25.12 O castigo contra a Babilônia
Sexta - Jr 27.5-7 As nações sob a autoridade divina
Sábado - Hc 2.20 Perante o Senhor a Terra se cala

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Habacuque 1.1-6; 2.1-4

1 O peso que viu o profeta Habacuque.
2 Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não salvarás?
3 Por que razão me fazes ver a iniqüidade e ver a vexação? Porque a destruição e a violência 
estão diante de mim; há também quem suscite a contenda e o litígio.
4 Por esta causa, a lei se afrouxa, e a sentença nunca sai; porque o ímpio cerca o justo, e sai o 
juízo pervertido.
5 Vede entre as nações, e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos; porque realizo, em vossos dias, 
uma obra, que vós não crereis, quando vos for contada.
6 Porque eis que suscito os caldeus, nação amarga e apressada, que marcha sobre a largura da 
terra, para possuir moradas não suas.
1 Sobre a minha guarda estarei, e sobre a fortaleza me apresentarei, e vigiarei, para ver o que 
fala comigo e o que eu responderei, quando eu for argüido.
2 Então, o SENHOR me respondeu e disse: Escreve a visão e torna-a bem legível sobre tábuas, 
para que a possa ler o que correndo passa.
3 Porque a visão é ainda para o tempo determinado, e até ao fim falará, e não mentirá; se tardar, 
espera-o, porque certamente virá, não tardará.
4 Eis que a sua alma se incha, não é reta nele; mas o justo, pela sua fé, viverá.


INTERAÇÃO
"O justo viverá pela fé". Esta sentença tornou-se uma das mais importantes temáticas do Novo Testamento. Foi um dos lemas da Reforma Protestante. O apóstolo Paulo é um dos que descrevem a graça de Deus de maneira mais intensa e bela: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus" (Ef 2.8). Tal perspectiva da graça de Deus foi precedida pelo profeta Habacuque, quando ele declarou: "O justo, pela sua fé, viverá" (2.4). 

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Explicar o contexto histórico, a estrutura e a mensagem do livro de Habacuque.
* Compreender a situação do país na época de Habacuque.
* Mencionar a reposta de Deus ministrada ao profeta.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, providencie cópias do quadro abaixo para os alunos. Inicie a aula com a seguinte indagação: "Qual o propósito do livro de Habacuque?" Incentive a participação da classe e ouça todos com atenção. Depois, explique que o objetivo do profeta era mostrar ao Reino do Sul (Judá) que Deus estava no controle do mundo, embora o mal parecesse triunfar em alguns momentos. Habacuque foi um profeta inquiridor. Em seguida distribua as cópias com o esquema da página seguinte e explique que vários temas estão presentes na profecia de Habacuque. Podemos destacar, por exemplo, "a confiabilidade absoluta de Deus", "o domínio divino do universo", "a incapacidade humana de entender adequadamente os caminhos misericordiosos de Deus", "as lutas colossais da natureza e da política" e a "predisposição divina de não tolerar a violência derivada do orgulho". Faça um resumo do livro utilizando o quadro.

ESBOÇO DO LIVRO
O Interrogatório de Habacuque a Deus (1.2 — 2.20)
Questão: Como Deus permite que a ímpia Judá fique sem castigo (1.2-4).
Resposta: Mas Deus usará a Babilônia para castigar Judá (1.5-11).
Questão: Como Deus pode usar uma nação mais ímpia que Judá como instrumento de juízo (1.12 — 2.1).
Resposta: Deus também julgará Babilônia (2.2-20).
O Cântico de Habacuque (3.1-19)
Oração de Habacuque por misericórdia divina (3.1,2).
O poder do Senhor (3.1,2).
Os atos salvíficos do Senhor (3.3-7).
A fé inabalável de Habacuque (3.16-19).

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
No diálogo entre Habacuque e o Senhor, presenciamos uma singular beleza teológica e literária. Ao longo do livro de Habacuque, deparamo-nos com uma das mais notáveis declarações doutrinárias: "O justo, pela sua fé, viverá" (2.4). Este oráculo fez-se tão notório, que se tornou uma das mais importantes temáticas em o Novo Testamento (Rm 1.17 cf. Gl 3.8). Séculos mais tarde, inspirou Martinho Lutero a deflagrar a Reforma Protestante.

I. O LIVRO DE HABACUQUE
1. Contexto histórico. Habacuque exerceu o seu ministério quando os caldeus marchavam vitoriosamente pelo Oriente Médio (1.6). Tal marcha iniciou-se em 627 a.C. e foi concluída com a vitória sobre Faraó Neco, do Egito, na Batalha de Carquêmis, em 605 a.C. (Jr 46.2). Tempo em que, de fato, os caldeus tornaram-se um império pujante. Isso mostra que o profeta era contemporâneo de Jeremias e Sofonias (Jr 1.1; Sf 1.1). Ele menciona ainda a opressão dos ímpios sobre os pobres e o colapso da justiça nacional (1.2-4) e descreve também o cenário do reinado tirânico de Jeoaquim, rei de Judá, entre 605 e 598 a.C. (Jr 22.3,13-18).
2. Vida pessoal. Não há informações, dentro ou fora do livro, sobre a vida pessoal de Habacuque. Apenas temos a declaração de que ele é profeta (1.1), detalhe este também encontrado em Ageu e Zacarias (Ag 1.1; Zc 1.1). A partir dessas poucas informações e pela finalização de seu livro (3.19), muitos estudiosos entendem que Habacuque era um profeta bem aceito pela sociedade e - há quem afirme - oriundo de família sacerdotal. A literatura rabínica apoia essa ideia.
3. Estrutura e mensagem. No estudo passado, aprendemos que o termo "peso" indica uma "sentença pesada e profecia". A exemplo do livro de Naum, esse oráculo foi revelado à Habacuque na forma de visão (1.1). A profecia divide-se em três capítulos. O primeiro denuncia a corrupção generalizada da nação e a consequente resposta divina (1.2-17); o segundo, outra resposta do Eterno (2.1-20); e a terceira, a oração de Habacuque (3.1-19). O oráculo divino, que possui a mesma estrutura dos Salmos, tem como principal ênfase a fé.
SINÓPSE DO TÓPICO (1) O livro de Habacuque denuncia a corrupção generalizada da nação, descreve as respostas divinas e apresenta a oração de Habacuque.

II. HABACUQUE E A SITUAÇÃO DO PAÍS
1. O clamor de Habacuque. O que ocorria em Judá ia de encontro ao conhecimento que Habacuque possuía a respeito do Deus de Israel. Mas como é possível Aquele que é justo e santo tolerar tamanha maldade? O profeta expressa sua perplexidade na forma de lamentos: "Até quando, SENHOR[...]?" (1.2; Sl 13.1,2); "Por que [...]?" (1.3; Sl 22.1). Essas perguntas indicam que, há tempos, Habacuque orava a Deus em busca de solução.
2. A descrição do pecado. Assim, o profeta resume o quadro desolador do seu povo: iniquidade e vexação; destruição e violência; contenda e litígio (1.3). A Bíblia ARA (Almeida Revista e Atualizada) emprega o termo "opressão". A Bíblia TB (Tradução Brasileira) usa "perversidade" no lugar de "vexação". A estrutura poética nessa descrição revela a falência da justiça e o abuso opressor das autoridades em relação aos pobres.
3. O colapso da justiça nacional. A frouxidão da lei era consequência da corrupção generalizada. Na esfera judiciária, a sentença não era pronunciada, ou quando dado o veredicto, este sempre beneficiava os poderosos (1.4). A sociedade sequer lembrava-se da lei. Esta era o poder coercitivo para manter a ordem pública, garantir a segurança e os direitos do cidadão (Dt 4.8; 17.18,19; 33.4; Js 1.8). Mas a influência das autoridades piedosas não foi suficiente para mudar o estado das coisas. Somente o Senhor onipotente de Israel é quem pode fazer plena justiça.
SINÓPSE DO TÓPICO (2) O caos estabelecido em Judá era decorrente da corrupção generalizada e denunciada pelo profeta Habacuque.

