domingo, 29 de setembro de 2013

Lição 1 do 4º Trimestre de 2013 - O Valor dos Bons Conselhos


6 de Outubro de 2013

Assembléia de Deus Missões do Jd. Nogueira
4º Trimestre de 2013
Sabedoria de Deus para uma vida vitoriosa.
A atualidade de Provérbios e Eclesiastes

O Valor dos Bons Conselhos

TEXTO ÁUREO
“O temor do SENHOR é o princípio da ciência;
os loucos desprezam a sabedoria e a instrução”  (Pv 1.7).


VERDADE PRÁTICA
Provérbios e Eclesiastes são verdadeiras pérolas da sabedoria divina para o nosso bom viver.

HINOS SUGERIDOS 
584, 629, 631

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Pv 1.2 A sabedoria revela prudência
Terça – Pv 1.3 A sabedoria oferece justiça, juízo e equidade
Quarta – Pv 1.4 A sabedoria traz conhecimento
Quinta – Pv 1.5 A sabedoria gera sábios conselhos
Sexta – Pv 1.6 A sabedoria interpreta a vida
Sábado – Pv 1.7 O temor do Senhor e a sabedoria

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Provérbios 1.1-6
1 Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel.
2 Para se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem as palavras da prudência;
3 para se receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a eqüidade;
4 para dar aos simples prudência, e aos jovens conhecimento e bom siso;
5 para o sábio ouvir e crescer em sabedoria, e o instruído adquirir sábios conselhos;
6 para entender provérbios e sua interpretação, como também as palavras dos sábios e suas adivinhações.

INTERAÇÃO
Prezado professor, iniciaremos mais um trimestre, o último do ano. Esta é uma excelente oportunidade para fazer uma autoanálise a respeito do seu ministério de ensino.  Seus objetivos foram alcançados? Seus alunos cresceram na graça e no conhecimento de Deus? Neste trimestre estudaremos parte da literatura sapiencial judaica, isto é, os livros de sabedoria dos judeus que tratam dos conselhos divinos para a vida humana. Veremos o quanto eles são atuais e relevantes em seus ensinamentos.
O comentarista deste trimestre é o pastor José Gonçalves, professor de Teologia, filósofo, escritor e vice-presidente da Comissão de Apologética da CGADB.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Conhecer o conceito geral dos livros de Provérbios e Eclesiastes.
* Identificar as fontes da sabedoria dos sábios antigos.
* Compreender o propósito da sabedoria ensinada em Provérbios e Eclesiastes.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para introduzir o primeiro tópico da lição, sugerimos que você reproduza o esquema abaixo. É importante que todos os alunos tenham uma cópia do quadro. O objetivo é fazer um resumo a respeito dos elementos literários presentes nos livros dos Provérbios e do Eclesiastes. Explique aos alunos que quando estes livros foram compilados nos tempos bíblicos, a cultura, a língua e o estilo literário eram opostos aos da literatura moderna. Compreender o estilo literário usado pelo compilador antigo é essencial para entendermos o sentido real do texto e evitarmos interpretações mirabolantes., escritor e vice-presidente da Comissão de Apologética da CGADB.

CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS DOS LIVROS DE:

PROVÉRBIOS
1. O estilo literário do livro dos Provérbios épelo menos dois: Provérbio e Instrução.
2. Provérbios: A expressão é de difícil de!nição, mas suas características são singulares:
a) concisão;
b) sagacidade;
c) forma memorável;
d) base na experiência;
e) verdade universal;
 f) objetivo prático e longo uso.
Quase sempre, o provérbio é descrito como poético ou rítmico, com metáforas sucintas, vivazes, convincentes e admiráveis
3. Instrução: Quase sempre articulada como o legado de um pai ao !lho, ou do mestre ao discípulo, que incluem ordens de proibições e as motivações pelos quais eles devem obedecer.

ECLESIASTES
1. O livro se divide em quatro partes: a primeira,a central, a segunda e o epílogo.
2. Primeira parte [1.1–3.15].
Reflexões bem organizadas sobre a vida, acompanhadas de um poema enternecedor sobre o tempo
3. Parte central [3.16–11.8].
Alguns provérbios aparecem. De vez em quando uma parábola e poesia também.
4. Segunda parte [11,9–12.8].
Há uma mudança de tom. A ideia é dar esperança ao jovem, pois a velhice chega depressa demais.
5. O epílogo [vv.9-14].
Esta seção é a justifcativa de como o pregador ensinou ao povo


COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Lembro-me dos ditados populares que ouvia dos meus pais: "Águas passadas não movem moinhos"; "Água mole em pedra dura tanto bate até que fura"; "Quem espera sempre alcança", e muitos outros. Essas pequenas expressões contêm conselhos de uma cultura popular impregnada de valores éticos, morais e sociais, que acabam por dirigir as regras da vida em sociedade.
Mais do que qualquer outra fonte, a Bíblia está recheada dessas pérolas. São bons conselhos que revelam a sabedoria divina. Tais máximas bíblicas são expressas em linguagem figurada, das mais variadas formas (parábolas, fábulas, enigmas e provérbios). Por isso, neste trimestre, conheceremos o que a Bíblia revela sobre os conselhos divinos contidos nos livros de Provérbios e Eclesiastes. Veremos ainda como esses conselhos se revelam na vida dos que temem ao Senhor.

I. - JOIAS DA LITERATURA SAPIENCIAL
1. O livro de Provérbios. A Bíblia diz que Salomão compôs "três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco" (1 Rs 4.32). O texto sagrado identifica Salomão como o principal autor do livro de Provérbios (Pv 1.1), mas não o único. O próprio Salomão exorta a que se ouça "as palavras dos sábios" (Pv 22.17), e declara fazer uso de alguns dos provérbios desses sábios anônimos (Pv 24.23).
O livro revela que havia alguns provérbios de Salomão que circulavam nos dias do rei Ezequias, e que posteriormente foram compilados pelos homens deste piedoso rei (Pv 25.1).
Por último, o livro de Provérbios revela que Agur, filho de Jaque, de Massá, é o autor do capítulo 30. Já o capítulo 31 é atribuído ao rei Lemuel de Massá. O livro pertence ao gênero literário hebreu conhecido como sapiencial, isto é, literatura da sabedoria.
2. O livro de Eclesiastes. Eclesiastes, juntamente com Cantares, Jó, Salmos e Provérbios, também faz parte do gênero literário conhecido como "Literatura Sapiencial". Sua autoria é atribuída a Salomão (Ec 1.1). Embora escrito pelo filho de Davi e pertença ao mesmo gênero literário, o livro de Eclesiastes possui um estilo diferente de Provérbios. Ele se apresenta como um discurso usado em assembleias ou templos. Alguns intérpretes acreditam que se trata de uma coletânea utilizada por Salomão em seus discursos.
Ao contrário do que muitos pensam, o livro de Eclesiastes não expõe uma espécie de ceticismo ou desencanto existencial. Salomão faz um balanço da vida do ponto de vista de alguém que teve o privilégio de vivê-la com intensidade, mas que descobre ser ela totalmente vazia se não vivida em Deus. A própria sabedoria, tão celebrada nos Provérbios, quando posta a serviço de interesses pessoais e objetivos mesquinhos é tida como tola.
SINOPSE DO TÓPICO (1) Provérbios e Eclesiastes são livros de sabedoria judaica que revelam os desígnios eternos para a vida.

