terça-feira, 26 de março de 2013

Novela não é programa para crente



Estudo do BID comprova influência negativa das 
novelas na vida das famílias

As novelas brasileiras – não só da Rede Globo de Televisão, mas de qualquer canal hoje – são já há décadas uma verdadeira praga na disseminação e instigação de imoralidades, influenciando as pessoas (principalmente jovens, mas não só eles) a um estilo de vida e a comportamentos que se chocam frontalmente com os valores da Palavra de Deus. Isso é um fato, comprovado, inclusive, cientificamente.

Pra quem não se lembra, vamos lá: em janeiro de 2009, pesquisadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) revelaram um estudo que mostrava a ligação concreta entre as novelas e o aumento no número de divórcios no Brasil nas últimas décadas. Na pesquisa, foi feito um cruzamento de informações extraídas de censos dos anos 70, 80 e 90 e dados sobre a expansão do sinal da Rede Globo de Televisão pelo país, que chegou a 98% dos municípios brasileiros em meados da década de 1990.

De acordo com os autores do estudo, Alberto Chong e Eliana La Ferrara, o estudo mostra que “a parcela de mulheres que se separaram ou se divorciaram aumentou significativamente depois que o sinal da Globo se tornou disponível nas cidades do país”. A pesquisa também descobriu que esse efeito é mais forte em municípios menores, onde o sinal é captado por uma parcela mais alta da população local. Os resultados mostram claramente que as áreas onde o sinal das novelas chegava pela primeira vez apresentavam em seguida um aumento na porcentagem de mulheres de 15 a 49 anos divorciadas ou separadas. “O aumento é estatisticamente significativo”, afirmou Chong em matéria publicada na BBC Brasil à época. Simplesmente, nas últimas décadas, a taxa de divórcios aumentou enormemente no Brasil. Segundo a ONU, os divórcios pularam de 3,3 para cada 100 casamentos em 1984 para 17,7 em 2002 em nosso país!

Os pesquisadores do BID lembraram ainda no estudo que “o enredo das novelas frequentemente inclui críticas a valores tradicionais e, desde os anos 60, uma porcentagem significativa das personagens femininas nas novelas não refletia os papeis tradicionais de comportamento reservados às mulheres na sociedade. A exposição das telespectadoras a estilos de vida modernos mostrados na TV, a funções desempenhadas por mulheres emancipadas e também a uma crítica aos valores tradicionais mostrou estar associada aos aumentos nas frações de mulheres separadas e divorciadas nas áreas municipais brasileiras”.

Foram analisadas 115 novelas transmitidas pela Globo entre 1965 e 1999. Nelas, 62% das principais personagens femininas não tinham filhos e 26% eram infieis a seus parceiros.

Sim, novelas afetam as pessoas. Comprovadamente, afetam até a moda – tanto no que diz respeito a roupas como a novas gírias e motes populares. Afeta comportamentos. Esfria as pessoas espiritualmente. Faz com que elas comecem a aceitar paulatinamente como normal atitudes e pensamentos que são absolutamente reprováveis, que não condizem com um cristão.

Pois bem, de lá para cá, o cardápio das novelas brasileiras não ficou só em apologias à infidelidade conjugal, à prática da mentira, a separações e a divórcios. Nas últimas novelas, tem havido, conforme divulgado exaustivamente nos órgãos de comunicação, homossexualismo e poligamia, além de sempre haver uma chacotinha em relação a certos valores cristãos e a personagens que são verdadeiras caricaturas de cristãos, estereótipos. Sem falar da já tradicional propagandinha espírita e esotérica.

Agora, há até novela com título que saúda uma entidade do baixo espiritismo. Que bom ler que, pelo menos até o final de dezembro, estava com baixíssima audiência para os padrões Globo. Seria um boicote dos crentes? Se for, essa é uma boa e uma má notícia ao mesmo tempo. Boa porque muitos crentes não estão assistindo essa porcaria; e má porque isso significa que muitos deles assistiam essas porcarias anteriores. Enfim, se é resultado do tal boicote, então que esse boicote seja permanente, isto é, para todas as novelas daqui para frente!

Já dizia o salmista Davi: “Não porei coisa má diante dos meus olhos; nada se me pegará” (Sl 101.3). Fiquemos com a Palavra de Deus. Novela não é programa pra crente.


Silas Daniel 
é pastor, jornalista, chefe de Jornalismo da CPAD e escritor. Autor dos livros “Reflexão sobre a alma e o tempo”, “Habacuque – a vitória da fé em meio ao caos”, “História da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil”, “Como vencer a frustração espiritual” e “A Sedução das Novas Teologias”, todos títulos da CPAD, tendo este último conquistado o Prêmio Areté da Associação de Editores Cristãos (Asec) como Melhor Obra de Apologética Cristã no Brasil em 2008.

domingo, 24 de março de 2013

Lição 13 - A Morte de Eliseu



31 de Março de 2013

A Morte de Eliseu

TEXTO ÁUREO
"E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis que viram um bando e lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem e tocando os ossos de Eliseu, reviveu e se levantou sobre os seus pés"  (2 Rs 13.21).

VERDADE PRÁTICA
O último milagre relacionado à vida de Eliseu demonstra o poder e o exemplo de um homem que ama e teme a Deus.

HINOS SUGERIDOS 398, 442, 535

LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Rs 13.20 A transitoriedade da vida
Terça - 2 Rs 13.14 O sofrimento humano
Quarta - 2 Rs 13.17 O lado divino na profecia
Quinta - 2 Rs 13.18 O lado humano na profecia
Sexta - 2 Rs 13.21 O justo abençoa em todo tempo
Sábado - 2 Rs 13.23,25 A fidelidade de Deus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Reis 13.14-21

14 E Eliseu estava doente da sua doença de que morreu; e Jeoás, rei de Israel, desceu a ele, e 
chorou sobre o seu rosto, e disse: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros!
15 E Eliseu lhe disse: Toma um arco e flechas. E tomou um arco e flechas.
16 Então, disse ao rei de Israel: Põe a tua mão sobre o arco. E pôs sobre ele a sua mão; e Eliseu 
pôs as suas mãos sobre as mãos do rei.
17 E disse: Abre a janela para o oriente. E abriu-a. Então, disse Eliseu: Atira. E atirou; e disse: A 
flecha do livramento do SENHOR é a flecha do livramento contra os siros; porque ferirás os siros 
em Afeca, até os consumir.
18 E disse mais: Toma as flechas. E tomou-as. Então, disse ao rei de Israel: Fere a terra. E feriu-a 
três vezes e cessou.
19 Então, o homem de Deus se indignou muito contra ele e disse: Cinco ou seis vezes a deverias 
ter ferido; então, feririas os siros até os consumir; porém agora só três vezes ferirás os siros.
20 Depois, morreu Eliseu, e o sepultaram. Ora, as tropas dos moabitas invadiam a terra, à entrada 
do ano.
21 E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis que viram um bando e lançaram o homem na 
sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem e tocando os ossos de Eliseu, reviveu e se 
levantou sobre os seus pés.


INTERAÇÃO
Nesta última lição do trimestre estudaremos os derradeiros dias do profeta Eliseu. Ele foi um homem fiel ao Senhor até o fim dos seus dias. Todavia, como homem ele era mortal. Não temos como escapar, um dia enfrentaremos  a morte. Porém, ela não nos assusta. Eliseu começou bem seu ministério profético e o encerrou também com excelência. Ele viveu todos os seus dias como servo do Senhor e com certeza pode declarar como o apóstolo Paulo: "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia [...]" (2 Tm 4.7).  Que quando chegar o nosso dia, possamos também declarar estas mesmas palavras

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Conscientizar-se sobre a brevidade da vida e a eternidade de Deus.
* Compreender a natureza da profecia final de Eliseu.
* Explicar o propósito do último milagre de Eliseu.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor para a aula de hoje sugerimos que você reproduza o quadro abaixo conforme as suas possibilidades. Utilize-o para concluir a lição, fazendo um resumo geral da vida de um dos maiores profetas do Antigo Testamento, Eliseu. Conclua enfatizando que o último milagre relacionado à vida de Eliseu demonstra o poder e o exemplo de um homem que ama e teme a Deus.