III. A RESPOSTA DIVINA
1. O juízo divino é anunciado. Antes de Habacuque perceber a gravidade da situação, Deus, que está no controle de todas as coisas, apenas aguardava o tempo oportuno para agir e mostrar a razão de sua intervenção. Tudo estava nos planos do Senhor. O profeta e todo o povo de Judá precisavam prestar mais atenção aos acontecimentos mundiais, pois o Eterno realizaria, naqueles dias, uma obra que eles não creriam, quando lhes fosse contada (1.5). Essa obra era um novo império que Deus estava levantando no mundo. Não obstante, esse oráculo também diz respeito à vinda do Messias (At 13.40,41). 
2. Os caldeus e a questão ética (1.6). O império dos caldeus crescia e agigantava-se sob a liderança do rei Nabucodonosor. Ele estava a caminho de Jerusalém para invadir a província de Judá. No entanto, Habacuque ficou desapontado com essa resposta. Como um povo idólatra, sem ética e respeito aos direitos humanos, poderia castigar o povo de Deus? Ele pergunta: "por que, pois, olhas para os que procedem aleivosamente e te calas quando o ímpio devora aquele que é mais justo do que ele?" (1.13). Trataria o Senhor os filhos de Judá como os animais? (1.14). Permitiria à Babilônia fazer o que desejasse com o povo? (1.15-17). 
SINÓPSE DO TÓPICO (3) A primeira resposta divina era o agigantamento dos caldeus a caminho de Jerusalém para invadir a província de Judá.

IV. DEUS RESPONDE PELA SEGUNDA VEZ
1. A espera de Habacuque (2.1). Sabedor de que Deus lhe responderá, o profeta prepara-se para ser arguido por Deus. Ele se posiciona como uma sentinela - figura comumente empregada para descrever os profetas bíblicos. Sua função era ficar alerta para escutar a palavra de Deus e transmiti-la ao povo (Is 21.8; Jr 6.17; Ez 3.17).
2. A visão. A resposta divina veio ao profeta através de uma visão transmitida com agilidade e nitidez, dispensando a necessidade de que alguém lesse e a interpretasse (2.2), pois se tratava de uma mensagem que, apesar de futurística, era claríssima: A Babilônia desaparecerá da terra para sempre! No entanto, Judá, apesar do castigo, sobreviverá (Jr 30.11). O desafio era crer na mensagem! Ainda que seu cumprimento tardasse, Deus é fiel para cumprir a sua palavra (2.3; Jr 1.12). Assim como naquele tempo, o mundo permanece no pecado por causa da incredulidade e por isso não crê na pregação do Evangelho (Jo 9.41; 15.22; 16.9; 2 Co 4.4).
3. O justo viverá da fé. A expressão "alma que se incha" (2.4) refere-se ao orgulho dos caldeus (1.10; Is 13.19). O justo é aquele que crê no julgamento de Deus sobre a Babilônia (2.8). Ele sobreviverá à devastação de Judá pelo exército de Nabucodonosor: "o justo, pela sua fé, viverá" (2.4b). Mas ao mesmo tempo é uma mensagem de profundo significado para a fé cristã (Rm 1.17; Gl 3.8; Hb 10.38). Em o Novo Testamento, o "justo" é quem, proveniente de todas as nações, acolhe a mensagem do Evangelho e é justificado pela fé em Jesus.
SINÓPSE DO TÓPICO (4) A segunda reposta de Deus era que a Babilônia desapareceria para sempre. Mas Judá, apesar de passar por um castigo doloroso, sobreviveria

CONCLUSÃO
A Palavra de Deus é suficiente para corrigir o caminho tortuoso de qualquer pessoa. Apesar de a resposta divina nem sempre ser o que esperamos, ela é sempre a melhor. Quem não se lembra do fato ocorrido na vida de Naamã? (2 Rs 5.10-14). Isso acontece porque os caminhos e os pensamentos de Deus são infinitamente mais elevados que os nossos (Is 55.8,9). Vivamos, pois, pela fé!

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsidio Teológico
"O significado da fé em Habacuque
Além de estar dizendo claramente que os justos de Judá, apesar do sofrimento pelo qual passarão no ataque caldeu, serão poupados (como aconteceu com Jeremias, Daniel e tanto outros), o Senhor mostra ao profeta que sua compreensão concernente à vida espiritual ainda era superficial. Ainda faltava a Habacuque considerar alguns aspectos essenciais da vida com Deus. Sua Teologia ainda ignorava nuanças vitais, e que agora são sintetizadas para o profeta em uma única frase: 'O justo viverá pela sua fé'.
O justo não vive pelo que vê, sente, percebe, imagina ou pensa, mas pela fé. 'Porque andamos por fé e não por vista' (2 Co 5.7). Não que essas coisas não sirvam, vez por outra, para alimentar a nossa fé, mas não podem ser considerados fundamentos para ela. Nossa fé está fundamentada no próprio Deus, em sua Palavra. O justo está baseado nela" (DANIEL, Silas. Habacuque: A vitória da fé em meio ao caos. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.90).

VOCABULÁRIO
Pujante: Que tem grande força.
Oriundo: Descendente de.
Litígio: Pleito, demanda.
Coercitivo: Que reprime, força.
Arguido: Que foi repreendido, censurado.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
DANIEL, Silas. Habacuque: A vitória da fé em meio ao caos. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 52, p.40.

EXERCÍCIOS
1. Qual a principal ênfase do livro de Habacuque?
R. A fé.
2.O que revela a estrutura poética da descrição dos pecados em Habacuque 1.3?
R. Revela a falência da justiça e o abuso opressor das autoridades em relação aos pobres
3. Que obra, prometida por Deus, ninguém acreditará quando for contada (1.5)?
R. Essa obra era um novo império que Deus estava levantando no mundo.
4. Quem são, respectivamente, "a alma que se incha" e o "justo" em Habacuque 2.4?
R. Os caldeus e aquele que crê no julgamento de Deus sobre a Babilônia. 
5.O justo deve viver pelo quê?
R. Pela fé em Jesus Cristo.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Lição 8 - Naum - O Limite da Tolerância Divina


Lição 8
25 de Novembro de 2012

Naum - O Limite da Tolerância Divina

TEXTO ÁUREO
"Disse mais: Ora, não se ire o Senhor que ainda só mais esta vez falo: se, porventura, se acharem ali dez? E disse: Não a destruirei, por amor dos dez"
(Gn 18.32).

VERDADE PRÁTICA
No tempo estabelecido por Deus, cada nação, e cada indivíduo em particular, passará pelo crivo da justiça divina.

HINOS SUGERIDOS 204, 372, 458

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 18.20 O pecado de Sodoma e Gomorra
Terça - Sl 18.25,26 Deus faz justiça aos justos e ímpios
Quarta - Is 1.9 O exemplo do juízo divino
Quinta - Ez 14.13 O juízo divino à nação pecadora
Sexta - Mt 11.23,24 A ruína de uma cidade orgulhosa
Sábado - Rm 11.22 A bondade e a severidade de Deus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Naum 1.1-3,9-14 

Peso de Nínive. Livro da visão de Naum, o elcosita.
O SENHOR é um Deus zeloso e que toma vingança; o SENHOR toma vingança e é cheio de 
furor; o SENHOR toma vingança contra os seus adversários e guarda a ira contra os seus inimigos.
O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em força e ao culpado não tem por inocente; o 
SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés
Que pensais vós contra o SENHOR? Ele mesmo vos consumirá de todo; não se levantará por 
duas vezes a angústia.
10 Porque, ainda que eles se entrelacem como os espinhos e se saturem de vinho como bêbados, 
serão inteiramente consumidos como palha seca.
11 De ti saiu um que pensa mal contra o SENHOR, um conselheiro de Belial.
12 Assim diz o SENHOR: Por mais seguros que estejam e por mais numerosos que sejam, ainda 
assim serão exterminados, e ele passará; eu te afligi, mas não te afligirei mais.
13 Mas, agora, quebrarei o seu jugo de cima de ti e romperei os teus laços.
14 Contra ti, porém, o SENHOR deu ordem, que mais ninguém do teu nome seja semeado; da 
casa do teu deus exterminarei as imagens de escultura e de fundição; ali farei o teu sepulcro, 
porque és vil.