II. A SABEDORIA DOS ANTIGOS
1. A inteligência dos sábios. Já observamos que pelo menos duas referências do livro de Provérbios fazem citação das "Palavras dos Sábios" (Pv 22.17; 24.23). Mas quem são esses sábios? O texto não os identifica. Todavia, o Primeiro Livro dos Reis fala acerca de outros sábios, igualmente famosos, e como Salomão os sobrepujou em sabedoria (1 Rs 4.29-31).
2. A sabedoria de Salomão. O escritor americano Eugene Peterson mostra a singularidade da sabedoria salomônica em diferentes áreas da vida. Mais especificamente nos Provérbios, há uma amostra de como honrar os pais, criar os filhos, lidar com o dinheiro, conduzir a sexualidade, trabalhar e exercitar liderança, usar bem as palavras, tratar os amigos com gentileza, comer e beber saudavelmente, bem como cultivar emoções e atitudes em relação aos outros de modo pacífico. Peterson ainda mostra que o princípio da sabedoria salomônica destaca que o nosso modo de pensar e corresponder-nos com Deus reflete a prática cotidiana de nossa existência. Isto significa que nada, em nossa vida, precede a Deus. Sem Ele nada podemos fazer.
SINOPSE DO TÓPICO (2) A sabedoria dos antigos, e particularmente a de Salomão, versava sobre diferentes áreas da vida humana.

III. AS FONTES DA SABEDORIA
1. A sabedoria popular. Os livros poéticos mostram, entre outras coisas como louvores e orações, muito da sabedoria do povo de Israel. Ciente dessa verdade, Salomão apresenta máximas populares para compor os seus Provérbios (Pv 22.17; 24.23). Podemos entender que Deus dá inteligência aos homens para que estes possam analisar as situações da vida e tirar delas conclusões que servirão para si mesmos e para outras pessoas, em forma de conselhos e advertências, como ocorre no livro de Provérbios.
2. A sabedoria divina. O texto bíblico destaca que Salomão "falou das árvores, desde o cedro que está no Líbano até ao hissopo que nasce na parede; também falou dos animais, e das aves, e dos répteis, e dos peixes. E vinham de todos os povos a ouvir a sabedoria de Salomão e de todos os reis da terra que tinham ouvido da sua sabedoria" (1 Rs 4.33,34). De onde vinha tanta sabedoria? O texto bíblico revela que Salomão orou pedindo a Deus sabedoria (1 Rs 3.9), e que o Senhor respondeu-lhe integralmente (1 Rs 3.10-12). Esta é a fonte da sabedoria de Salomão e explica o porquê de ninguém conseguir superá-la.
SINOPSE DO TÓPICO (3) A fonte de toda sabedoria do rei Salomão era o Senhor nosso Deus.

IV. O PROPÓSITO DA SABEDORIA
1. Valores éticos e morais. Na introdução do livro de Provérbios, encontramos um conjunto de valores éticos e morais que revelam o propósito desses conselhos. Ali, consta todo o objetivo proposto pelo livro: (1) Conhecer a sabedoria e a instrução; (2) Entender as palavras da prudência; (3) receber a instrução do entendimento, a justiça, o juízo e a equidade; (4) dar aos simples prudência e aos jovens conhecimento e sensatez; (5) ouvir e crescer em sabedoria; (6) adquirir sábios conselhos; (7) compreender provérbios e sua interpretação, bem como também as palavras dos sábios e suas metáforas (Pv 1.1-6).
2. Valores espirituais. Além de apontar valores éticos e morais, ao afirmar que o "temor do Senhor é o princípio da ciência; [e que somente] os loucos desprezam a sabedoria e a instrução" (Pv 1.7), o cronista sacro abaliza os valores espirituais que sobressaem nas palavras de Provérbios. Da mesma forma, o livro de Eclesiastes aponta para Deus como a razão de toda a existência humana. Fora dele não há base segura para uma moral social. Os livros de Provérbios e Eclesiastes formam uma tessitura milenar no contexto religioso judaico que, adaptado à nossa realidade, apresentam conselhos práticos para a vida cotidiana de todos os homens.
SINOPSE DO TÓPICO (4) O propósito da sabedoria nos livros de Provérbios e Eclesiastes é constituir um conjunto de valores éticos, morais e espirituais para a vida.

CONCLUSÃO
A literatura sapiencial, representada neste trimestre pelos livros de Provérbios e Eclesiastes, revela que o temor do Senhor é o fundamento de todo o saber. Ninguém pode ser considerado sábio se os seus conselhos não revelarem princípios do saber divino. Segundo a Bíblia, um sábio não se caracteriza apenas por ter muita informação ou inteligência, mas é alguém que aprendeu o temor do Senhor como a base de toda sua vida e, por isso, sabe viver e conviver (Tg 3.13-18).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
"Livros da Sabedoria
São considerados livros da sabedoria três dos livros poéticos: Jó, Provérbios e Eclesiastes, embora Jó seja realmente um livro de espécie única.
Essa classificação é baseada no fato de tratarem esses três livros dos problemas que mais interessam à humanidade. Jó trata do problema do sofrimento, Provérbios, do problema do dever moral, e Eclesiastes, do problema da felicidade.
Os livros chamados de Sabedoria são diferentes da literatura profética de Israel porque expressam melhor a filosofia dos pensadores do que as determinações das mensagens de Jeová. Não se encontra neles a frase: 'Assim diz o Senhor', quando falam dos problemas da vida e das conclusões dos homens.
Os sábios anunciaram as verdades como um tratado de filosofia moral, usando palavras de profundeza mais elevada do que seus conhecimentos, de modo que só tempos depois é que puderam ser interpretadas.
Provérbios e Eclesiastes apresentam principalmente esse fato" (MELO, Joel Leitão de. Eclesiastes versículo por versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p.12).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Lexicográfico
"Sabedoria [de Cristo]
Embora no Antigo Testamento a sabedoria seja personificada no livro de Provérbios e mostrada como tendo existido eternamente em Deus (Pv 8.22-30), ela é centrada em uma pessoa, o Senhor Jesus Cristo (1 Co 1.30; Cl 2.2,3; cf. Lc 11.49).
Cristo, em sua natureza humana, cresceu em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens (Lc 2.52), mas em sua natureza divina, repousava sobre ele o Espírito sétuplo cujo principal atributo é a sabedoria (Is 11.2). Como resultado os homens perguntaram, 'Donde veio a este a sabedoria' (Mt 13.54; Mc 6.2), não percebendo que alguém maior que Salomão estava ali (Mt 12.42). O apóstolo Paulo escreve que Ele é o poder e a sabedoria de Deus, destacando que a vida e a morte de Cristo eram o sábio plano de salvação de Deus (1 Co 1.24).
Os gregos, com sua filosofia, buscavam a sabedoria (1 Co 1.22) e produziram grandes homens como Platão e Aristóteles, mas não vieram a conhecer a Deus. Em contraste, Deus, em sua infinita sabedoria, usou a Palavra da cruz para revelar o modo como o homem pode ser salvo. O evangelho provou ser um tropeço para os judeus, que estavam tentando obter a salvação através das boas obras (Rm 9.30-33); e 'uma loucura ou insensatez' (gr. moria, os pensamentos de um simplório, simples demais para ser aceito como o verdadeiro conhecimento da salvação) para os gregos cultos. Os judeus ficavam ofendidos com o pensamento da crucificação, e por serem tão impotentes a ponto de precisarem que alguém morresse pelos seus pecados. Os gregos consideravam a simples fé em uma expiação substitutiva um modo fácil demais para a salvação. Contudo, a morte expiatória do Senhor Jesus Cristo é o epítome de toda a sabedoria (Ef 3.10), uma vez que ela resolve o maior problema do mundo e do homem, isto é, o pecado" (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.1712).