ELISEU
Pontos fortes e êxitos
• Foi sucessor de Elias como profeta de Deus.
• Teve um ministério que durou mais de 50 anos.
• Teve um grande impacto sobre quatro nações: Israel, Judá, Moabe e Síria.
• Foi um homem íntegro que não tentou enriquecer-se à custa dos outros.
• Fez muitos milagres para ajudar aqueles que estavam sofrendo necessidades.
Lições de vida
• Aos olhos de Deus uma medida de grandeza é a disposição para servir aos pobres como também aos poderosos.
• Um substituto eficaz não só aprende com o seu mestre; também constrói sobre as realizações de seu mestre.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Nesta lição, acompanharemos os últimos passos do profeta Eliseu. Constataremos que Eliseu foi, de fato, um gigante espiritual. Mas, como todos os homens, estava sujeito às limitações comuns a todos os mortais - nasceu, cresceu, envelheceu e morreu. Fica, portanto, em destaque o fato de que os homens fazem história, mas Deus é o Senhor da história.

I. A DOENÇA TERMINAL DE ELISEU 
1. A velhice de Eliseu. Um bom tempo já se havia passado desde a última aparição do profeta de Abel-meolá no registro bíblico (2 Rs 9.1). De fato, entre os capítulos 9 e 13 de 2 Reis, há um intervalo de aproximadamente quarenta anos. Os estudiosos acreditam que, por essa época, Eliseu deveria estar com a idade aproximada de oitenta anos.Eliseu fora chamado ainda jovem para o ministério profético, mas agora estava velho e doente. Às vezes, idealizamos de tal forma os homens de Deus, que acabamos nos esquecendo de que eles também são humanos. Envelhecem, adoecem e também morrem. O texto bíblico deixa bem patente o lado humano do profeta. Fora um grande homem de Deus e ainda o era, mas ainda assim era um homem.
 2. O sofrimento de Eliseu. O mesmo texto que trata da doença e velhice de Eliseu fala também do seu sofrimento (2 Rs 13.14,20). Eliseu estava doente, e isso sem dúvida causava-lhe algum sofrimento. Eliseu envelheceu e padeceu. Mas o foco aqui não é o sofrimento em si, mas como Deus trata o profeta nesse momento de sua vida e como ele responde a isso. Mesmo alquebrado pela idade, Eliseu continuava com o mesmo vigor espiritual de antes. Possuía ainda a mesma visão da obra de Deus. Em nada a doença, ou quaisquer outras coisas, impediu-o de continuar sendo a voz profética do Deus de Israel.
SINÓPSE DO TÓPICO (1) A doença não conseguiu impedir o profeta Eliseu de continuar sendo a voz profética do Deus de Israel.

II. A PROFECIA FINAL DE ELISEU 
1. A ação de Deus na profecia. Hoje está na moda o jargão: "Eu profetizo sobre a tua vida". Embora muito bonito e vestido de roupagens espirituais, tal jargão não passa de orgulho e afetação humana. Isso por uma razão bem simples: nenhuma profecia, que se ajuste ao modelo bíblico, tem seu ponto de partida no querer humano, mas na vontade soberana de Deus (2 Pe 1.20,21). Eliseu, por exemplo, refletindo os desígnios divinos, dizia ao profetizar: "Assim diz o Senhor" (2 Rs 2.21; 3.16). A expressão "flecha do livramento do SENHOR" (2 Rs 13.17) possui sentido semelhante. A profecia tem sua origem em Deus e não no homem. Eliseu não profetizou para depois se inspirar, mas foi primeiramente inspirado para depois profetizar (2 Rs 3.15).
2. A participação humana na profecia. Vimos que uma profecia genuinamente bíblica tem sua origem em Deus. Todavia, a Escritura mostra também que existe a participação do homem nesse processo. É o que vemos em 2 Reis 13.14-19. A indignação de Eliseu quanto à relutância do rei Jeoás de Israel em continuar a atirar as suas flechas, símbolo do livramento do Senhor contra os sírios, é bastante significativa. Deixa clara a decepção do profeta com a falta de discernimento e perseverança do rei. Faltou fé a Jeoás! Ele pensava certamente tratar-se de uma mera cerimônia na qual ele teria apenas uma participação técnica. A sua vitória seria do tamanho da resposta que ele desse ao profeta. Deveria ter ferido a terra cinco ou seis vezes, mas fez apenas três. Uma fé tímida obtém uma vitória igualmente tímida. Em o Novo Testamento, o Senhor Jesus irá por em destaque essa verdade (Mt 9.29).
SINÓPSE DO TÓPICO (2) Aprendemos mediante a última profecia de Eliseu que uma fé tímida obtém uma vitória igualmente tímida.

III.  O ÚLTIMO MILAGRE DE ELISEU
1. A eternidade e fidelidade de Deus. É interessante observarmos que o último milagre de Eliseu deu-se postumamente. Eliseu já estava morto quando ocorre algo que desafia a razão humana (2 Rs 13.20,21). Essa passagem revela pelo menos dois aspectos dos atributos de Deus - Deus é eterno. Ele não morre quando morre um homem de Deus, nem tampouco deixa de cumprir a sua Palavra quando as circunstâncias parecem dizer o contrário. Ao permitir que o toque nos restos mortais de Eliseu desse vida a um morto, Deus mostrava ao rei Jeoás que a morte de Eliseu não iria impedir aquilo que há algum tempo ele havia prometido a ele. Deus é fiel e zela pela sua Palavra para a cumprir.
2. A honra de Eliseu. Além da fidelidade e da eternidade de Deus, que ficam bem patentes nesse último milagre de Eliseu, há ainda mais uma lição que o texto deixa em relevo. Aqui é possível perceber que, mesmo morto, o nome de Eliseu continuaria a ser lembrado como um autêntico homem de Deus. Elias subiu ao céu vivo, Eliseu deu vida mesmo estando morto. Os intérpretes destacam que esse milagre, envolvendo os restos mortais de Eliseu, mostra que o Senhor possui planos diferenciados para cada um de seus filhos. Portanto, não devemos fazer comparações nem questionar os atos divinos (Jo 21.19-23). A Bíblia fala de homens, cujas ações continuam falando mesmo depois de haverem morrido (Hb 11.4).
SINÓPSE DO TÓPICO (3) Mesmo depois de morto, Eliseu foi lembrado como um autêntico homem de Deus

IV.  O LEGADO DE ELISEU
1. Legado sócio-cultural. Já estudamos que Eliseu supervisionava as escolas de profetas (2 Rs 6.1). Esse sem dúvida foi um dos seus maiores legados. Todavia, Eliseu fez muito mais; teve uma participação ativa na vida espiritual, moral e social da nação. Enquanto Elias era um profeta do deserto, Eliseu teve uma atuação mais urbana. Eliseu tinha acesso aos reis e comandantes militares, e possuía influência suficiente para deles pedir algum favor (2 Rs 4.13). Como povo de Deus, não podemos viver isolados, mas aproveitar as oportunidades para abençoar os menos favorecidos.
2. Legado espiritual. Há uma extensa lista de obras e milagres operados através do profeta Eliseu. Sem dúvida, eles demonstram seu grande legado. Podemos enumerar alguns: abertura do Jordão (2 Rs 2.13,14); a purificação da nascente de água (2 Rs 2.19-22); o azeite da viúva (2 Rs 4.1-7); o filho da sunamita (2 Rs 4.8-37); a panela envenenada (2 Rs 4.38-41); a multiplicação dos pães (2 Rs 4.42-44); a cura de Naamã (2 Rs 5.1-19) e o machado que flutuou (2 RS 6.1-7).
SINÓPSE DO TÓPICO (4) Como povo de Deus, não podemos viver isolados, mas aproveitar as oportunidades para abençoar os menos favorecidos.