INTERAÇÃO
Nínive havia provado da graça e da misericórdia do Senhor. No tempo de Jonas, o povo ninivita arrependeu-se dos seus pecados e prostou-se perante o Eterno, confessando a sua ignomínia. Assim, o povo recebeu de Deus o perdão dos seus pecados. Aquela nação foi salva do juízo divino! Mas o tempo passou e depois de aproximadamente um século e meio, a nova geração de Nínive esqueceu-se do passado de quebrantamento ao Senhor. Ela voltou pecar contra Deus com requintes de crueldade, perversidade e malignidade. Por isso o profeta Naum vocifera: "Ai da cidade ensanguentada! Ela está toda cheia de mentiras e de rapina! Não se aparta dela o roubo". Agora o juízo divino sobre Nínive seria irreversível.

OBJETIVOS
Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
* Explicar o contexto histórico do livro de Naum.
* Apontar os limites entre tolerância e vindicação.
* Conscientizar-se da existência do juízo divino

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza o quadro abaixo. Utilize-o na introdução da lição. Explique que o livro de Naum é constituído por três capítulos. O primeiro descreve a natureza de Deus. O segundo proclama o juízo iminente sobre a cidade de Nínive. E o terceiro alista os pecados de Nínive, terminando com um quadro de julgamento divino já executado. Conclua enfatizando que no tempo de Deus, cada nação, e cada indivíduo, passará pelo crivo da justiça divina.

ESBOÇO DO LIVRO DE NAUM
TÍTULO (1.1) — PESO DE NÍNIVE
I. A Natureza de Deus e do Seu Juízo (1.2-15).
Características da Administração da Justiça de Deus (1.2-7).
A Ruína Iminente de Nínive (1.8 – 11.14).
Consolo para Judá (1.12,13,15)
II. Vaticínio a Respeito da Queda de Nínive (2.1-13)
Introdução (2.1,2).
O Combate Armado (2.3-5).
A Cidade é Invadida e Devastada (2.6-12).
A Voz do Senhor (2.13).
III. Razões da Queda de Nínive (3.1-19)
Os Pecados da Crueldade de Nínive (3.1-4).
A Justa Recompensa da Parte de Deus (3.5-19).


COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Quando Naum anunciou o seu oráculo contra Nínive, já fazia um século e meio que Deus havia dispensado a sua misericórdia à grande, poderosa e perversa cidade. No tempo de Jonas, o Senhor compadecera-se dos ninivitas, poupando-os de iminente destruição. Infelizmente, o tempo passou e eles vieram a se esquecer do perdão divino, voltando a pecar contra Deus. Por isso, o profeta Naum proclama a ruína inevitável de Nínive. Agora, o juízo divino é irreversível!

I. O LIVRO DE NAUM

1. Contexto histórico. Naum, à semelhança de outros profetas menores, não possui biografia. Ele apresenta-se apenas como o "elcosita". O reinado no qual profetizou não é mencionado (v.1b). As escassas informações de que dispomos ainda não são conclusivas. As opiniões dos eruditos são divergentes. Elas variam entre o assédio de Jerusalém, em 701 a.C., por Senaqueribe, rei da Assíria (2 Rs 18.13) até as reformas religiosas protagonizadas por Josias, rei de Judá, em 621 a.C. (cf. 2 Rs 22.1-23.37; 2 Cr 34.1-35.27).
a) Origem do profeta. Alguns estudiosos acreditam que "elcosita" (v.1c) refere-se a uma cidade da Assíria, situada a 38 quilômetros de Nínive, em Al-kush, ao norte do atual Mossul, Iraque. Tal informação é a menos provável, visto que, desde a antiguidade, a cidade de Cafarnaum - na Galileia, casa de Jesus (Mt 9.1; Mc 2.1), cujo nome significa "aldeia de Naum" - é apontada como local de nascimento do profeta.
b) Período aceitável. Em 612 a.C. a cidade de Nínive foi destruída. A profecia menciona também o desmoronamento de Nô-Amon como fato comprovado historicamente (3.8-10). O rei assírio, Assurbanipal, destruiu a cidade egípcia de Nô em 663 a.C. De acordo com essas informações, podemos considerar 663 a 612 a.C. como um período histórico significativo para situarmos o ministério profético de Naum.
c) Nínive (v.1). Nínive era a antiga capital do império assírio. Suas ruínas estão localizadas ao norte do Iraque. É uma das cidades pós-diluvianas fundada por Ninrode, descendente de Cuxe (Gn 10.8-11), por volta de 4500 a.C. - tornando-se proeminente antes de 2000 a.C. O rei assírio, Senaqueribe (705 - 681 a.C.), fortificou a cidade, garantindo assim o apogeu da capital assíria. O Senhor refere-se a ela como a "grande cidade" (Jn 1.2; 3.2). A crueldade do povo ninivita era indescritível e essa foi a fama que os acompanhou durante toda a história.
2. Estrutura. O "Livro da visão de Naum" (v.1b) consiste em três breves capítulos. O capítulo 1 divide-se em duas partes principais: a primeira é um salmo de louvor a Jeová (vv. 2-8); a segunda, num estilo poético, anuncia o castigo dos seus inimigos (vv. 9-14), sendo que o versículo 15 é parte do capítulo 2 na Bíblia Hebraica. O segundo capítulo anuncia o assédio e a destruição de Nínive. E o terceiro o "boletim de ocorrência" dos motivos de sua queda.
3. Mensagem. O tema do livro é a "queda de Nínive". A expressão "peso de Nínive" (v.1a) proclama o início de sua ruína. O substantivo hebraico para "peso" é massá que significa "carga, fardo, sofrimento" (Êx 23.5; Nm 11.11,17) bem como "sentença pesada, oráculo, pronunciamento, profecia" (Hc 1.1; Zc 9.1; 12.1). Ela aponta para a proclamação de um desastre (Is 14.28; 23.1; 30.6).
SINÓPSE DO TÓPICO (1) O tema do livro de Naum é a "queda de Nínive". Ele descreve o juízo de uma cidade que deliberadamente rebelou-se contra Deus.

II. TOLERÂNCIA E VINDICAÇÃO

1. Vingança (v.2). A mensagem de Naum é o juízo divino sobre Nínive. Aqui, sobressaem os atributos divinos pertinentes ao tema. O verbo hebraico naqam, "vingar-se, tomar vingança", aparece três vezes só neste versículo e precisa ser devidamente compreendido. Vingança é o castigo imposto por dano ou ofensa; diz respeito a infratores contumazes da lei divina. Visto que a vingança pertence a Deus (Sl 94.1), contra eles está o justo "Juiz de toda a terra" (Gn 18.25).
2. Longanimidade. Deus é compassivo e "tardio em irar-se" (v.3a), pois a longanimidade divina espera o arrependimento do pecador (Rm 2.4-6). Todavia, isso não é sinônimo de impunidade, pois a justiça do Eterno não permite tomar o culpado por inocente. Uma vez que Nínive persistiu em sua maldade e a Assíria construiu o seu império pela violência e desrespeito aos direitos humanos, massacrando muitos povos, dentre eles o de Judá e o de Israel, agora essas mesmas nações se alegrarão com a queda e a humilhação da cidade maléfica (3.5-7).
3. O poder de Deus. As descrições poéticas dos atributos divinos estão ligadas ao poder e a majestade de Deus (1.3-8). O profeta declara que o Senhor "tem o seu caminho na tormenta e na tempestade" (v.3). Em linguagem metafórica, o poder, a grandeza e a majestade do Senhor são descritos através da força da natureza. Essas descrições mostram que a espera do Eterno em punir os ninivitas não se deu por falta de poder, mas por causa de sua longanimidade.
SINÓPSE DO TÓPICO (2)Deus é tolerante, compassivo, pois espera o arrependimento do pecado. Todavia, a sua justiça não permite tomar o culpado por inocente.