VOCABULÁRIO
Desencanto Existencial: Desgosto ou decepção com a realidade vivida, isto é, com a vida.
Tessitura: Modo como estão interligadas as partes de um todo; organização, contextura.
Sétuplo: Numeral que vale sete vezes o outro.
Epítome: A síntese, o resumo.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Bíblia de Estudo Defesa da Fé: Questões reais; Respostas precisas; Fé Solidificada. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão CPAD
nº 56, p.36.

EXERCÍCIOS
1. O que o livro de Provérbios revela acerca de Salomão?
R. O livro revela que havia alguns provérbios de Salomão que circulavam nos dias do rei Ezequias. Posteriormente, eles foram compilados pelos homens desse rei (Pv 25.1).

2. Embora pertença ao mesmo gênero literário de sabedoria judaica, qual a diferença entre Eclesiastes e Provérbios?
R. Diferentemente de Provérbios, Eclesiastes apresenta-se como um discurso usado em assembleias ou templos

3. Além de louvores e orações, o que os livros poéticos mostram?
R. Muito da sabedoria do povo de Israel.

4. Cite pelo menos três objetivos propostos na introdução do livro de Provérbios.
R. Conhecer a sabedoria, a instrução; entender as palavras da prudência; adquirir sábios conselhos.

5. Os livros de Provérbios e Eclesiastes formam uma tessitura milenar no contexto religioso judaico. Para nós, o que eles falam hoje?
R. Adaptados a nossa realidade, eles apresentam conselhos práticos para a vida cotidiana.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Orar no monte, ou na igreja?

Orar no Monte ou na Igreja? Qual será mais eficaz?


O leitor pergunta


Caro amigo, muito oportuna sua pergunta, já que hoje está voltando com muita força uma prática de tempos atrás, onde as pessoas afirmavam que orações feitas no monte são diferentes, são mais poderosas e até mais ouvidas por Deus do que orações feitas em outros lugares.
Orar no monte ou na igreja faz com que a oração tenha mais poder?
Mas será que isso é bíblico? Vamos analisar e compreender a questão:
A oração em regiões de montanhas era muito comum entre o povo judeu, principalmente por causa da geografia de seu território que favorecia tal prática devido à quantidade de montes. Outro fator interessante foram as grandiosas coisas que Deus fez e que envolviam os montes. Por exemplo, os dez mandamentos foram dados a Moisés no Monte Sinai. Elias venceu os 450 profetas de Baal no Monte Carmelo, quando Deus mandou fogo do céu ali. O templo de Salomão também foi construído nas regiões montanhosas de Jerusalém. Vemos também Jesus várias vezes usando os montes como local de suas orações: “E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar à parte. E, chegada [ já ] a tarde, estava ali só.” (Mt 14. 23)
Por esses e outros motivos, os montes aparecem na Bíblia com muita frequência relacionados a momentos especiais e poderosos de comunhão com Deus. Parece óbvio entender que, por causa desses fatos bíblicos, os montes teriam “algo de especial” para oferecer em termos de comunhão com Deus e poder. É o que muitos entendem e, por esse fato, estão sempre buscando montes para orar tentando alcançar um poder maior em suas orações. Já vi muitos pastores na Internet e na TV coletando nomes para levar ao monte a fim de interceder e prometendo mais poder nesse tipo de oração.
Porém, a Bíblia não aponta que lugares concedam mais poder a oração. Ou seja, não há nada na Bíblia que diga que no meu quarto a oração é mais fraca do que em um monte. Ou que se eu orar na igreja minha oração será atendida, mas se eu orar na sala de casa não será.
Interessante notar que quando Jesus orientou seus discípulos a respeito da oração usou a figura do quarto como exemplo de um bom lugar para orar: “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” (Mt 6. 6). É evidente que Jesus não estava aqui apontando que lugares conferem poder a oração. Ele estava tratando o caráter de comunhão e verdade entre o que ora e Deus. E também estava cutucando os hipócritas que oravam com o fim de serem vistos e tratados como mais espirituais que os outros. O foco de Jesus era a forma correta de orar e não lugares. Apesar de gostar de orar no monte e em lugares solitários, Jesus nunca atribuiu poder aos lugares, mas ao exercício da fé dos que oravam.
Só a título de curiosidade temos registrado na Bíblia orações em diferentes lugares: No cenáculo (At 9.40); A beira mar (At 20.36-38); Dentro da água (Lc 3.21); No terraço de uma casa (At 10.9). Também podemos destacar que a oração modelo dada por Jesus, o Pai Nosso, não apresenta indicações de lugares para ser realizada.
Dessa forma, concluímos que lugares não conferem qualquer status de poder a oração. É obvio que lugares proporcionam experiências melhores ou piores para alguma prática. Por exemplo, andar de carro é definitivamente melhor em um autódromo que em uma rua esburacada. Assim, montes e outros lugares cercados de natureza, proporcionam uma atmosfera de paz e tranquilidade que favorece a nossa comunhão com Deus e nosso foco. Mas esse fato não determina que uma oração seja ou não “forte”.
A oração sincera de uma pessoa a de Deus, independente de lugar, será ouvida pelo Senhor, que decidirá e dará sempre a última palavra em sua resposta. Como nos disse bem Tiago: “…Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” (Tg 5:16).

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Lição 13 - O Sacrifício que Agrada a Deus


29 de Setembro de 2013

O Sacrifício que Agrada a Deus

TEXTO ÁUREO
"Eu te oferecerei voluntariamente sacrifícios; louvarei o teu nome, ó Senhor, 
porque é bom"  (Sl 54.6).

VERDADE PRÁTICA
Ajudando os nossos irmãos, contribuímos para a obra de Deus, e, ao Senhor, oferecemos a mais pura ação de graças.