CONCLUSÃO
Assim termina a vida do profeta Eliseu. Um grande homem de Deus que nunca deixou de ser servo. Começou pondo água nas mãos de Elias (2 Rs 3.11), um gesto claro de sua presteza em servir, e foi exaltado por Deus. Mesmo sem ter escrito uma linha, levanta-se como um dos maiores profetas bíblicos de todos os tempos. Devemos imitá-lo em sua vida de serviço e amor a Deus.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Bibliográfico
"Joás visitou Eliseu devido ao grande respeito que tinha pelo profeta, que estava próximo de falecer. Sua saudação: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros!, foi a exclamação que o profeta pronunciou na ocasião em que Elias foi levado ao céu (2 Rs 2.12). O fato de Joás utilizar esta expressão é uma indicação de que ele reconhecia a proximidade da morte de Eliseu. A ordem relacionada ao uso do arco e das flechas estava relacionada com a Síria, que era a nação que oprimia Israel. Uma flecha lançada em direção ao oriente simbolizava a vitória em Afeca; as setas lançadas ao solo simbolizavam a vitória de Israel sobre a Síria. Eliseu se indignou muito contra Joás, por saber que confiar e se apoiar em outras nações era uma atitude errada. Era necessário ter uma completa confiança em Deus para que fossem ajudados contra as nações estrangeiras que procuravam oprimir Israel. O poder miraculoso associado aos ossos de Eliseu tinha a finalidade de mostrar a Joás que o poder do Deus de Israel seria manifestado sobre a Síria, mesmo após a morte do profeta" (Comentário Bíblico Beacon. Vol 2. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp. 360-61).

VOCABULÁRIO

Afetação: Fingimento; simulação.
Alquebrado: Fraco, abatido, prostrado.
Postumamente: Posterior a morte de alguém.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na terra. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 53, p.42.

EXERCÍCIOS
1. Faça um breve comentário sobre a velhice de Eliseu.
R. Resposta pessoal.
2.  Por que Eliseu se indignou contra o rei?
R.  Por que o rei não agiu com discernimento e fé.
3.  De acordo com a lição, qual o propósito do milagre operado postumamente por Eliseu?
R.  Demonstrar a fidelidade de Deus e o valor do profeta Eliseu.
4. Cite dois dos legados do profeta Eliseu.
R. Cultural e espiritual.
5. Cite pelo menos três obras do legado de Eliseu.
R. Abertura do Jordão (2 Rs 2.13,14); a purificação da nascente de água (2 Rs 2.19-22); o azeite da viúva
(2 Rs 4.1-7).


 A revista do próximo trimestre esta d+.
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domingo, 17 de março de 2013

Lição 12 - Eliseu e a Escola dos Profetas



24 de Março de 2013

Eliseu e a Escola dos Profetas

TEXTO ÁUREO
"Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros"  (2 Tm 2.1,2).

VERDADE PRÁTICA
A escola de profetas objetivava a transmissão dos valores morais e espirituais que Deus havia entregado a Israel através de sua Palavra.

HINOS SUGERIDOS 127, 186, 259

LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Rs 6.1 Educação e instituição
Terça - 2 Rs 6.3 Educação e função
Quarta - 1 Rs 9.1 Educação e treinamento
Quinta - 2 Rs 6.6 Educação e encorajamento
Sexta - 2 Rs 4.36,37 Educação e experimento
Sábado - 2 Rs 5.26 Educação e exemplo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Reis 6.1-7

1 E disseram os filhos dos profetas a Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos diante da tua face 
nos é estreito.
2 Vamos, pois, até ao Jordão, e tomemos de lá, cada um de nós, uma viga, e façamo-nos ali um 
lugar, para habitar ali. E disse ele: Ide.
3 E disse um: Serve-te de ires com os teus servos. E disse: Eu irei.
4 E foi com eles; e, chegando eles ao Jordão, cortaram madeira.
5 E sucedeu que, derribando um deles uma viga, o ferro caiu na água; e clamou e disse: Ai! Meu 
senhor! Porque era emprestado.
6 E disse o homem de Deus: Onde caiu? E, mostrando-lhe ele o lugar, cortou um pau, e o lançou 
ali, e fez nadar o ferro.
7 E disse: Levanta-o. Então, ele estendeu a sua mão e o tomou.


INTERAÇÃO
Professor, já no Antigo Testamento podemos perceber que a educação religiosa tinha um lugar de destaque entre os israelitas. As Escolas de Profetas são uma prova desta verdade. Estas instituições não tinham como propósito ensinar os alunos a profetizarem. A profecia é um dom divino, por isso, somente o Senhor pode ensinar os seus servos quanto ao profetizar. Todavia, um dos objetivos era passar às gerações mais novas a herança cultural e espiritual da nação. Na lição de hoje, estudaremos acerca da Escola de Profetas sob quatro perspectivas: a instituição, os objetivos, o currículo e a metodologia. Boa aula!

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Compreender o real propósito das escolas de profetas.
* Saber a respeito do currículo da escola de profetas.
* Relacionar alguns dos métodos utilizados nas escolas de profetas

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza o quadro abaixo no quadro de giz. Utilize-o na introdução da lição. Explique aos alunos que as Escolas de Profetas tinham como objetivo a transmissão dos valores morais e espirituais que Deus havia entregado a Israel através de sua Palavra. Conclua afirmando que os autênticos cristãos empenham-se no estudo e no ensino das Sagradas Escrituras, pois o crente que não recebe instrução na Palavra está sujeito a ser levado por todo vento de apostasia (Ef 4.14).

ESCOLAS DE PROFETAS
OBJETIVOS
A transmissão dos valores morais e espirituais que Deus havia entregado a Israel através de sua Palavra.
CURRÍCULO
Em especial o livro de Deuteronômio, pois especi cava que princípios e preceitos regiam a aliança de Jeová com o seu povo; aprendizado prático.
METODOLOGIA
Ensino através do exemplo.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Por diversas vezes, vemos a expressão "filhos dos profetas" aparecer nos livros de Reis. Os filhos, ou discípulos, dos profetas estavam radicados em Betel, Jericó e Gilgal (2 Rs 2.3,5,7,15; 4.38). O contexto dessas passagens não deixa dúvidas de que esta expressão pode ser entendida como sinônimo para escola de profetas.O fato serve para mostrar que a educação religiosa, ou formal, já recebia destaque no antigo Israel. Ressalvamos que as escolas de profetas não tinham como propósito ensinar a profetizar. Isso é uma atribuição divina. Todavia, eram um testemunho vivo de que o povo de Deus, em um passado tão distante, preocupava-se em passar às gerações mais novas sua herança cultural e espiritual. Por isso, vejamos nessa lição, a Escola de Profetas sob quatro perspectivas