III. O CASTIGO DOS INIMIGOS
1. Quem são os "inimigos"? Os assírios eram os "inimigos" e a expressão "peso de Nínive" (v.1) - referindo-se à capital da Assíria - o confirma. A ausência da indicação desse povo (vv. 9-14) também ensina as nações, ao longo da história, que sentenças similares às da Assíria são aplicáveis a qualquer povo que se levantar contra Deus. Por essa razão a queda dos assírios foi definitiva (v.9).
2. O estilo de Naum. O livro do profeta Naum é rico em metáforas. O exército assírio é comparado a um emaranhado de espinhos e aos bêbados embriagados com vinho (v.10), significando que Deus enfraqueceu o poder de Nínive e que os ninivitas são uma "presa fácil". Por esse mesmo motivo, Nabopolassar, rei de Babilônia e pai do rei Nabucodonosor, entrou na cidade em 612 a.C. sem resistência alguma dos assírios.
3. Reminiscências históricas? Alguns expositores bíblicos pensam que o "conselheiro de Belial" (vv. 11,12) é uma referência a Senaqueribe (2 Rs 18.13). É verossímil que o versículo 14 pareça aplicar-se a ele (2 Rs 18.36,37), pois a reminiscência histórica é comum em muitas mensagens proféticas. Entretanto, não é o que parece aqui, pois provavelmente a expressão "mais ninguém do teu nome seja semeado" (v.14), aluda à falta de herdeiro no trono, denotando o fim do império. Tal sentença indica o caráter definitivo do castigo divino.
4. A consolação de Judá. Assim como a profecia de Obadias era contra Edom, mas a mensagem era para Judá, semelhantemente ocorre aqui, conforme a declaração profética: "serão exterminados, e ele passará; eu te afligi, mas não te afligirei mais" (v.12). Essa abrupta mudança da terceira para a segunda pessoa indica a mensagem de esperança para Judá. O castigo de Judá é corretivo. O povo ainda achará o favor divino (v.13). Mas o juízo dos assírios é final, por haverem eles rejeitado a misericórdia que o Deus de Israel, gratuitamente, lhes havia oferecido através de Jonas.
SINÓPSE DO TÓPICO (3)O castigo divino contra os inimigos de Judá trouxe-lhe consolação e o favor divino de misericórdia.

CONCLUSÃO
Assim como o juízo divino puniu a capital da perversa Assíria, assim também acontecerá no dia da ira de Deus, quando Ele punirá a todos, indivíduos e nações, que, rejeitando a sua misericordiosa graça, perseveraram na prática do mal.
Nesse dia, todos prestarão contas de seus atos diante dEle. É o que adverte o próprio Senhor através de seus profetas. Contudo, a porta da graça está aberta, oferecendo gratuitamente, a toda as nações, ampla oportunidade de arrependimento e salvação através de Jesus Cristo (2 Pe 3.9).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
"Analisando as Palavras de Juízo dos Profetas
Se desejarmos ouvir as palavras dos profetas de uma maneira que seja fiel ao seu contexto original e, ao mesmo tempo, de utilidade contemporânea para nós, devemos antes de mais nada determinar o tema ou propósito básico de cada livro profético que desejamos pregar. Também será útil mostrar se o propósito do livro se encaixa no tema global e unificador do Antigo Testamento e no tema ou plano central de toda a Bíblia.
Depois de definirmos o propósito do livro, devemos, então, assinalar as principais seções literárias que constituem a estrutura do livro. Normalmente, existem mecanismos de retórica que assinalam onde tem início uma nova seção no livro. No entanto, quando tais mecanismos não estão presentes é preciso observar outros marcadores. Uma mudança de assunto, uma mudança de pronomes, ou uma mudança em aspectos de ação verbal, tudo isso pode ser um sinal revelador de que teve início uma nova seção" (KAISER JR., Walter C. Pregando e Ensinando a partir do Antigo Testamento: Um guia para a Igreja. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.121).

VOCABULÁRIO
Biografia: História da vida de uma pessoa.
Erudito: Aquele que sabe muito.
Protagonizar: Ocupar o primeiro lugar em um acontecimento.
Metáfora: Uso figurado de uma palavra. Consiste na transferência da palavra para outro âmbito semântico; fundamenta-se numa relação de semelhança entre o sentido próprio e o figurado.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
KAISER JR., Walter C. Pregando e Ensinando a partir do Antigo Testamento: Um guia para a Igreja. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
EDWARDS, Jonathan. Pecadores nas Mãos de um Deus Irado: e outros Sermões. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 52, p.40.

EXERCÍCIOS
1. Qual cidade é apontada como local do nascimento de Naum?
R.  A cidade de Cafarnaum.
2. Qual o assunto do livro de Naum?
R. A queda de Nínive.
3. O que é vingança e qual a necessidade de sua aplicação?
R. Vingança é o castigo imposto por dano ou ofensa; diz respeito a infratores contumazes da lei divina
4. O que mostra a descrição poética dos atributos divinos ligados ao seu poder e à sua majestade?
R. Que a espera do Eterno em punir os ninivitas não se deu por falta de poder, mas por causa de sua longanimidade.
5. Quem são os "inimigos" em Naum?
R.  Os assírios.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Lição 7 - Miqueias - A Importância da Obediência


Lição 7
18 de Novembro de 2012

Miqueias - A Importância da Obediência

TEXTO ÁUREO
"[...] Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros"
(1 Sm 15.22).

VERDADE PRÁTICA
A mensagem de Miqueias leva-nos a pensar seriamente acerca do tipo de cristianismo que estamos vivendo.

HINOS SUGERIDOS 285, 398, 422

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Dt 10.12,13 A rejeição do sacrifício formal
Terça - Is 1.15-17 Ritos sem piedade nada valem
Quarta - Mt 12.7 A piedade é maior que sacrifícios
Quinta - Mt 21.28-31 Prática e teoria da obediência
Sexta - Mt 23.23 O dízimo não substitui a piedade
Sábado - Lc 18.10-14 A lição do fariseu e do publicano


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Miqueias 1.1-5; 6.6-8

1 Palavra do SENHOR que veio a Miquéias, morastita, nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, a qual ele viu sobre Samaria e Jerusalém.
2 Ouvi, todos os povos, presta atenção, ó terra, em tua plenitude, e seja o Senhor JEOVÁ 
testemunha contra vós, o Senhor, desde o templo da sua santidade.
3 Porque eis que o SENHOR sai do seu lugar, e descerá, e andará sobre as alturas da terra.
4 E os montes debaixo dele se derreterão, e os vales se fenderão, como a cera diante do fogo, 
como as águas que se precipitam em um abismo.
5 Tudo isso por causa da prevaricação de Jacó e dos pecados da casa de Israel; qual é a 
transgressão de Jacó? Não é Samaria? E quais os altos de Judá? Não é Jerusalém?
6: 6 Com que me apresentarei ao SENHOR e me inclinarei ante o Deus altíssimo? virei perante ele com holocaustos, com bezerros de um ano?
7 Agradar-se-á o SENHOR de milhares de carneiros? De dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu 
primogênito pela minha transgressão? O fruto do meu ventre, pelo pecado da minha alma?
8 Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede de ti, senão que 
pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?