HINOS SUGERIDOS 400, 432, 545

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 4.1-7 Os primeiros sacrifícios
Terça - Sl 50.7-23 Os sacrifícios que Deus quer
Quarta - Sl 51.17 Sacrifícios para Deus
Quinta - Hb 13.15 Sacrifício de louvor
Sexta - Is 58.1-12 O sacrifício do jejum
Sábado - Fp 4.14-18 O auxílio como oferta a Deus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 4.14-23
14 Todavia, fizestes bem em tomar parte na minha aflição.
15 E bem sabeis também vós, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente.
16 Porque também, uma e outra vez, me mandastes o necessário a Tessalônica.
17 Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa conta.
18 Mas bastante tenho recebido e tenho abundância; cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus.
19 O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.
20 Ora, a nosso Deus e Pai seja dada glória para todo o sempre. Amém!
21 Saudai a todos os santos em Cristo Jesus. Os irmãos que estão comigo vos saúdam.
22 Todos os santos vos saúdam, mas principalmente os que são da casa de César.
23 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com vós todos. Amém!

INTERAÇÃO
Professor, com a graça de Deus chegamos ao final de mais um trimestre. Durante os encontros dominicais você e seus alunos, com certeza foram edificados, exortados e consolados por intermédio da Epístola aos Filipenses.  Paulo foi um homem que colocou sua vida a disposição do Mestre. Seu ministério esteve sempre em primeiro lugar. Muitos foram os sacrifícios que este abnegado servo de Deus teve que fazer para que o Evangelho chegasse até aos confins da terra. Nem mesmo a prisão foi capaz de impedi-lo de levar as boas novas aos perdidos. Ele pregou, ensinou e fez muitos discípulos, mesmo estando no cárcere. Paulo padeceu muito, todavia ele ensinou os crentes de Filipos e a nós também a termos uma vida cristã feliz. Sigamos o seu exemplo!

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Compreender como foi a participação da igreja de Filipos nas tribulações de Paulo.
* Explicar o ato de reminiscência entre Paulo e os filipenses. 
* Analisar a oblação e a generosidade dos filipenses.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para o encerramento do trimestre reproduza o quadro abaixoconforme as suas possibilidades. Utilize-o ao concluir a lição.  Apresente aos seus alunos alguns temas importantes que encontramos na Epístola aos Filipenses. Conclua perguntando à classe o que eles aprenderam de mais significativo durante o trimestre e o que gostariam de relatar para toda a classe.

Temas importantes encontrados na Epístola aos Filipenses


TEMA: Autossacrifício
EXPLICAÇÃO: Cristo sofreu e morreu para que pudéssemos ganhar a vida eterna. Com coragem e vigor, Paulo se sacrificou por seu ministério.
IMPORTÂNCIA: Cristo nos dá poder para deixar de lado as nossas necessidades e preocupações pessoais. Não devemos nos atrever a ser egoístas

TEMA: Unidade
EXPLICAÇÃO: Em cada igreja, em cada geração, aparecem influências decisivas (questões de lealdade e conflitos). Paulo encorajou os filipenses a se entenderem, a deixarem de se queixar e a trabalharem em conjunto.
IMPORTÂNCIA: Sendo crentes, não devemos discutir com nossos companheiros, mas nos unir contra nosso inimigo comum. Quando estamos unidos pelo amor, a força de Cristo se torna mais abundante.

TEMA: Vida Cristã
EXPLICAÇÃO: Paulo nos mostra como viver uma vida cristã feliz. Cristo é, ao mesmo tempo, nossa fonte de poder e o nosso guia.
IMPORTÂNCIA: O desenvolvimento do nosso caráter começa com a obra que Deus realiza em nós. Mas o crescimento também exige autodisciplina, obediência à Palavra de Deus e concentração de nossa parte.

TEMA: Alegria
EXPLICAÇÃO: Não importa o que venha a acontecer, os crentes podem ter profunda alegria, serenidade e paz. Essa alegria vem do conhecimento pessoal de Cristo e da dependência de sua força, em vez da nossa.
IMPORTÂNCIA: Podemos sentir alegria mesmo nos infortúnios. A alegria não se origina de circunstâncias exteriores, mas da força interior. Sendo cristãos, não devemos confiar no que temos ou experimentamos, mas no Cristo que está dentro de nós.

COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO
Além de apresentar assuntos de ordem doutrinária, a Epístola aos Filipenses destaca a gratidão e a alegria do apóstolo Paulo. Nela, temos uma das mais belas expressões de amor, confiança e contentamento de toda a Bíblia. Na última lição deste trimestre, veremos Paulo apresentando a assistência que recebera dos filipenses como oferta de amor e sacrifício agradável a Deus.
O apóstolo descreve o quanto o seu coração se aqueceu com a demonstração de amor e carinho dos filipenses. No final da epístola, ele revela a sua total confiança na suficiência de Cristo, pois esta lhe concedeu força para desenvolver o seu ardoroso ministério.

I. A PARTICIPAÇÃO DA IGREJA NAS TRIBULAÇÕES DE PAULO (4.14) 
1. Os filipenses tomam parte nas aflições do apóstolo. Paulo via a participação dos filipenses em suas tribulações como o agir de Deus para fortalecer o seu coração. A expressão "tomar parte" (v.14) sugere a ideia de "partilhar com, ou coparticipar de". A igreja de Filipos estava participando das aflições e tribulações com o apóstolo. Ela sentia as agruras de sua prisão. Por outro lado, o apóstolo sentia-se abençoado por Deus pelo fato de ser lembrado com tamanho amor e ternura pela comunidade cristã filipense. 
2. O exemplo da igreja após o Pentecostes. A igreja de Filipos vivia a mesma dimensão de serviço da comunidade de Jerusalém nos dias de Pentecostes (At 2.45-47). Com o seu exemplo, os filipenses nos ensinam que "tomar parte", ou "associar-se", nas tribulações de nossos irmãos é mostrar-se amorosamente recíproco. Ou seja: devemos nos amar uns aos outros, pois assim também Cristo nos amou.
3. O padrão de amor para a Igreja. O amor dos filipenses para com o apóstolo Paulo mostra-nos que esse deve ser o padrão de nosso cotidiano: a generosidade no repartir constitui-se em "sacrifícios que agradam a Deus" (Hb 13.16).
SINÓPSE DO TÓPICO (1) A igreja de Filipos vivia a mesma dimensão de serviço da comunidade de Jerusalém nos dias de Pentecostes. 