I. A INSTITUIÇÃO DAS ESCOLAS DE PROFETAS
1. Noção de organização e forma. O texto de 2 Reis 6.1 mostra que essas Escolas de Profetas possuíam uma estrutura física. Eles viviam em comunidade e, portanto, careciam de espaço físico não somente para habitar, mas também onde pudessem ser instruídos: "Eis que o lugar em que habitamos diante da tua face nos é estreito. Vamos, pois, até ao Jordão, e tomemos de lá, cada um de nós, uma viga, e façamo-nos ali um lugar, para habitar ali". Observa-se nesse texto que a estrutura acabou ficando inadequada e um espaço maior foi reclamado. Para que se tenha uma educação de qualidade necessita-se de uma estrutura adequada. Não podemos educar sem primeiro estruturar!
2. Noção de organismo e função. As escolas de profetas estavam sob uma supervisão e, portanto, possuíam um líder espiritual que lhes dava orientação. Os estudiosos acreditam que as escolas de profetas surgiram com Samuel (1 Sm 10.5,10; 19.20) e, posteriormente, consolidaram-se com a monarquia nos ministérios de Elias e Eliseu. No texto de 2 Reis 6.1, verificamos que os discípulos dos profetas estavam sob a orientação de Eliseu e era com este profeta que buscavam instrução. Eliseu não era apenas um homem com dons sobrenaturais capaz de prever o futuro ou operar grandes milagres, mas também um profeta que possuía uma missão pedagógica.
SINÓPSE DO TÓPICO (1) Eliseu não era apenas um homem com dons sobrenaturais, mas também um profeta que possuía uma missão pedagógica.

II. OS OBJETIVOS DAS ESCOLAS DE PROFETAS
1. Treinamento. O texto de 2 Reis 2.15,16 mostra que fazia parte do treinamento das escolas dos profetas trabalhar sob as ordens do líder, obtendo assim permissão para a execução de cada tarefa. Em outras situações observamos que os filhos dos profetas, quando já treinados, podiam agir por conta própria em determinadas situações (1 Rs 20.35). Na igreja o discipulado ocorre quando aquele que foi ensinado compartilha com outro o seu aprendizado.
2. Encorajamento. Os expositores bíblicos observam que Eliseu não limitava o seu ministério à pregação itinerante e a operação de milagres, mas agia também como um supervisor das escolas de profetas. Ele fornecia instrução e encorajamento aos jovens que ali estavam. O contexto de 1 e 2 Reis não deixa dúvidas de que Elias e Eliseu muito preocuparam-se em transmitir às gerações mais novas o que haviam aprendido do Senhor. Nessas escolas, portanto, esses alunos eram encorajados a buscar uma melhor compreensão da Palavra de Deus.  Não há objetivo maior para um educador do que encorajar o educando a buscar a excelência no ensino.
SINÓPSE DO TÓPICO (2) As Escolas de Profetas forneciam instrução e encorajamento aos alunos a fim de que eles buscassem uma melhor compreensão da Palavra de Deus.

III.  O CURRÍCULO DAS ESCOLAS DE PROFETAS 
1. A Escritura. Acompanhando o ministério de Elias, vemos que a Palavra de Deus fazia parte do conteúdo ensinado nas escolas de profetas. Dele, Eliseu recebeu essa herança. Quando se encontrava no monte Sinai, Elias queixou-se de que os israelitas haviam abandonado a aliança divina, destruído os locais do verdadeiro culto e matado os profetas do Senhor (1 Rs 19.10). A Palavra de Deus, em especial o livro de Deuteronômio, especificava que princípios e preceitos regiam a aliança de Jeová com o seu povo. A Palavra de Deus era e é essa aliança! Assim como Elias, Eliseu também estava familiarizado com as implicações do concerto divino. Era a Palavra de Deus que ele ensinava aos seus discípulos. É a Palavra de Deus que nós também devemos ensinar hoje.  
2. A experiência. Elias e Eliseu eram homens experientes e partilhavam com os outros o que haviam aprendido do Senhor (2 Rs 2.15, 19-22; 4.1-7, 42-44). No entanto, no contexto bíblico, a experiência não está acima da revelação divina conforme se encontra registrada na Bíblia. A Palavra de Deus é quem julga a experiência e não o contrário. Elias, por exemplo, afirmou que suas experiências tiveram como fundamento a Palavra de Deus (1 Rs 18.36). Os mais jovens devem ter a humildade de aprender com os mais experientes e os mais experientes não devem desprezar os saberes dos mais jovens. O aprendizado se dá através do processo de interação e a experiência faz parte desse processo.
SINÓPSE DO TÓPICO (3) O currículo da Escola de Profetas era em especial o livro de Deuteronômio, pois especificava os princípios e preceitos que regiam a aliança de Jeová com o seu povo

IV.  A METODOLOGIA DA ESCOLA DE PROFETAS
1. Ensino através do exemplo. As Escolas de Profetas seguiam o idealismo hebreu concernente à educação. Havia uma relação entre professor e aluno na comunidade onde viviam. A educação acontecia também na sua forma oral e o exemplo era um desses métodos adotados no processo educativo. Não há como negar que Eliseu ensinava através do exemplo. Há vários relatos sobre os milagres de Eliseu, nos quais se percebe que o aprendizado acontecia através da observação das ações do profeta. Geazi, discípulo de Eliseu, sabia que seu mestre era um exemplo de honestidade. Em o Novo Testamento, Jesus Cristo colocou-se como o exemplo máximo a ser seguido e Paulo se pôs como um modelo a ser imitado (Mt 9.9; 1 Co 11.1).
2. Ensino através da Palavra. Eliseu não deixou nada escrito. O que sabemos dele é através do cronista sagrado. Mas esse fato não significa que o profeta não usasse a Palavra de Deus em sua vida devocional e também como instrumento de instrução nas Escolas de Profetas. A forma como Eliseu julgava o comportamento dos reis, aprovando-os, ou reprovando-os, não deixa dúvidas de que usava a Palavra de Deus escrita para discipular os alunos das Escolas de Profetas. Eliseu, por exemplo, mediu a iniquidade de Acabe através da piedade de Josafá. Acabe era um rei mau porque não andava conforme a Palavra de Deus, enquanto Josafá era estimado por fazer o caminho inverso.
SINÓPSE DO TÓPICO (4) As Escolas de Profetas seguiam o idealismo hebreu concernente à educação.

CONCLUSÃO
Através do ministério de Eliseu, observamos que as Escolas de Profetas eram dedicadas ao ensino formal. Ali era ensinada a Palavra de Deus. Esse fato, por si só, é de grande relevância para nós, porque demonstra a preocupação do homem de Deus em passar a outros o conhecimento correto sobre o Deus único e verdadeiro. Os tempos mudam e a cultura também. Hoje, sabemos que a educação secular possui grande importância e, infelizmente para muitos, é a única forma de educação existente. Não podemos negligenciar a educação secular, mas não podemos de forma alguma perder de vista a dimensão espiritual do conhecimento divino, que se encontra na Bíblia Sagrada.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Bibliográfico
"Escolas Hebraicas[...]
Os profetas prestaram uma assistência à instrução religiosa do povo através de suas pregações públicas. As referências a um grupo de profeta em Ramá sob o comando de Samuel, e possivelmente em Gibeá, mesmo tendo sido chamadas de escolas de profetas não devem ser consideradas como as mais recentes escolas de escribas que caracterizavam o judaísmo.
Estas foram ocasionadas em sua maior parte pelo declínio do sacerdócio sob o comando de Eli e seus filhos, e novamente durante a  monarquia (1 Sm 10.5,10; 19.20), e também da necessidade que o povo tinha de receber a instrução religiosa.Estas associações de profetas não devem ser consideradas como monásticas, mas, na verdade, existiram com o propósito de trazer à tona uma maior influência religiosa sobre sua época.
Presume-se que, no tempo de Esdras, as instituições religiosas tenham sido um esforço escolástico entre os judeus (Ed 7.10). Associadas ao crescimento das sinagogas e outras instituições pós-exílicas, a educação primária, como um padrão de ensino, viria a tornar-se compulsória, conforme revelado no Talmude" (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 665).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
LEBAR, Lois E. Educação que é Cristã. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 53, p.42.