INTERAÇÃO
Professor, para aguçar a curiosidade de seus alunos, questione-os sobre o significado da palavra "rito". Explique que rito é "o conjunto de cerimônias e prática litúrgicas que cumpre a função de simbolizar o fenômeno da fé". Enfatize que no tempo do profeta Miqueias o povo realizava muito bem todo o ritual levítico. Porém, o Senhor não se agradava de suas reuniões solenes e sacrifícios, pois os rituais se tornaram algo mecânico, sem vida, uma simples obrigação religiosa.  Cumpriam a liturgia, mas não amavam verdadeiramente a Deus nem ao próximo. Que nunca venhamos a nos esquecer que Deus não está preocupado com nossas cerimônias religiosas, mas o que Ele espera é que seu povo o "adore em espírito e em verdade", que o ame acima de todas as coisas e ao próximo, pois toda a lei se resume nessa verdade (Mc 12.29-31).

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Explicar a estrutura da mensagem de Miqueias.
* Definir a obediência bíblica
* Conscientizar-se de que o ritual religioso não proporciona relacionamento íntimo com Deus e nem salvação. 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para introduzir a lição, reproduza de acordo com suas possibilidades, o quadro abaixo. É importante que os alunos tenham uma visão geral da estrutura do livro. Explique que a estrutura utilizada pelo profeta Miqueias é bem simples de entender, pois a sua divisão está baseada numa dupla sequência de ameaças e promessas.  Ao lermos Miqueias deparamo-nos com o juízo de Deus; a mensagem de esperança; juízos e misericórdia do Eterno.

ESBOÇO DO LIVRO DE MIQUEIAS
Capítulos 1 — 3
Uma série de juízo contra Israel e Judá:
Introdução (1.1).
Destruição de Samaria (1.2-7).
Destruição de Judá (1.8-16).
Pecados específicos do povo (2.1-11): cobiça e orgulho (2.1-5); falsos profetas (2.6-11).
Vislumbre de um livramento (2.12,13).
Capítulos 4 — 5
Mensagem de esperança:
Promessa do reino vindouro (4.1-5).
A derrota dos inimigos de Israel (4.6-13).
O Rei virá de Belém (5.1-8).
O novo reino (5.9-15).
Capítulos 6 — 7
Juízo de Deus contra Israel e sua misericórdia final:
Deus contra o seu povo (6.1-8).
Culpa de Israel e o castigo divino (6.9-16).
O lamento do profeta (7.1-6).
A esperança do profeta (7.7).
Israel será restabelecido (7.8-13).
Bênçãos finais de Deus para seu povo (7.14-20).

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

O problema do povo a quem Miqueias dirigiu a sua mensagem não era falta de liturgia, mas de uma correta motivação para se adorar ao Senhor. Embora cometesse toda a sorte de injustiças sociais, a geração contemporânea do profeta Miqueias oferecia sacrifícios a Deus, praticando todos os rituais levíticos, mas não sabia o verdadeiro significado do amor a Deus e ao próximo.

I. O LIVRO DE MIQUEIAS
1. Contexto histórico. Miqueias era de Moresete-Gate (1.1,14; Jr 26.18), cidade localizada a 32 quilômetros a sudeste de Jerusalém. Miqueias, assim como os demais profetas de Judá, não cita reis do Reino do Norte na introdução de seus oráculos. Seu ministério, porém, aconteceu no período dos reinados "de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá" (1.1). Essas datas estão entre 750 e 686 a.C., mas a soma desses anos deve ser reduzida significativamente por causa das corregências.
O profeta Jeremias afirma que a mensagem de Miqueias foi entregue no reinado de Ezequias (26.18). Considerando os últimos anos de Acaz e os primeiros de Ezequias, Miqueias deve ter profetizado entre 735 a.C. e 710 a.C.
2. Estrutura e mensagem. Trata-se de uma coleção de breves oráculos agrupados em sete capítulos divididos em três partes principais (1,2; 3-5; 6,7). Cada uma das partes marca o imperativo: "Ouvi" (1.2; 3.1; 6.1), que é fraseologia similar a de Isaías (4.1-5; Is 2.2-4).
O assunto do livro é a ira divina em relação aos pecados de Samaria e de Jerusalém. Miqueias dirigiu seu discurso contra a idolatria, censurou com veemência a opressão aos pobres e denunciou o colapso da justiça nacional (1.5; 2.1,2; 3.9-11). Além disso, anunciou, de antemão, o local do nascimento do Messias, em Belém (5.2 cp. Mt 2.1,4-6). O profeta chegou a ser citado pelo Senhor Jesus (7.6 cp. Mt 10.35,36).
SINÓPSE DO TÓPICO (1) O livro de Miqueias tem como assunto principal a ira divina sobre os pecados de Samaria e Judá.

II. A OBEDIÊNCIA A DEUS
1. O conceito bíblico de obediência. O verbo hebraico shemá: "ouvir, escutar, prestar atenção, obedecer", não significa apenas receber uma comunicação ou informação. O seu real sentido é mais forte e imperioso: obedecer é acatar ordens de autoridade religiosa, civil ou familiar. O referido verbo é empregado no Antigo Testamento para "obedecer" em 1 Samuel 15.22 e Jeremias 42.6. É usado, também, em seis das nove vezes em que shemá aparece em Miqueias (1.2; 3.1,9; 6.1,2,9).
A mesma ideia é vista nos ensinos de Jesus (Mt 11.15; 13.43). Por conseguinte, a obediência deve ser precedida pela compreensão e pelo amoroso acatamento da mensagem divina (Mt 7.24,26). Nesse sentido, ela pode ser definida como a prova suprema da fé e do nosso amor a Deus.
2. A desobediência das nações. O Senhor não é uma divindade tribal, que habita em quatro paredes. Ele é o Deus de toda a terra e o Soberano de todo o Universo. Justamente por isso, Ele apresenta-se como juiz e testemunha não apenas contra seu povo, Israel e Judá (1.2,5), mas também contra todas as nações da terra (1.2).
3. A ira de Deus sobre o pecado (1.3-5). O profeta descreve de forma pitoresca a reação divina contra o seu povo. Numa linguagem antropomórfica, o Senhor desce de seu santo templo, o céu, para julgar Samaria, capital de Israel e, da mesma forma, Jerusalém, capital de Judá, cujo pecado influencia todo o país. O quadro da sua majestosa e terrível presença lembra a ação dos terremotos e dos vulcões (Jz 5.4; Sl 18.7-10; Is 64.1-3; Hc 3.6,7).
SINÓPSE DO TÓPICO (2) A obediência deve ser precedida de compreensão e amoroso acatamento da mensagem divina.

III. O RITUAL RELIGIOSO
1. O rito levítico. Basicamente, o rito é um conjunto de cerimônias e práticas litúrgicas que cumpre a função de simbolizar o fenômeno da fé. O termo vem do latim ritus, que significa "cerimônia religiosa, uso, costume, hábito, forma, processo, modo". O Antigo Testamento usa a palavra para os sacrifícios (Lv 9.16; Ed 6.9) e para as festividades religiosas (Ne 8.18), tais como a Páscoa (Nm 9.14; 2 Cr 35.13) e a Festa dos Tabernáculos (Ed 3.4). A própria circuncisão é também um ritual (At 15.1). Contudo, em se tratando do Cristianismo, a liturgia é simples, contendo apenas dois rituais: o batismo e a ceia do Senhor (Mt 3.15; 26.26-30). Esses cerimonialismos, contudo, não substituem o relacionamento sincero com Deus, nem proporcionam salvação (1 Sm 15.22; Sl 40.6-8; 51.16,17; 1 Co 1.14-17; 11.28,29).
2. O diálogo de Deus com o povo (6.6). O Senhor, através do profeta, convida o seu povo para uma controvérsia. O que Deus fez de mal para Israel rejeitá-lo? (6.1-3). Em seguida, o Eterno traz à memória da nação os seus benefícios desde o princípio, quando remiu a Israel do Egito e protegeu seu povo no deserto contra os inimigos (6.4,5). Em uma pergunta retórica, o próprio Deus antecipa a resposta da nação. A lei estabelecia sacrifícios de animais como provisão pelo pecado (Lv 9.3) e o azeite para certas ofertas de libação (Lv 1.3,4; 2.1,15; 7.12). O problema de Judá não era a falta de rituais e sacrifícios, mas de uma verdadeira conversão a Deus.
3. Sacrifício humano (6.7). Oferecer o primogênito pela transgressão e o fruto do ventre pelo pecado era sinal de completo desatino do povo. A lei de Moisés condena tal prática sob pena de morte (Lv 18.21; 20.2-5) e em todo o Israel era repulsa nacional (2 Rs 3.27). Esse tipo de sacrifício só foi praticado por aqueles que, em todo Israel e Judá, apostataram-se da fé (2 Rs 16.3; 21.6; Jr 19.5; 32.35). Todos estavam dispostos a oferecer até mesmo o que Deus nunca exigiu deles, menos o essencial: sincero arrependimento e mudança de vida
SINÓPSE DO TÓPICO (3) O ritual religioso não substitui o relacionamento intenso com Deus e, muito menos, proporciona salvação.