II. REMINISCÊNCIA: O ATO DE DAR E RECEBER (4.15-17)
1. Paulo relembra o apoio dos filipenses. O versículo 15 destaca a generosidade dos crentes filipenses em relação a Paulo. Mesmo sendo uma igreja iniciante e pobre, assim que tomou conhecimento das necessidades do apóstolo, a comunidade de fé de Filipos o apoiou integralmente (v.16). Com isso, os filipenses tornaram-se cooperadores do apóstolo na expansão do Reino de Deus até aos confins da terra. É por isso que Paulo não podia esquecer do amor que lhe demonstraram os crentes daquela igreja.
2. O necessário para viver. O versículo 16 revela-nos outro grande fato. Enquanto o apóstolo estava em Tessalônica, a igreja em Filipos continuava a enviar-lhe "o necessário" à sua subsistência. No ato de "dar e receber", os filipenses participavam do ministério de Paulo, pois não tinham em mente os seus interesses, mas as urgências do Reino de Deus. 
Por outro lado, Paulo não se deixava cair na tentação do dinheiro. As ofertas que ele recebia eram aplicadas integralmente na Obra Missionária. O apóstolo bem sabia da relação perigosa que há entre o dinheiro e a religião (1 Tm 6.10,11). Tal atitude leva-nos a desenvolver uma consciência mais nítida quanto às demandas do Reino. Fujamos, pois, das armadilhas das riquezas deste mundo, pois, como disse o sábio Salomão, "quem ama o dinheiro, jamais dele se farta" (Ec 5.10).
3. "Não procuro dádivas". Para o apóstolo, a oferta que lhe enviara a igreja em Filipos tinha um caráter espiritual, pois ele não andava a procura de "dádivas" (v.17). Quem vive do ministério deve aprender este princípio áureo: o ministro de Deus não pode e não deve permitir que o dinheiro o escravize. No final de tudo, o autêntico despenseiro de Cristo deve falar com verdade: "Não procuro dádivas"! Sua real motivação tem de ser o benefício da igreja de Cristo. Assim agia Paulo. Ele dava oportunidade aos filipenses, a fim de que exercessem a generosidade, tornando-os seus cooperadores na expansão do Reino de Deus (v.17 cf. Hb 13.16).
SINÓPSE DO TÓPICO (2) Paulo não caiu na tentação do dinheiro. As ofertas que ele recebia eram aplicadas integralmente na Obra Missionária. 

III.  A OBLAÇÃO DE AMOR E SAUDAÇÕES FINAIS (4.18-23)
1. A oblação no Antigo Testamento. A palavra "oblação" está relacionada à linguagem proveniente do sistema sacrifical levítico. O termo remete-nos a estas expressões: "cheiro de suavidade" e "sacrifício agradável e aprazível" (v.18). E estas, por sua vez, estão relacionadas às "ofertas de consagração" a Deus identificadas como "holocaustos" (Lv 1.3-17), "oferta de manjares" (Lv 2; 6.14-23), oferta de libação e oferta pacífica (Nm 15.1-10). Portanto, quando falamos de oblação, referimo-nos a uma oferta sacrifical comestível - azeite, flor de farinha etc. Uma parte era queimada para memorial e a outra direcionada ao consumo dos sacerdotes (Lv 2.1-3). 
2. A oblação e a generosidade dos filipenses. Paulo encara como verdadeira oblação a assistência que lhe ofereciam os filipenses. Tais ofertas eram-lhe como um "cheiro suave, como sacrifício agradável a Deus" (v.18). Assim, tendo em vista a generosidade praticada pelos filipenses, Paulo declara com plena convicção: "O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus" (v.19). 
A expressão "o meu Deus" aponta para aquEle que haveria de suprir não somente as suas necessidades, como também as dos filipenses e também as nossas. Aleluia! 
3. Doxologia. Os versículos 20 a 23 trazem a saudação final do apóstolo à igreja em Filipos. E, como podemos observar, Paulo não poderia concluir a sua carta de forma mais adequada: "A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com vós todos. Amém!" (v.23). 
Ele denota, assim, que todo o enfoque da carta é Cristo, e que nós, seus seguidores, temos de nos lembrar e viver por sua graça, pois "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados" (2 Co 5.19). 
SINÓPSE DO TÓPICO (3) O ministro de Deus não pode e não deve permitir que o dinheiro o escravize, pois sua real motivação tem de ser o benefício da igreja de Cristo. 

CONCLUSÃO
Após estudarmos esta tão rica epístola, o nosso desejo é que você ame cada vez mais o Senhor Jesus, e dedique-se a ser uma "oblação de amor" a Ele. O Senhor é o meio providenciado pelo Pai, a fim de reconciliar o mundo com Deus. Exalte o Eterno, pois você foi reconciliado com Ele em Cristo Jesus. A exemplo da igreja em Filipos, não esqueça: "a alegria do Senhor é a vossa força" (Ne 8.10). 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
"Saudações Finais de Paulo (4.21-23)
Considerando que as cartas seculares eram frequentemente concluídas com um desejo de boa sorte ou boa saúde, do autor, para o destinatário, Paulo concluiu tipicamente suas cartas oferecendo palavras de saudação (por exemplo, Rm 6.3; 1 Co 16.19; 1 Ts 5.26). A epístola aos filipenses reflete este estilo, pelo fato de o apóstolo concluir esta carta com algumas saudações finais. Esta parte final da carta pode ter sido uma observação realmente escrita pelo próprio Paulo, após seu escriba ter concluído a parte mais formal da carta. Esta parte é destinada a várias pessoas dentro da igreja - possivelmente os líderes mencionados no capítulo 1.1 (daí o uso do plural imperativo: 'Saudai a todos os santos em Cristo Jesus').
No verso 21, Paulo não está somente trazendo uma saudação coletiva à Igreja em Filipos, no mesmo sentido em que uma pessoa hoje pede a alguém que 'cumprimente a todos' em seu nome. Mantendo seu relacionamento afetuoso e sincero com os filipenses, está pedindo que cada um, e todos os cristãos da congregação, recebam a sua saudação
As palavras finais de bênçãos proferidas por Paulo repercutem suas palavras de saudação. Seus seguidores são lembrados da 'graça' que lhes foi estendida, pela obra vicária realizada em seu favor pelo Senhor exaltado (2.6-11)" (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4.ed.  Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. p.511).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
"A Origem dos Sacrifícios
Em relação à origem dos sacrifícios, existem duas opiniões: (1) que eles têm sua origem nos homens, e que Israel apenas reorganizou e adaptou os costumes de outras religiões, quando inaugurou, seu sistema sacrificial; e (2) que os sacrifícios foram instituídos por Adão e seus descendentes em resposta a uma revelação de Deus.
É possível que o primeiro ato sacrificial em Gênesis tenha ocorrido quando Deus vestiu Adão e Eva com peles para cobrir sua nudez (Gn 3.21). O segundo sacrifício mencionado foi o de Caim, que veio com uma oferta do 'fruto da terra', isto é, daquilo que havia produzido, expressando sua satisfação e orgulho. Entretanto, seu irmão Abel 'trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura' como forma de expressar a contrição de seu coração, o arrependimento e a necessidade da expiação de seus pecados (Gn 4.3,4). [Também é possível que a razão do sacrifício de Abel ter sido agradável a Deus, em contraste com sua rejeição ao sacrifício de Caim, tenha sido o fato de Abel ter trazido o que tinha de melhor ('primogênitos' e 'sua gordura') enquanto Caim simplesmente obedeceu aos procedimentos estabelecidos - Ed.]
Em Romanos 1.21, Paulo refere-se  à revelação e ao conhecimento inicial que os patriarcas tinham a respeito de Deus, e explica a apostasia e o pecado dos homens do seguinte modo: 'Tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças'. 
Depois do Dilúvio, 'edificou Noé um altar ao Senhor; e tomou de todo animal limpo e de toda ave limpa e ofereceu holocaustos sobre o altar' (Gn 8.20). Muito tempo antes de Moisés, os patriarcas Abrão (Gn 12.8; 13.18; 15.9-17; 22.2ss), Isaque (Gn 26.25), e Jacó  (Gn 33.20; 35.3) também ofereceram verdadeiros sacrifícios.
Um grande avanço na organização e na diferenciação dos sacrifícios ocorreu com a entrega da lei no Monte Sinai. Um estudo dos diferentes sacrifícios indicados revela seu desenvolvimento final, visando atender às necessidades do indivíduo e da comunidade" (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.1723).. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.