EXERCÍCIOS

1. Segundo a lição, o que podemos aprender sobre o aspecto institucional da Escola de Profetas?
R. Que a educação possui forma e função
2. Destaque dois dos objetivos da Escola de Profetas.
R.Treinamento e encorajamento.
3. De acordo com a lição, que conteúdos faziam parte do currículo da Escola de Profetas?
R.  A Escritura e a experiência.
4. Cite dois dos métodos educacionais usados na Escola de Profetas.
R. Ensino através da palavra e do exemplo.
5. O que podemos observar através do ministério de Eliseu?
R. Observamos que as escolas de profetas eram dedicadas ao ensino formal.



O assunto da próxima revista será excelente, divulguem.

segunda-feira, 11 de março de 2013

A força do povo Evangélico no Brasil














Lição 11 - Os Milagres de Eliseu


17 de Março de 2013

Os Milagres de Eliseu

TEXTO ÁUREO
"Ora, o rei falava a Geazi, moço do homem de Deus, dizendo: Conta-me, peço-te, todas as grandes obras que Eliseu tem feito"  (2 Rs 8.4).

VERDADE PRÁTICA
Os milagres realizados por Eliseu não visaram à glorificação pessoal do profeta, mas demonstraram o amor e a graça de Deus.

HINOS SUGERIDOS 7, 510, 517

LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Rs 4.43 A multiplicação dos pães
Terça - 2 Rs 7.1 Abundância de víveres
Quarta - 2 Rs 4.36,37 A ressurreição do filho da sunamita
Quinta - 2 Rs 6.6 O machado flutuante
Sexta - 2 Rs 2.21,22 As águas de Jericó
Sábado - 2 Rs 5.14 A cura de Naamã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Reis 2.9-14

9 Sucedeu, pois, que, havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que te 
faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu 
espírito sobre mim.
10 E disse: Coisa dura pediste; se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará; porém, se 
não, não se fará.
11 E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, 
os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.
12 O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros! E nunca mais o viu; e, tomando das suas vestes, as rasgou em duas partes.
13 Também levantou a capa de Elias, que lhe caíra; e voltou-se e parou à borda do Jordão.
14 E tomou a capa de Elias, que lhe caíra, e feriu as águas, e disse: Onde está o SENHOR, Deus 
de Elias? Então, feriu as águas, e se dividiram elas para uma e outra banda; e Eliseu passou.


INTERAÇÃO
Professor, estudaremos nesta lição alguns dos milagres realizados pelo profeta Eliseu. Este abnegado servo de Deus foi um dos sete mil que não se dobraram diante de Baal. As intervenções sobrenaturais, realizadas por intermédio de Eliseu, são muitas, o que  torna impossível tratar de todas em uma única lição. Por isso, as narrativas de seus milagres foram divididas em quatro grupos, tornando o ensino mais didático: milagres de provisão, restituição, restauração e julgamento. Todas essas intervenções divinas  operadas por Eliseu demonstram o poder de Deus. Os milagres tinham como único propósito evidenciar a graça e a glória do Todo-Poderoso. A intenção não era jamais exaltar as virtudes do profeta.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Elencar os milagres de Eliseu.
* Entender o que motivou os milagres de Eliseu.
* Compreender os propósitos dos milagres de Eliseu.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza o quadro abaixo de acordo com as suas possibilidades. Inicie a aula com as seguintes indagações: "Você acredita em milagres?" "Qual o verdadeiro objetivo de um milagre?" Ouça os alunos com atenção e diga que Deus não mudou. Ele continua operando milagres e maravilhas. Todavia, os milagres são para aqueles que creem. Quem tem um coração duvidoso jamais poderá experimentar dos milagres divinos. Para fortalecer a fé dos seus alunos conclua apresentando o quadro abaixo com os vários milagres realizados por Eliseu.

MILAGRES DE ELISEU
Milagre 1. O rio Jordão é dividido (2 Reis 2.13,14)
Fator: Água
Milagre 2. A fonte puri cada em Jericó (2 Reis 2.19-22)
Fator: Água
Milagre 3. O azeite da viúva é multiplicado (2 Reis 4.1-7)
Fator: Azeite
Milagre 4. Um menino morto e ressuscitado (2 Reis 4.18-37)
Fator: A vida de uma criança
Milagre 5. Um guisado envenenado é puri cado (2 Reis 4.38-41)
Fator: Farinha
Milagre 6. A comida dos profetas é multiplicada (2 Reis 4.42-44)
Fatores: Pão e grãos
Milagre 7. Naamã é curado da lepra (2 Reis 5.1-14)
Fator: Água
Milagre 8. Geazi torna-se leproso (2 Reis 5.15-27)
Fator: Somente palavras
Milagre 9. O ferro de um machado fl utua (2 Reis 6.1-7)
Fator: Água
Milagre 10. O exército sírio torna-se cego (2 Reis 6.8-23)
Fator: Oração de Eliseu


COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Eliseu era um lavrador pertencente a uma família abastada de Israel, quando foi chamado a exercer o ministério profético (1 Rs 19.19-21). Sem dúvida, era um dos sete mil que não haviam se dobrado diante de Baal. E essa foi uma das razões pelas quais o Senhor o escolhera. As intervenções sobrenaturais, através de Eliseu, são impressionantes (1 Rs 19.16). Dividimos aqui as narrativas de seus milagres em quatro grupos. Nem todos os milagres operados por Eliseu serão estudados aqui, mas os que analisarmos servirão para ilustrar os propósitos divinos na vida de seu povo. .

I. OS MILAGRES DE PROVISÃO
1. A multiplicação dos pães. Esse é um milagre de provisão. Eram cem os discípulos dos profetas e só havia vinte pães para alimentá-los (2 Rs 4.42-44). A lei da procura era maior do que a da oferta! O que fazer diante da situação? O profeta Eliseu não olha às evidencias naturais, mas seguindo a direção de Deus, profetiza que todos comeriam e ainda sobrariam pães! Como? Não havia lógica nenhuma nessa predição.  Todavia, milagres não se explicam, aceitam-se pela fé! Muito tempo depois encontramos o Novo Testamento detalhando como Jesus Cristo operou um milagre com a mesma dinâmica, mas em maior proporção (Jo 6.9). Em ambas as histórias, a graça de Deus em prover o necessário para os carentes fica em evidência.
2. Abundância de víveres. Jorão, filho de Acabe, estava assentado no trono do reino do Norte e, a exemplo de Jeroboão, foi mau governante (2 Rs 3.1-3). A consequência de suas ações pecaminosas foi o cerco à cidade de Samaria promovida por Ben-Hadade II. Com a cidade sitiada, a consequência natural foi a escassez de alimentos. Vendia-se desde cabeça de jumento até mesmo esterco de pombo na tentativa de amenizar a fome. Pressionado pela crise, o rei procurou o profeta Eliseu e o responsabilizou pela tragédia. Sempre o Diabo querendo culpar Deus! Todavia, o Senhor demonstra, mais uma vez, a sua graça, e orienta Eliseu a profetizar o fim da fome! Como nos outros milagres, esse tem seu cumprimento de forma inteiramente sobrenatural e inexplicável.
SINÓPSE DO TÓPICO (1) Milagres não se explicam, aceitam-se pela fé! Aqueles que duvidam não recebem nada de Deus.