IV. O GRANDE MANDAMENTO
1. A vontade de Deus. O estilo de vida que agrada a Deus foi comunicado ao povo desde Moisés. Portanto, toda a nação tinha o dever de conhecê-lo (Dt 10.12,13). Daí o porquê da indagação do profeta (6.8). Mas ninguém estava interessado nisso. O povo preferia tirar proveito da prática das injustiças sociais, esperando que o mero ritual do sacrifício fosse suficiente para autojusticar-se diante de Deus. Estavam enganados, pois Deus não se deleita em sacrifícios nem em rituais exteriores (Sl 51.17,18).
2. O sumário de toda a lei (6.8b). Os três preceitos - praticar a justiça, amar a beneficência e andar humildemente com Deus - são considerados pela tradição judaica, desde o século 1 a.C., o resumo dos 613 preceitos depreendidos da lei de Moisés. Essa é vista por muitos como a maior declaração do Antigo Testamento. Os dois primeiros preceitos falam do compromisso horizontal com o nosso próximo; e o terceiro, de compromisso vertical com Deus. Isso vale para todos os seres humanos e é paralelo ao ensino de Jesus: amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos (Mt 22.37-40).
SINÓPSE DO TÓPICO (4) O grande mandamento é este: amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

CONCLUSÃO
A lição para todos nós é esta: O que importa para Deus não é o que fazemos na Igreja, mas a nossa vivência com a família, o que fazemos no trabalho e como relacionamo-nos com a sociedade. Sem o verdadeiro arrependimento e um profundo compromisso com Deus, todas as práticas religiosas não passam de rituais vazios e completamente desprovidos de valor espiritual

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
"Os profetas Isaías, Miqueias, Amós e Oseias foram contemporâneos, o ministério de cada um deles começou entre 760 e 735 a.C. Eles viveram no período do esplendor profético dos hebreus. Isaías era profeta da corte e conselheiro da casa real, ao passo que Miqueias era profeta do campo. Ambos eram do Reino do Sul, capital Jerusalém. Oseias e Amós exerceram seu ministério no reino do Norte, em Samaria.
O título de cada livro profético nem sempre quer dizer ser ele o seu redator ou mesmo o orador que pronunciou tais oráculos. A profecia escatológica sobre Sião, em Isaías 2.3, reaparece em Miqueias. Ambos foram contemporâneos e profetizaram em Judá, sendo que Isaías era profeta da corte, na capital, e seu companheiro do campo, mas é difícil saber a fonte literária original" (SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 116).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
"[...] Miqueias previu uma segunda vinda de Davi (cf. Jr 30.9; Ez 34.23,24; 37.24,25). Ao que parece, este é o significado da famosa profecia registrada em Miqueias 5.2: 'E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade'. A associação do futuro rei com Belém e a referência às suas origens estarem nos tempos antigos dão a entender que a reaparição do próprio Davi está em vista. Claro que esta é uma predição messiânica. Outros profetas (por exemplo, Isaías em Is 9.6,7; 11.1,10) e a revelação bíblica subsequente deixam claro que estas referências a Davi se cumpriram no Messias que, como o Filho de Davi, reinará no espírito e poder do seu ilustre antepassado.
Em Miqueias 5.2, a atenção é dada à insignificância relativa de Belém entre os clãs de Judá. Ironicamente, o rei escolhido do Senhor surgiria desta pequena cidade. Este padrão de Deus elevar o pequeno e insignificante ocorre em outros textos do Antigo Testamento (Gn 25.23; 48.14; Jz 6.15; 1 Sm 9.21).
Este rei, que surge de tais origens humildes, protegerá o povo como um pastor (o mesmo foi dito acerca de Davi; 2 Sm 5.2; Sl 78.71,72). Reinando pelo poder do Senhor, a sua fama alcançará proporções universais (Mq 5.4). Ele e o vice-regente evitarão que o mais poderoso dos inimigos de Israel (simbolizado aqui pela Assíria, o inimigo tradicional de Israel) invada a terra (Mq 5.5,6).
Junto com a restauração do rei davídico, Miqueias também profetizou uma reversão na sorte de Jerusalém. Miqueias advertiu que esta cidade, escolhida por Davi como capital e local do templo do Senhor, seria sujeita ao sítio (Mq 5.1) e reduzida a entulhos (Mq 3.12). Ele personificou a cidade em sua humilhação como uma mulher em trabalho de parto, estorcendo-se em agonia para dar à luz (Mq 4.9,10). Da perspectiva do exílio, Jerusalém personificada reconhece a justiça do castigo de Deus e prevê o dia da justificação e restauração (Mq 7.8-12). Utilizando a imagem de Miqueias 4.9,10, o profeta comparou a volta do povo exilado em Sião a dar à luz (Mq 5.3). No futuro, o Senhor livraria Jerusalém dos que a atacavam (Mq 4.11-13)" (ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009, p.444).

VOCABULÁRIO
Pitoresca: Divertido, recreativo.
Antropomórfica: Conceito que visualiza Deus como possuindo forma humana.
Controvérsia: Disputa, polêmica.
Retórica: Pergunta que não exige resposta.
Libação: Líquido ou mistura de líquidos derramados sobre a oferta como parte do sacrifício.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009.
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 52, p.39.

EXERCÍCIOS
1. Qual o assunto do livro de Miqueias? 
R. O assunto do livro é a ira divina em relação aos pecados de Samaria e de Jerusalém.
2. Qual a definição de obediência?
R.  É acatar ordens de autoridade religiosa, civil ou familiar.
3. Qual o significado da palavra "rito" e quais são os dois rituais do cristianismo?
R .Cerimônia religiosa, uso, costume, hábito, forma, processo, modo. E os dois rituais do cristianismo são o batismo e a ceia do Senhor.
4. Desde quando o estilo de vida que agrada a Deus foi comunicado ao povo?
R. Desde Moisés
5. . Qual é a maior declaração do Antigo Testamento?
R.  Os três preceitos - praticar a justiça, amar a beneficência e andar humildemente com Deus.