VOCABULÁRIO
Doxologia: Manifestação de louvor e  enaltecimento à divindade através de expressões de exaltamentos (Deus seja louvado!) e hinos.
Graça_vicária: O sacrifício de Cristo que nos substituiu.
Reminiscência: Lembrança.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RICHARDS, Lawrence O.  Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed.  Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
PEARLMAN, Myer. Epístolas Paulinas: Semeando as Doutrinas Cristãs. 1.ed

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 55, p.42.

EXERCÍCIOS
1. Como o apóstolo Paulo via a participação dos filipenses em suas tribulações?
R. Paulo via a participação dos filipenses em suas tribulações como o agir de Deus para fortalecer o seu coração.

2. O que sugere a expressão "tomar parte"?
R.  A expressão "tomar parte" (v.14) sugere a ideia de "partilhar com, ou coparticipar de"..

3. Qual o conselho do sábio Salomão em relação ao dinheiro?
R.   "Quem ama o dinheiro, jamais dele se farta" (Ec 5.10).

4. O que são ofertas de oblação?
R. Oferta sacrifical comestível - azeite, flor de farinha etc. Uma parte era queimada para memorial e a outra direcionada ao consumo dos sacerdotes (Lv 2.1-3). 

5. Como Paulo conclui a Carta aos Filipenses?
R. "A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com vós todos. Amém!" (v.23).



Ja se encontram a disposição 



terça-feira, 17 de setembro de 2013

Lição 12 - A Reciprocidade do Amor Cristão


22 de Setembro de 2013

A Reciprocidade do Amor Cristão

TEXTO ÁUREO
"Posso todas as coisas naquele que me fortalece"  (Fp 4.13).

VERDADE PRÁTICA
A igreja de Cristo deve zelar pelo bem-estar dos que a servem, a fim de que não haja necessitados entre os filhos de Deus.

HINOS SUGERIDOS 4, 244, 304

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 10.10 Vida cristã transbordante
Terça - Fp 4.19 Deus supre as necessidades
Quarta - Mt 6.19-21,31-34 A confiança nos bens gera ansiedade
Quinta - 1 Tm 5.17,18  A igreja cuidando de seus líderes
Sexta - Rm 15.25-27 Socorro material como prova de amor
Sábado - Fp 4.10-13 A fonte da nossa suficiência

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Filipenses 4.10-13
10 Ora, muito me regozijei no Senhor por, finalmente, reviver a vossa lembrança de mim; pois já 
vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade.
11 Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho.
12 Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou 
instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer 
necessidade.
13 Posso todas as coisas naquele que me fortalece.

INTERAÇÃO
Professor, você tem sido generoso para com aqueles que servem a Deus e a igreja? Então não terá dificuldade alguma em ensinar a respeito do tema proposto para a aula de hoje: a generosidade da igreja para com aqueles que a servem. Os irmãos de Filipos eram bem generosos. Eles enviaram os recursos que Paulo necessitava para sobreviver na prisão (4.10-20). Vivemos em uma sociedade marcada pelo egoísmo, todavia o crente tem em seu coração o amor de Cristo e este amor o leva a ajudar aqueles que necessitam de socorro. Nossa oferta de amor para aqueles que realizam a obra de Deus revelam a graça do Todo-Poderoso em nossas vidas. Ofertamos não para recebermos algo em troca, mas o fazemos de coração porque já temos experimentado das dádivas divinas. Que não venhamos nos esquecer que "mais bem-aventurada coisa é dar do que receber" (At 20.35).

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
# Saber que as dádivas dos filipenses era resultado da providência divina.
# Compreender que o cristão tem o contentamento de Cristo em qualquer situação.
# Explicar a respeito da principal fonte de contentamento do cristão.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza no quadro de giz os dois tópicos abaixo. Utilize-os para introduzir a lição. Discuta com os alunos estes princípios. Explique que estas duas regras devem nortear a nossa doação em favor daqueles que trabalham na obra do Senhor:
"Ao entregar uma oferta o valor não é o mais importante, mas sim a disposição de contribuir para o Reino".
"A doação deve ser como resposta a Cristo, e não pelas vantagens que podemos ter por fazê-lo. O modo como doamos reflete a nossa devoção ao Senhor" (Bíblia de Aplicação Pessoal, CPAD, p. 1620).

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, aprenderemos a importância da generosidade da igreja para com aqueles que a servem. Dependente das ofertas dos irmãos para sobreviver no cárcere romano, Paulo expressava uma profunda gratidão à igreja de Filipos pelos recursos enviados por intermédio de Epafrodito (4.10-20).
O apóstolo estava agradecido aos filipenses pelo amor que lhe haviam demonstrado. Ele, porém, destaca que sempre confiou à providência divina o seu sustento, e que sua alegria maior estava não nas ofertas recebidas, e sim no fato de os filipenses terem se lembrado dele.

I. AS OFERTAS DOS FILIPENSES COMO PROVIDÊNCIA DIVINA
1. Paulo agradece aos filipenses. A igreja em Filipos já vinha contribuindo com o ministério de Paulo desde o seu início (v.15). Agora, o apóstolo fora surpreendido pela segunda oferta enviada a ele, exatamente quando estava preso em Roma. Por isso, agradece e regozija-se pela lembrança dos irmãos (v.10).
Ele declara ainda que a oferta dos filipenses era o fruto da providência divina em seu ministério, pois confiava plenamente em Deus, em qualquer situação.
2. Reciprocidade entre o apóstolo e a igreja. Paulo amava a igreja em Filipos. Esta cidade foi a primeira da Europa a receber a mensagem do Evangelho. Ali, Paulo enfrentou perseguições, prisão e muito sofrimento. Porém, agora a igreja, firmada em Cristo, demonstra sua gratidão ao apóstolo cuidando dele e ajudando-o em suas necessidades (vv.10,11,15-18).
3. A igreja deve cuidar dos seus obreiros. Nenhum obreiro deve fazer de sua missão um meio de ganhar dinheiro. Todavia, a igreja precisa prover sustento digno àqueles que a servem. Paulo muito sofreu com a falta de sensibilidade da igreja em Corinto (v.15). Por outro lado, a igreja em Filipos procurou ajudar o apóstolo.
A Palavra de Deus nos exorta quanto ao sustento daqueles que labutam na seara do Senhor: "Não amordaces o boi, quando pisa o trigo" (1 Tm 5.18 - ARA). No mesmo versículo, o apóstolo completa que "digno é o obreiro do seu salário". Por isso, a igreja deve apoiar devidamente àqueles que são verdadeiramente obreiros, ajudando-os em suas necessidades (1 Tm 5.17).
SINÓPSE DO TÓPICO (1) Nenhum obreiro deve fazer de sua missão um meio de ganhar dinheiro, todavia a igreja precisa oferecer sustento digno àqueles que a servem.