II.  OS MILAGRES DE RESTITUIÇÃO
1. A ressurreição do filho da sunamita. Mesmo havendo deixado o filho morto em casa, a rica mulher de Suném demonstra uma fé inabalável (2 Rs 4.18-37). Quando a caminho, e interrogada por Geazi, servo de Eliseu, sobre como iam as coisas, ela respondeu: "Tudo bem!" Nada está fora de controle quando Deus está no comando. A sequência da história mostra o profeta Eliseu orando ao Senhor sobre o corpo inerte do garoto (2 Rs 4.33,34). Os gestos do profeta parecem não ter sentido, mas sem dúvida refletem a orientação divina (2 Rs 4.34,35). O Senhor responde a oração do profeta e a vida volta novamente ao filho da sunamita (2 Rs 4.35-37).
2. O machado que flutuou. Um dos discípulos dos profetas perdera a ferramenta que tomara emprestada (2 Rs 6.1-7). Naqueles dias, os instrumentos de ferro eram escassos e valiosos. Daí o seu desespero. Duas coisas observamos nesse texto: primeiramente, a motivação do milagre que está bem expressa no lamento daquele que perdera o machado. O que nos faz lamentar? A nossa motivação está correta? Em segundo lugar, vemos o profeta procurando identificar o local onde a ferramenta havia caído. O Senhor está pronto a restituir o que perdemos, mas temos de ter consciência disso.
SINÓPSE DO TÓPICO (2) Nada está fora de controle quando Deus está no comando. Ele é soberano!

III. OS MILAGRES DE RESTAURAÇÃO
1. A cura de Naamã. Algumas coisas nos chamam a atenção no relato desse milagre (2 Rs 5.1-19). Em primeiro lugar, observamos que o general sírio fica indignado quando o profeta não age da forma que ele imaginou (2 Rs 5.11). Deus não faz shows, nem tampouco opera para satisfazer nossa curiosidade. Em segundo lugar, vemos que Deus não estava interessado na análise lógica de Naamã (2 Rs 5.11,12), mas apenas em sua obediência. Em terceiro lugar, Naamã recebe a cura quando desce ao Jordão (2 Rs 5.14). Ninguém será restaurado se não descer! Naamã desceu e foi curado. Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes (Tg 4.6). Em quarto lugar, Naamã tentou recompensar o profeta pelo milagre recebido (2 Rs 5.15,16). Eliseu recusou! A graça não aceita pagamento por aquilo que faz.
2. As águas de Jericó. O texto de 2 Reis 2.19-22 narra o episódio das águas amargas de Jericó que se tornaram saudáveis através da ação de Eliseu. Aqui, o profeta pede um prato novo e, que neste, se coloque sal. Feito isso, ele profetiza que aquelas águas tornar-se-iam potáveis segundo a palavra do Senhor. Tais exigências possuíam um valor simbólico, pois o sal representa um elemento purificador (Lv 2.13; Mt 5.13). O prato novo simboliza um instrumento de dedicação especial ou exclusiva a Deus para aquele momento. Em todo caso, foi o poder de Deus que purificou as águas e não o poder desses objetos e ingredientes.
SINÓPSE DO TÓPICO (3) Deus não faz shows e não se agrada daqueles que se utilizam dos seus milagres para se promoverem.  O Senhor não  opera para satisfazer nossa curiosidade.

IV. OS MILAGRES DE JULGAMENTO
1. Maldição dos rapazinhos. Certa vez, uns jovens debocharam de Eliseu, dizendo-lhe: "Sobe, calvo, sobe, calvo"! Reagindo à situação, o profeta invoca o julgamento divino sobre os zombadores, amaldiçoando-os em nome do Senhor (2 Rs 2.23-25). O efeito foi devastador.  Apareceram duas ursas selvagens, que se investiram contra os rapazes, matando quarenta e dois deles. Não se pode brincar com as coisas sagradas e muito menos escarnecer dos servos de Deus.
2. A doença de Geazi. No relato de 2 Reis 5.20-27, observamos as razões pelas quais Geazi foi julgado. Ele supunha que a recusa de Eliseu em aceitar os presentes de Naamã era apenas uma questão pessoal do profeta (2 Rs 5.20). Por isso, resolveu tirar partido da situação. Usou o nome de Eliseu para validar sua cobiça, procurando tornar aceitável o que Deus havia abominado (2 Rs 5.22). Ele deveria saber que Deus não vende suas bênçãos, mas as dá gratuitamente. E, assim, o cobiçoso Geazi trocou o arrependimento pelo fingimento e ainda trocou a bênção pela maldição (2 Rs 5.25,27). Em consequência, teve de conviver com a lepra pelo resto da sua vida!
SINÓPSE DO TÓPICO (4) Não se pode brincar com as coisas sagradas e muito menos escarnecer dos servos de Deus

CONCLUSÃO
Os milagres operados por Eliseu demonstram o poder divino. Todos tiveram um propósito específico: evidenciar a graça e a glória de Deus nas mais diferentes situações. Em nenhum momento, essas intervenções exaltam as virtudes do profeta.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI
Subsídio Bibliográfico
"Deus cura a lepra de Naamã
O poder divino, o qual se manifestou através da cura da lepra de Naamã, tinha o propósito de demonstrar que o Deus de Israel era maior que as divindades da Síria. O milagre aconteceu em benefício dos israelitas e também dos sírios. Os israelitas entenderam que Deus desejava fazer deles o seu instrumento para conquistar outros povos. Também está aqui evidente o ponto de vista profético de que o reino do Norte, assim como o de Judá, estava essencialmente relacionado com o cumprimento de Deus para seu povo.
O desespero de Naamã, causado pela impureza do rio Jordão, pode ter sido provocado em parte pela correta comparação que fez com os rios Abana e Farpar. Entretanto, a questão verdadeira era a sua má vontade em se humilhar adequadamente, e obedecer à ordem de Deus para obter a cura.
O registro da cura de Naamã representa um cativante relato da 'cura de leproso'. Existe aqui um retrato notável sobre: (1) A grandeza que não leva a coisa alguma - um grande homem... porém leproso; (2) O testemunho da fé de uma escrava; (3) Um pedido inesperado e humilde; (4) A obediência e a cura completa" (Comentário Bíblico Beacon. Vol 2. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 349).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOII
Subsídio Bibliográfico
· "A fama de Eliseu (2 Rs 6.12)- Vários eventos claramente mostram que os milagres de Eliseu foram realizados com a intenção de produzir fé tanto fora como dentro dos limites de Israel. A cura de Naamã (2 Rs 5), a reputação conseguida expondo os planos dos sírios (2 Rs 6.12) e o livramento da unidade militar que veio para capturá-los (2 Rs 6.12,13) todos testemunham o poder de Deus. Sirvamos à igreja de Cristo. Porém, nunca percamos a visão daqueles fora de seus limites" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 9. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 247).
· Geazi é atacado de lepra (2 Rs 5.20-27) - Naamã havia oferecido um presente a Eliseu; porém, o profeta o recusou. No entanto, sua gratidão era tão grande que ele prontamente deu dois talentos de prata a Geazi supostamente para dois jovens profetas necessitados. Eliseu transferiu a lepra de Naamã para Geazi, não só porque ele havia mentido por razões pessoais, mas o que é ainda pior, seu interesse egoísta por dinheiro havia diminuído a eficiência do ministério de Eliseu para Deus. Esse incidente se apresenta como uma impressionante advertência a todos os servos do Senhor que colocam os interesses pessoais à frente da causa do Mestre" (Comentário Bíblico Beacon. Vol 2. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 350).