O Reino


O Reino
Desde então, começou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino de Deus.(Mateus 4:17)
             Jesus iniciou o seu Ministério pregando, ensinando que o Reino havia chegado, que a partir do momento que as pessoas ouvissem esta pregação, este esclarecimento, elas tinham a opção de escolher entrar e viver no Reino de Deus ou permanecer no reino das trevas; a pregação do Senhor fundamentava em chamar o povo ao arrependimento, ou seja, uma mudança de hábitos, uma transformação, e assim serem dignos de serem chamados filhos de Deus. "E Jesus andando junto ao mar da Galiléia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores” (Mateus 4:18). Jesus iniciou pregando o Arrependimento, anunciando a chegada do Reino e fazendo discípulos. Tudo o que Ele queria que nós fizéssemos, Ele fez primeiro, para que aprendêssemos com Ele. Mas infelizmente as pessoas não aprenderam, ou não quiseram, e ainda não querem aprender estas partes, pois elas estão pregando, não o Evangelho do arrependimento, nem anunciado o Reino, mas pregam bênçãos desmedidas, e uma graça inexistente na Bíblia.
            "E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Mateus 4:19). Jesus arregimentou-nos para fazer pescadores de homens, ou seja,  apresentar o Reino, mostrar de forma clara e sem engano a vantagem de viver no Reino, de sermos chamados filhos de Deus, com a benção de viver eternamente, e não nos ensinou o engano da prosperidade financeira, nem que somente ir à igreja, ou participar de campanhas, é entrar no Reino, mas nos ensinou a abandonar os pecados, os erros, e tudo o que não é condizente com as leis do Reino, e ensinou que  deveríamos ir após Ele, agindo como Ele. "Então, eles, logo deixaram as redes, seguiram-no.” (Mateus 20:20). Devemos  deixar para trás tudo aquilo que nos impede de seguir o Mestre a caminho do Reino, deixar pra trás as redes que nos ligam ao reino do mundo, seguir fazendo exatamente o que Jesus fazia e pregava, ensinava e fazia discípulos segundo os preceitos divino.
            "E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, seu pai, consertando as redes; e chamou-os.” (Mateus 4:21). Mesmo aqueles que estavam tentando consertar as redes, Ele os chamava, mostrando-nos de forma clara que  não podemos permitir que nenhuma "rede” nos prenda ao reino do mundo, pois devemos abandonar tudo e seguir em direção ao Reino dos Céus, devemos viver  o Evangelho para que também tenhamos condições de pregá-lo, ensiná-lo, e não podemos tentar adaptar o reino do mundo ao reino de Deus, mesmo porque são totalmente incompatíveis. Não existem desculpas ou redes que possam nos atrapalhar de seguir ao Mestre, não podemos tentar consertá-las, mas sim abandoná-las. "Eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no” (Mateus 4:22). Negócios ou família, nada pode interferir na nossa caminhada em direção ao Reino. "E percorria Jesus toda a galiléia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o Evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo” (Mateus 4:23).
 Leiam e pratiquem a Bíblia. 
Que Deus os abençoe.
 Um abraço

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Pr Ciro Zibordi - Programa Movimento Pentecostal

Prog. Movimento Pentecostal Nº 437 - 27/10/2012 - Parte 2

Lição 6 - Jonas — A Misericórdia Divina


Lição 6
11 de Novembro de 2012

Jonas — A Misericórdia Divina 

TEXTO ÁUREO
"E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez"
 (Jn 3.10).

VERDADE PRÁTICA
O relato de Jonas ensina-nos o quanto Deus ama e está pronto a perdoar os que se arrependem.

HINOS SUGERIDOS 396, 406, 414

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Sl 85.10 Justiça e amor no Calvário
Terça - Jr 31.3 A grandeza do amor de Deus
Quarta - Lm 3.22 As misericórdias de Deus
Quinta - Mt 12.39,40 O profeta Jonas como figura de Cristo
Sexta - Lc 11.32 O exemplo dos ninivitas
Sábado - Lc 15.28-30 A "justiça" do irmão do filho pródigo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Reis 4.1-7

1 E uma mulher das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o credor a levar-me os meus dois filhos para serem servos.
2 E Eliseu lhe disse: Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.
3 Então, disse ele: Vai pede para ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não poucos.
4 Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte o que estiver cheio.
5 Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela os enchia.
6 E sucedeu que, cheios que foram os vasos, disse a seu filho: Traze-me ainda um vaso. Porém ele lhe disse: Não há mais vaso nenhum. Então, o azeite parou.
7 Então, veio ela e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto.


INTERAÇÃO
Nínive era absolutamente odiada pelos judeus. Como capital do império assírio, ela representava a maldade, a crueldade, a impiedade e agudeza de um império perverso. Mas o Altíssimo,  cheio de graça e amor, volta seu olhar para aquela cidade impenitente e decide enviar-lhe o profeta Jonas. O profeta, sabedor de toda maldade praticada pelos ninivítas, resistiu ao chamado divino. Entretanto, Deus estava no controle e  não demorou para que o profeta fosse até Nínive levar a mensagem de salvação.
Jonas aprendeu uma extraordinária lição a respeito do grande amor e misericórdia de Deus. Não podemos nos esquecer que a mensagem da salvação é para toda a humanidade.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Explicar o contexto histórico, a estrutura e a mensagem do livro de Jonas.
* Conhecer o atributo da misericórdia divina..
* Conscientizar-se da perenidade da misericórdia Deus.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir o primeiro tópico da lição, reproduza o esquema abaixo. Explique para a turma que o livro de Jonas destaca as duas principais chamadas de Deus na vida do profeta. Na primeira, ele desobedece e sofre as consequências. Na segunda, ele ouve ao Senhor e lhe obedece.

A CHAMADA DE JONAS
Primeira chamada (1.1 — 2.10)
* Chamada de Jonas: “vai à Nínive”. 1.1,2
* Desobediência de Jonas. v.3
* Consequências da desobediência de Jonas: para os outros (4-11); vv. 4-17
* para si mesmo (12-17).
* A oração de Jonas no meio da calamidade.2.1-9
* O livramento de Jonas. v. 10
Segunda chamada (3.1 — 4.11)
* Chamada de Jonas: “vai à Nínive”.  3.1,2
* A missão obediente de Jonas. vv.3,4
*Resultados da obediência de Jonas: os ninivitas se arrependem (vv.5-9); vv.5-10
* os ninivitas poupados do juízo divino (v.10).
* A queixa de Jonas. 4.1-3
* A repreensão e a lição de Jonas. vv.4-11

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
A história de Jonas, que fascina crianças e adultos, é mais conhecida por narrar a experiência do profeta no ventre do grande peixe. No entanto, esse acontecimento não deve ofuscar o milagre maior: a conversão de uma cidade pagã. Os dois milagres foram mencionados pelo Senhor Jesus e continuam a impressionar ao longo da história.

I. O LIVRO DE JONAS
1. Contexto histórico. Salta aos olhos de qualquer leitor que Jonas é da época do império assírio, cuja capital era Nínive. O nome do rei ninivita impactado com a pregação de Jonas, segundo se diz, é Adade-Nirari III, falecido em 783 a.C. Nessa época, Jeroboão II, filho de Joás, reinava em Samaria, sobre as dez tribos do Norte.
2. Vida pessoal. Jonas se apresenta apenas como filho de Amitai (1.1). Ele é mencionado em outras narrativas bíblicas e, por essa razão, sabe-se que era profeta do Reino do Norte, natural de Gate-Hefer, tendo vivido na época de Jeroboão II (2 Rs 14.23-25). Gate-Hefer localizava-se na terra de Zebulom (Js 19.13), nas proximidades de Nazaré da Galileia.
Jonas, que deveria ir para Nínive clamar contra esta cidade, desobedeceu à ordem divina, procurando fugir para Társis. É o único profeta bíblico, do qual se tem notícia, que tentou resistir ao Senhor. Ele seguiu em direção oposta. Társis, segundo Herodoto, é a mesma Tartessos, na orla ocidental do Mediterrâneo, a sudoeste da Espanha, ideia aceita pela maioria dos pesquisadores bíblicos. Será que Jonas não conhecia a onipresença de Deus? (Sl 139.7-10)
3. Estrutura e mensagem. O livro contém 48 versículos distribuídos em quatro breves capítulos. Apesar de começar com estrutura profética (1.1), a mensagem é apresentada em estilo biográfico. Não deixa, contudo, de ser uma profecia da história de Israel, ao mesmo tempo em que anunciam o ministério, a ressurreição e a obra missionária de Cristo (Mt 12.39-41; 16.4). O tema principal do livro é a infinita misericórdia de Deus e a sua soberania sobre todas as nações.
SINÓPSE DO TÓPICO (1) O tema principal do livro de Jonas é a inefável misericórdia de Deus e a sua soberania sobre as nações.