II. O CONTENTAMENTO EM CRISTO EM QUALQUER SITUAÇÃO
1. O contentamento de Paulo. O apóstolo aprendeu a contentar-se em toda e qualquer situação. Seu contentamento estava alicerçado no fato de que Deus cuida dos seus servos e ensina-os a viver de forma confiante. Aos coríntios, Paulo escreveu: "não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus" (2 Co 3.5).
Paulo deu o crédito de sua força e contentamento a Deus. Muitos se gabam de sua robustez, coragem e até espiritualidade, esquecendo-se de que a nossa capacidade vem do Senhor. Para agirmos de forma adequada em meio às provações e privações é preciso reconhecer que dependemos integralmente do Senhor.
2. "Sei estar abatido" (v.12). Paulo inicia o versículo doze dizendo: "Sei estar abatido e também ter abundância". Ele estava convicto do cuidado de Deus. Por isso, aceitava as privações sem se envergonhar ou mesmo entristecer-se. Precisamos acreditar na provisão divina e aprender a contentar-nos em toda e qualquer situação.
Talvez você esteja passando por dificuldades. Não permita, porém, que elas o abatam. Confie no cuidado e na bondade do Pai Celeste. Ele é o nosso provedor. Para que o Evangelho chegasse aos confins da terra, muitos homens e mulheres, às vezes sem qualquer sustento oficial, deixaram suas famílias e saíram pregando a Palavra de Deus e fundando igrejas. Esses pioneiros não desistiram, e os resultados ainda podem ser vistos. Hoje, as igrejas, em sua maioria, possuem recursos para enviar obreiros e missionários a outras nações e ali sustentá-los, e devem fazê-lo. Cumpramos, pois, o nosso dever conforme a Bíblia nos recomenda.
3. O contentamento desfaz os extremismos. Apesar de o exemplo paulino e de a Bíblia ensinar-nos acerca do contentamento, é necessário abordar o perigo da adoção dos extremismos nessa questão. Muitos servos de Deus são obrigados, pela falta de compromisso de suas igrejas, a abandonar a obra de Deus. Para que isso não aconteceça, sejamos fiéis no sustento daqueles que estão servindo a causa do Mestre (1 Tm 5.18).
Os obreiros, por sua parte, não podem deixar-se dominar pela avareza e pela ganância. Paulo nos dá uma importante lição quando afirma: "Aprendi a contentar-me com o que tenho" (v.11). O culto ao Senhor não pode ser transformado em uma  fonte de renda. É o próprio apóstolo Paulo quem ensina a nos apartar daqueles que não se conformam "com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com a doutrina que é segundo a piedade". Isto porque, os tais apreciam "contendas de homens corruptos de entendimento e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho" (1 Tm 6.5). O ensino paulino demonstra que a piedade, com contentamento, já é, por si mesma, um "grande ganho" (1 Tm 6.6).
SINÓPSE DO TÓPICO (2) O crente pode contentar-se em toda e qualquer situação, pois seu contentamento está no fato de que Deus cuida dos seus servos e ensina-os a viver de forma confiante

III.  A PRINCIPAL FONTE DO CONTENTAMENTO (4.13)
1. Cristo é quem fortalece. Paulo nos ensina, com a declaração do versículo 13, que sua suficiência sempre esteve em Cristo. O que fez com que Paulo suportasse tantas adversidades?  Havia algum segredo? Não! O que fez do apóstolo um vencedor foi a sua fé em Jesus Cristo, aquele que tudo pode. A força do seu ministério era o Senhor. Você quer forças para vencer os obstáculos em seu ministério? Confie plenamente no Senhor!
2. Cristo é a razão do contentamento. Nossa alegria e força vêm do Senhor Jesus. Segundo Matthew Henry, "temos necessidade de obter forças de Cristo, para sermos capacitados a realizar não somente as obrigações puramente cristãs. Precisamos da força dEle para nos ensinar a como ficar contente em cada condição". Busque ao Senhor e permita que a alegria divina preencha a sua alma (Ne 8.10).
3. O cumprimento da missão como fonte de contentamento. Uma vez que o objetivo de Paulo era pregar o Evangelho em toda parte, nada lhe era mais importante que ganhar almas para o Reino de Deus. Nenhuma dificuldade financeira roubaria a visão missionária do apóstolo.
Ele não se angustiava pela privação material e social. Pelo contrário, a alegria do Senhor era a sua força. Paulo regozijava-se com a suficiência que tinha de Cristo. O descontentamento é como uma planta má que faz brotar a avareza (Hb 13.5,6), o roubo (Lc 3.14) e a preocupação com as coisas materiais (Mt 6.25-34). Por isso, contente-se em Cristo! Ele tomará conta de nós.
SINÓPSE DO TÓPICO (3) Cristo é a razão do contentamento, nossa alegria e força vêm dEle.