VOCABULÁRIO
Víveres: Gênero alimentício; comestíveis, mantimentos.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 9. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 53, p.41.

EXERCÍCIOS
1. Quais milagres de provisão são listados na lição?
R. Multiplicação dos pães e abundância de víveres.
2. Que lição podemos aprender com o machado que flutuou? 
R.  O Senhor está pronto a restituir ou restaurar quem perdeu alguma coisa, desde que se tome consciência disso.
3. Cite pelo menos duas lições extraídas da cura de Naamã.
R. Deus não opera milagres para satisfazer nossa curiosidade. Ele também resiste aos soberbos.
4. Como os rapazes zombaram do profeta?
R. "Sobe, calvo. Sobe, calvo".
5. Cite pelo menos duas razões pelas quais Geazi experimentou o juízo divino.
R. Geazi viu apenas uma ação humana quando deveria ver uma ação divina e também trocou a verdade pela mentira.

domingo, 10 de março de 2013

Hostilidade contra cristãos na Eritreia já chega a 125 presos


Hostilidade contra cristãos na Eritreia já chega a 125 presos

No dia 27 de fevereiro, autoridades da Eritreia prenderam 45 homens e mulheres


Hostilidade contra cristãos na Eritreia já chega a 125 presos
A cada dia chegam notícias de que cristãos foram detidos no país. Dias atrás, mais 45 irmãos foram presos, como parte de uma ação do governo contra aqueles que adoram a Deus, mesmo com as igrejas fechadas e a perseguição cada vez mais intensa.

Na quarta-feira, 27 de fevereiro, autoridades da Eritreia prenderam 45 homens e mulheres em uma forte mobilização contra os cristãos que prestam culto a Deus fora dos poucos templos permitidos pelo governo (são eles a Igreja Ortodoxa, Igreja Católica e Igreja Evangélica Luterana). Somente na semana passada, 85 cristãos foram presos no oeste da Eritreia e, se considerado desde janeiro, esse número sobe para 125. Os detidos são todos da mesma comunidade cristã, na cidade de Barentu.

A Portas Abertas foi informada de que a polícia prendeu membros da igreja, levando-os de suas casas e locais de trabalho em plena luz do dia, fazendo-os caminhar pela cidade até a delegacia, enquanto os oficiais os agrediam.

Antes das prisões ocorrerem, o chefe de segurança de Barentu dirigiu uma reunião pública em que alegou aos residentes da cidade que membros de igrejas cristãs têm trabalhado secretamente contra a paz e a unidade da Eritreia. Diante disso, indivíduos que estavam na plateia, ouvindo o discurso, levantaram-se de antemão, cheios de raiva e apelaram ao governo para que "as devidas providências contra os cristãos fossem tomadas".

Apesar disso, tais acusações não receberam o apoio do grande público presente na reunião. Pelo contrário, tão logo o encontro foi finalizado, os participantes alertaram os cristãos quanto à possibilidade de estes serem presos em retaliação ao anúncio falso.

Cristãos disseram à Portas Abertas que não têm desejo algum de prejudicar a paz ou a unidade do país. Muito pelo contrário; como servos do Senhor, eles são instruídos a promoverem e manterem uma vida em paz com todas as pessoas. Apesar da desconfiança do governo, eles continuam em oração por seus líderes e esperam poder honrá-los em todos os assuntos que não os obriguem a agir contra a sua consciência e valores. "Eu amo os meus líderes, oro por eles todos os dias", uma cristã ressaltou.

                                                                                                              Fonte CPAD NEWS

terça-feira, 5 de março de 2013

Comercial Lições Bíblicas CPAD 2º Trimestre de 2013

O QUE É O LIVRO DA VIDA?



O QUE É O LIVRO DA VIDA?
Ciro Sanches Zibordi

Segundo a Palavra de Deus, os pecadores perdidos, mortos sem a certeza da vida eterna (Jo 3.16ss), serão julgados no Juízo Final de acordo com as coisas escritas nos livros, isto é, segundo as suas obras (Ap 20.12). E aquele cujo nome não constar do Livro da Vida será lançado no Lago de Fogo (Ap 20.15). Isso significa que o Senhor tem o registro de tudo o que fazemos (Sl 139.16; Ml 3.16; Sl 56.8; Mc 4.22).

Quando um nome é inserido no Livro da Vida? O que é o Livro da Vida? É o registro de todos os salvos, de todas as épocas (Dn 12.1; Ap 13.8; 21.27). Alguns teólogos têm afirmado que Deus inseriu nesse livro apenas os nomes de supostos indivíduos eleitos antes da fundação do mundo e contestam a oração que alguns pregadores fazem pelos pecadores arrependidos: “Pai, em nome de Jesus, escreva os seus nomes no livro da vida”. Mas é importante observar que, em Apocalipse 17.8, está escrito que os nomes têm sido relacionados no Livro da Vida "desde a", e não "antes da" fundação do mundo.

Há uma enorme diferença entre "antes da" e "desde a". No grego, o termo "apo" significa "a partir de". Segue-se que a expressão "desde a fundação do mundo" denota que os nomes dos salvos vêm sendo inseridos no Livro da Vida desde que o homem foi colocado na Terra fundada ou criada por Deus (Gn 1), e não que haja uma lista previamente pronta antes que o mundo viesse a existir. 

A expressão "desde a fundação do mundo" foi empregada também em Apocalipse 13.8 para denotar que todos os cordeiros mortos desde o princípio apontavam para o sacrifício expiatório do Cordeiro de Deus (Is 53; Jo 1.29). Isto é, os sacrifícios de animais realizados antes de Cristo tipificam a sua definitiva obra redentora.

Uma pessoa só pode ter o registro do nome em cartório depois de seu nascimento; ninguém é registrado antes disso. Da mesma forma, o nome de uma pessoa salva só passa a constar do Livro da Vida após o seu novo nascimento. Afinal, "aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus" (Jo 3.3). Não existe listagem prévia de salvos, como pensam certos teólogos. Na medida em que os indivíduos creem em Cristo e o confessam como Senhor (Rm 10.9,10), eles vão sendo inscritos no rol de membros da Igreja dos primogênitos, a Universal Assembléia (At 2.47, ARA; Hb 12.23).

É possível ter o nome riscado do Livro da Vida? De acordo com a Palavra de Deus, existe a possibilidade de pessoas salvas, que não perseverarem até ao fim, terem os seus nomes riscados do Livro da Vida do Cordeiro (Ap 3.5). Em Êxodo 32.32,33 vemos essa verdade na intercessão de Moisés pelo povo: "Agora, pois, perdoa o seu pecado; se não, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito. Então, disse o Senhor a Moisés: Aquele que pecar contra mim, a este riscarei eu do meu livro".

Serão riscados os que permanecerem desviados do Senhor e em uma vida de pecado (cf. Ap 3.3-5; 21.27). Em Lucas 10.20, Jesus disse aos discípulos da missão dos setenta (v.1), bem como aos doze (que sempre estavam com Ele) e a toda a sua Igreja, por extensão: "alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome escrito nos céus". Judas, porém, um dos doze apóstolos do Senhor, desviou-se do Caminho. Por isso, o apóstolo Pedro afirmou: "[Judas, que] foi contado conosco e alcançou sorte neste ministério... se desviou, para ir para o seu próprio lugar" (At 1.17,25).

Alguns teólogos, ainda, afirmam que Deus relacionou toda a humanidade no Livro da Vida e só risca quem não recebe a Cristo como Salvador. Não obstante, a promessa "de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida" (Ap 3.5) é dirigida aos salvos que vencerem, e não aos pecadores que se converterem. Estes, conquanto tenham os seus nomes arrolados no Céu ao receberem a Cristo, precisam perseverar até ao fim (Mt 24.13).