II. O GRANDE PEIXE
1. Baleia ou grande peixe? Na Bíblia Hebraica e na Septuaginta, o versículo 17 é deslocado para o capítulo seguinte (2.1). A língua hebraica não dispõe de termo técnico para "baleia". Essa palavra é usada como resultado de uma interpretação tradicional que atravessou séculos. As Escrituras Hebraicas empregam dag gadol, "grande peixe", uma vez (1.17 ;2.1), e simplesmente dag, "peixe", três vezes (1.17; 2.1,10). A Septuaginta traduz ketei megalo por "grande monstro marinho", e ketos por "monstro marinho", a mesma palavra usada no Novo Testamento grego (Mt 12.40).
2. Interpretação. Não há indício algum no texto para que ele possa ser interpretado como alegoria, ficção didática, mito, lenda etc. Rejeitamos todas essas linhas de pensamento, pois o oráculo foi entregue a Jonas no mesmo estilo dos outros profetas (1.1; Jr 33.1; Zc 1.1). Além disso, o Senhor Jesus Cristo, a maior autoridade no céu e na terra, interpretou o livro como histórico, assim como históricos foram o ministério e a ressurreição do Mestre. O Novo Testamento é a palavra final, e isso encerra qualquer questão (Mt 12.39-41; 16.4).
SINÓPSE DO TÓPICO (2) Em relação ao texto de Jonas que fala sobre o "grande peixe", não há indício algum para uma interpretação alegórica, mitológica ou lendária.

III. A MISERICÓRDIA  DIVINA
1. A conversão dos ninivitas (3.8,9). O curto relato do livro de Jonas serve como prenúncio da graça salvadora para todas as nações (Tt 2.11). Os ninivitas foram salvos pela graça, pois "creram em Deus" (3.5) e "se converteram do seu mau caminho" (3.10). As obras foram consequência da sua fé no Deus de Israel.
2. O "arrependimento" de Deus. O arrependimento humano é mudança de mente e de coração, de pior para melhor. Quando a Bíblia fala que "Deus se arrependeu" (3.10), parece confundir-nos um pouco, pois Deus é perfeito e imutável, não pode mudar, nem alterar a sua mente (Ml 3.6). A explicação para uma declaração como essa é a linguagem antropopática, um modo de falar em termos humanos, ou se trata de uma questão de ordem exegética, que é o nosso caso aqui. Quem mudou, na verdade, foi o povo, e nesse caso o perdão é parte do plano divino (Jr 18.7,8).
3. Explicação exegética. O texto sagrado declara que "Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho" (3.10a). O verbo hebraico aqui é shuv, literalmente: "voltar-se, retornar", frequentemente usado para indicar o arrependimento humano. A respeito do "arrependimento" de Deus, que vem na sequência (3.10b), o verbo é outro, naham, "ter pena, arrepender-se, lamentar, consolar, ser consolado" (Gn 6.6; 1 Sm 15.11; Jr 8.18). Essas nuanças linguísticas podem ser confirmadas por qualquer pessoa, ainda que não conheça uma única letra do alfabeto dessas línguas, com o auxílio, por exemplo, da Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego (CPAD).
SINÓPSE DO TÓPICO (3) A misericórdia divina alcançou os ninivitas segundo a graça do Deus Altíssimo.

IV. A JUSTIÇA HUMANA
1. Descontentamento de Jonas (4.1). Jonas foi bem-sucedido em sua missão. Qualquer profeta de Israel, ou mesmo algum pregador de hoje, sem dúvida alguma ficaria satisfeito com o resultado do trabalho. A Bíblia não revela a razão do descontentamento de Jonas, senão o que o ele mesmo afirma, ao dizer que sabia que Deus é "piedoso e misericordioso, longânimo e grande em benignidade e que te arrependes [niham] do mal" (4.2b).
2. Jonas esperava vingança? O império assírio foi um dos mais cruéis da história e tinha domínio sobre todo o Oriente Médio. Será que Jonas esperava uma vingança como retaliação por terem os assírios massacrado o seu povo? O certo é que, ainda hoje, há crentes que se incomodam com o retorno à Igreja dos que se acham afastados do rebanho. Quem não se lembra do irmão mais velho do filho pródigo? (Lc 15.25-32). Às vezes, a bondade divina incomoda alguns (Mt 20.15).
3. Compreendendo a misericórdia divina. A misericórdia divina é um dos atributos que revela a natureza de Deus (Êx 34.6; Jr 31.3). O Senhor poupou Nínive da destruição, prorrogou a sua ruína, e perdoou os seus moradores. O próprio Jonas, na qualidade de desertor, também foi alvo da infinita bondade de Deus.
SINÓPSE DO TÓPICO (4) A justiça humana é rápida para julgar, mas a divina é longânima em perdoar.

CONCLUSÃO
Jonas transmite-nos uma importante lição prática. O relato em si mostra a diferença abissal entre a bondade divina e a justiça humana. Aos ninivitas Deus falou por intermédio de Jonas. Hoje, Ele fala através de Jesus, que continua a salvar, a curar e a batizar com o Espírito Santo (Jo 14.16; At 4.12). Ele mesmo disse: "E eis que está aqui quem é maior do que Jonas" (Mt 12.41- ARA). O Mestre operou sinais, prodígios e maravilhas como nenhum outro antes ou depois dele, e deu oportunidade de salvação a todos (At 10.38). Mesmo assim, foi rejeitado pela sua geração (Jo 1.11). Por isso, lançou em rosto a incredulidade dos seus contemporâneos e elogiou a fé dos ninivitas por haverem ouvido a pregação do profeta e arrependido de seus pecados.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI
Subsídio Teológico
"Jonas
O livro de Jonas é diferente dos outros livros dos Profetas Menores. Trata-se de uma narrativa bibliográfica das experiências do profeta, e não de uma coletânea de mensagens proféticas. O tema prioritário do livro é a graça soberana de Deus pelos pecadores, ilustrada na sua decisão de reter o julgamento sobre os culpados, mas arrependidos ninivitas. Há também uma lição teológica importante a ser aprendida observando as respostas de Jonas a Deus. O retrato do autor de Jonas é altamente depreciativo. Os padrões duplos de Jonas fizeram com que as suas ações lhe contradissessem os credos de tom espiritual. Pelo exemplo negativo de Jonas, o leitor aprende a não resistir à vontade e decisões soberanas de Deus" (ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009, p.467).

VOCABULÁRIO

Antropopatismo: [Do gr. antropos, homem; do gr. pathos, sentimentos] Atribuição de sentimentos humanos a Deus. Figurativamente, encontramos várias expressões como esta: a ira de Deus, o arrependimento de Deus, etc. Tais expressões foram usadas para que o ser humano viesse a entender a ação divina na história sagrada. É uma forma de os autores sagrados dizerem que o Criador do Universo não é indiferente ao que acontece neste mundo; Ele age e reage de acordo com a sua justiça e santidade. Deus não é um ser destituído de sentimentos. Só que, nEle, todos os sentimentos são infinitamente perfeitos.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009.
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 52, p.39.

EXERCÍCIOS
1. Qual o tema do livro de Jonas?
R. O tema do livro é a infinita misericórdia de Deus e a sua soberania sobre todas as nações. 
2. De onde veio a palavra "baleia" do relato de Jonas?
R. Do resultado de uma interpretação tradicional que atravessou séculos. 
3. Qual a explicação quando a Bíblia afirma que "Deus se arrependeu"?
R. A explicação para uma declaração como essa é a linguagem antropopática, um modo de falar em termos humanos.
4. O que o atributo da misericórdia divina revela?
R.  Revela a natureza de Deus. 
5.Qual a razão do descontentamento de Jonas segundo ele próprio?
R. . Que Deus é "piedoso e misericordioso, longânimo e grande em benignidade e que te arrependes do mal".