CONCLUSÃO
Aprendemos na lição de hoje, que a igreja de Cristo deve zelar pelo bem-estar dos seus obreiros, a fim de que não venham a passar privações. Todavia, a real motivação para servirmos à igreja de Deus jamais devem ser as recompensas materiais. Confiemos na provisão divina, pois assim seremos felizes em toda e qualquer situação.
Nosso contentamento em meio às adversidades é resultado da nossa fé e comunhão com o Senhor Jesus. Que estejamos na dependência do Senhor, para que Ele nos conceda alegria e força a fim de vencermos as vicissitudes e tribulações da vida.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
"Graças pelo dom e comunhão deles. A principal razão para Paulo escrever a essa igreja e de estar agradecido por esses irmãos é a expressão concreta deles de apoio a ele (4.1-18). Essa igreja enviou um presente em dinheiro para auxiliar Paulo enquanto estava na prisão (4.10-18). Paulo chama esse presente de 'comunic [ar] com ele, usando a forma verbal (ekoinõsen, v. 15) da palavra grega para comunhão (koinonia). Eles comungam com ele ao participar de seu ministério por meio dessa expressão concreta de amor e de preocupação. Paulo não esperava nem pretendia esse auxílio. Paulo aprendeu a se contentar seja qual fosse sua situação, quer na pobreza quer na abundância. Na verdade, quando Paulo escreve que pode todas as coisas por intermédio de Cristo que o fortalece (4.13), ele quer dizer que pode enfrentar todo tipo de circunstância ou situação financeira sem perder de vista o propósito de Deus para ele. Por isso, recebe o presente deles com gratidão, no qual ele diz ser 'oferta de aroma suave' a Deus (4.18 - NVI). A preocupação deles faz com que lhes assegure que Deus também cuida deles (4.19)'" (ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.365).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
"Nos versos 15 e 16, Paulo alegremente relembra o apoio que os filipenses lhe ofereceram. Relembra os dias anteriores, quando o evangelho foi proclamado pela primeira vez em Filipos (At 16.4). Quando o apóstolo passou pela Macedônia até a Acaia, em sua segunda viagem missionária, a igreja em Filipos foi a única a sustentar seus esforços. Na linguagem emprestada do mundo comercial, o apóstolo considerou sua parceria como uma questão de 'dar e receber' (termos aproximadamente equivalente aos conceitos de débito e crédito).  Paulo 'deu' o evangelho aos filipenses e 'recebeu' seu apoio. De fato, o verso 16 indica que por mais de uma vez enviaram sua assistência a Paulo antes que deixasse a Macedônia, enquanto ainda estava na cidade vizinha de Tessalônica (At 17.1-9). Os filipenses, por sua vez, 'deram' seu apoio material e moral a Paulo, tendo recebido a mensagem das boas novas e agido de acordo com esta.
No versículo 17, Paulo reitera a pureza de seus motivos em sua expressão de gratidão aos cristãos de Filipos. Não está procurando 'dádivas' ou agradecendo de alguma maneira que venha a ser a base para favores futuros. Sua motivação visa o benefício deles. Sua descrição da recompensa que terão por associarem-se a ele na obra de Deus é expressa em termos financeiros. Sua participação no Evangelho produzirá juros ou dividendos  (literalmente 'fruto'), o que resultará no 'aumento da conta' deles" (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004. p.510).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RICHARDS, Lawrence O.  Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed.  Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
PEARLMAN, Myer. Epístolas Paulinas: Semeando as Doutrinas Cristãs. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 55, p.42.

EXERCÍCIOS
1. O que o apóstolo Paulo declara acerca da oferta dos filipenses?
R. Ele declara ainda que a oferta dos filipenses era o fruto da providência divina em seu ministério, pois confiava plenamente em Deus, em qualquer situação.

2. Por que a igreja deve apoiar devidamente àqueles que são verdadeiramente obreiros, ajudando-os em suas necessidades?
R. Porque é bíblico. A Palavra de Deus nos exorta quanto ao sustento daqueles que labutam na seara do Senhor: "Não amordaces o boi, quando pisa o trigo" (1 Tm 5.18 - ARA). No mesmo versículo, o apóstolo completa que "digno é o obreiro do seu salário".

3. Em que o contentamento de Paulo estava alicerçado?
R.  Seu contentamento estava alicerçado no fato de que Deus cuida dos seus servos e ensina-os a viver de forma confiante.

4. O que Paulo nos ensina na sua declaração do versículo 13?
R.  Paulo nos ensina, com a declaração do versículo 13, que sua suficiência sempre esteve em Cristo.

5. Qual tem sido a fonte do seu contentamento?
R. Resposta pessoal

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Ordem no Culto


Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. (1 Coríntios 14.26)
Infelizmente temos visto muita desorganização em algumas igrejas, vemos um movimento que chega às raias da loucura, onde dançam, pulam, caem pelo chão, rolam e dizem que é ação do Espírito Santo. Várias pessoas falando línguas estranhas ao mesmo tempo, sem intérpretes, profecias e revelações sendo entregues sem nenhuma ordem, e a maioria delas contrária à Palavra de Deus. São revelações que confrontam com o Evangelho. É necessário ordem e organização nos cultos, e em todo tempo sermos guiados pelo Espírito Santo, que é Espírito e não emoção, tampouco carnalidade, pois, é por aí que entra o diabo. Muitas igrejas que se dizem pentecostais, na verdade há muito deixaram de pregar e viver o Evangelho legítimo, basta ver como algumas pessoas são tomadas e fazem movimentos que nada tem à ver com o Espírito de Deus.
"E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete. (1 Coríntios 14.27) 
 Pessoas se levantam e começam a orar e falar em uma língua estranha e entregar profecias, e isto sem ter quem as interprete,  falam em línguas no púlpito, nos corredores e em toda parte, e estes mesmos querem interpretar, sendo que não é isto que a Palavra diz. Devemos observar se, o que está sendo feito é emocional, ou espiritual, e se for espiritual devemos discernir qual é o espírito, pois, há espíritos que  agem livremente dentro das igrejas, ele é o enganador.
"E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.” (2 Coríntios 11.14). 
Portanto não é por falar o nome de Deus e ter nome de igreja evangélica que realmente seja;  são do Senhor àqueles que praticam os seus mandamentos.
"Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus.”(1 Coríntios 14.28). 
Se não tem uma segunda pessoa ali na igreja para interpretar a língua, então não fale, ore baixinho para si mesmo apenas. Mesmos lideres, pastores que no púlpito estão falando em línguas, cantando, se não tem intérprete, estão indo contra a Palavra, pois, não podemos, com a desculpa de fazer pessoas virem e permanecer na igreja demonstrar uma espiritualidade, santidade que se manifesta de forma carnal, sendo assim ela inexiste; muitas vezes, vão orar por alguém e começam a orar em línguas, como se a pessoa entendesse, devemos saber que os demônios também falam línguas estranhas, línguas próprias deles, e muitas das vezes confundem quem realmente não vive a Palavra de Deus.

"E falem dois ou três profetas, e os outros julguem. Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.” (1 Coríntios 14.29,30). 
Profecias, revelações, precisam ser julgadas, e todas as profecias têm que se cumprir, e estarem de acordo com a Palavra de Deus, porque não existe revelação nova contrária à Palavra, e, se não se cumprir não foi Deus quem falou.
"Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos sejam consolados.”(1 Coríntios 14.31). 
Toda profecia e revelação é do Espírito Santo, quando legitima. Se realmente estiver acontecendo, ela deverá ser dita, mas, em ordem e não ao mesmo tempo, e deve ser falada em língua comum para que todos entendam; e também não não há necessidade de pular, gritar, espernear, como se para entregar uma profecia esteja recebendo um espírito, pois isto é carnal, emocional.
"E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.” (1 Coríntios 14.32).
 Os profetas estão sujeitos a si mesmo,  se eles estiverem falando verdade ou mentira, somente eles sabem e, quem também for profeta poderá discernir com clareza, uma vez que a semente é lançada, ela cresce para o bem ou mal.
"Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.”(1 Coríntios 14.33). 
Se está existindo confusão e desordem,  cuidado, pois, não é o Senhor que está neste lugar, porque quando somos dirigidos pelo Espírito, produzimos o seu fruto.
"Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” (Gálatas 5.22)