Em Filipenses 4.3, o apóstolo Paulo mencionou cooperadores "cujos nomes estão no livro da vida", porém antes ele asseverara: "estai sempre firmes no Senhor, amados" (v.1). Não foi por acaso que os pastores das sete igrejas da Ásia ouviram do Senhor a mensagem: "Quem vencer" (Ap 2 e 3). A manutenção do nome de alguém no Llivro da Vida está condicionada à sua vitória até ao fim (Ap 3.5). Somos filhos de Deus hoje (Jo 1.11,12), mas devemos atentar para o que diz Apocalipse 21.7: "Quem vencer herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho".

Em Cristo,


Ciro Sanches Zibordi

domingo, 3 de março de 2013

Lição 10 - Há um Milagre em Sua Casa



10 de Março de 2013

Há um Milagre em Sua Casa

TEXTO ÁUREO
"Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte o que estiver cheio"  (2 Rs 4.4).

VERDADE PRÁTICA
A história da multiplicação do azeite da viúva mostra claramente que o Senhor é soberano e gracioso para suprir todas as necessidades de seus filhos

HINOS SUGERIDOS 1, 4, 58

LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Rs 4.2 As carências humanas
Terça - Sl 116.5 A compaixão divina
Quarta - Tg 2.7 A fé obediente
Quinta - 2 Rs 7.1 O braço divino
Sexta - Mc 1.40-42 O sofrimento humano
Sábado - At 3.8 A glória manifestada

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Reis 4.1-7

E uma mulher das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu dizendo: Meu marido, teu 
servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o credor a levar-me os 
meus dois filhos para serem servos.
E Eliseu lhe disse: Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: 
Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite.
Então, disse ele: Vai pede para ti vasos emprestados a todos os teus vizinhos, vasos vazios, não 
poucos.
Então, entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles 
vasos, e põe à parte o que estiver cheio.
Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela 
os enchia.
E sucedeu que, cheios que foram os vasos, disse a seu filho: Traze-me ainda um vaso. Porém 
ele lhe disse: Não há mais vaso nenhum. Então, o azeite parou.
Então, veio ela e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite e paga a tua 
dívida; e tu e teus filhos vivei do resto.


INTERAÇÃO
Professor, você crê em milagres? Então, não terá dificuldades no preparo desta lição, pois estudaremos a respeito de um dos milagres de Eliseu: a multiplicação do azeite na casa da viúva. Esta é uma das mais surpreendentes passagens bíblicas para aqueles que creem que para o Senhor não há causa impossível. Este milagre nos ensina que o pouco com Deus torna-se muito e a escassez pode converter-se em abundância. O Deus de Eliseu é o nosso Deus. Ele é imutável, e mediante sua graça continua a alcançar os corações daqueles que estão desesperados por um milagre. No decorrer da lição, enfatize que o Pai Celeste realiza milagres não porque merecemos. Não somos merecedores de nada, sua graça nos basta, mas os milagres em nossa vida são decorrentes da bondade divina. Deus é bom!

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Atentar para a real motivação de um milagre.
* Identificar os instrumentos de um milagre.
* Especificar os reais objetivos de um milagre

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Inicie a lição fazendo a seguinte indagação: "Mesmo em meio à escassez, você crê que Deus é poderoso para suprir suas necessidades?" Ouça os alunos com atenção. Explique que muitas vezes Deus permite um período de escassez para que venhamos nos humilhar perante Ele e reconhecer a nossa dependência dEle. Enfatize o fato do quanto a fé daquela viúva e dos seus filhos foi fortalecida depois de experimentarem da provisão divina. Conclua lendo com a classe Tiago 4.10 e Mateus 5.4.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, estudaremos a narrativa bíblica sobre a multiplicação do azeite na casa da viúva (2 Rs 4.1-7). Não há dúvidas de que esta é uma das mais surpreendentes passagens bíblicas. Nela, vemos o pouco tornar-se muito; a escassez converter-se em abundância e o vazio ficar cheio! Vemos ainda como a graça de Deus alcança os corações desesperados. Este texto, portanto, é bem claro em revelar que os milagres acontecem primeiramente em decorrência da bondade de Deus e, após, em resposta a uma fé obediente.

I. A MOTIVAÇÃO DO MILAGRE
1. A necessidade humana. As bênçãos de Deus vêm em resposta a uma necessidade humana. O milagre ocorrido na casa da viúva de um dos discípulos dos profetas confirma esse fato (2 Rs 4.1-7). O texto expõe a extrema penúria na qual essa pobre mulher havia ficado. Perdera o marido, que havia falecido, e agora corria o risco de perder também os filhos para os credores se não quitasse uma dívida. Era costume naqueles dias um credor obrigar um devedor a saldar a sua dívida através do trabalho servil ou escravo (2 Rs 4.1b). Essa mulher, portanto, necessitava urgentemente que alguma coisa fosse feita para tirá-la daquela situação. Sabedora que o profeta Eliseu era um homem de Deus, recorreu a ele (v.1). A Escritura mostra que o Senhor socorre o necessitado (Sl 40.17; 69.33; Is 25.4; Jr 20.13).
2. A misericórdia divina. O milagre ocorrido na casa da viúva aconteceu como resposta a uma carência humana, mas não apenas isso: ocorreu também graças à compaixão divina. Não foi apenas por ser pobre que a viúva foi socorrida, nem tampouco por haver sido esposa de um dos discípulos dos profetas (2 Rs 4.1). O texto diz que ela "clamou" ao profeta Eliseu (2 Rs 4.1). O termo hebraico que traduz essa palavra é tsa`aq, que possui o sentido de clamar por ajuda, chorar em voz alta. O profeta ficou sensibilizado; Deus compadeceu-se daquela mulher sofredora. O Senhor é compassivo, misericordioso e longânimo (Êx 34.6; 2 Cr 30.9; Sl 116.5).
SINÓPSE DO TÓPICO (1) O milagre ocorrido na casa da viúva aconteceu como resposta a uma carência humana e como resultado da compaixão divina

II. A DINÂMICA DO MILAGRE
1. Um pouco de azeite. Diante do clamor da viúva, o profeta Eliseu perguntou-lhe: "Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite" (2 Rs 4.2).Duas coisas precisam ser observadas aqui. Em primeiro lugar, o milagre acontece na esfera familiar: "o que tens em casa". O lar e a família são importantes para Deus. Em segundo lugar, um pouquinho pode tornar-se muito se vem com a bênção de Deus. De fato o texto hebraico destaca que a porção de azeite da mulher era tão minguada que ela quase esqueceu que o possuía. No entanto, foi esse pouco que o Senhor usou para operar o grande milagre. O que possuímos pode ser bem pouco, mas é suficiente para Deus operar os seus propósitos.
2. Uma fé obediente. A instrução dada pelo profeta Eliseu para solucionar o problema da viúva é bastante reveladora sobre a dinâmica desse milagre (2 Rs 4.3-5). Num primeiro momento, o profeta chamou a mulher à ação: "Vai, pede para ti vasos emprestados". A fé é demonstrada pela ação (Tg 2.17). Jesus também viu a fé do paralítico e dos homens que o conduziram em Cafarnaum (Mc 2.1-12). Em segundo lugar, o milagre deveria acontecer de portas fechadas: "Fecha a porta", disse o profeta. A mulher obedeceu ao profeta, e o azeite começou a fluir. E, assim, pôde ela salvar os filhos, pagar as dívidas e viver dignamente. É possível que uma das causas da escassez de milagres hoje esteja na publicidade desenfreada. Deus quer privacidade, mas os homens gostam de notoriedade. Gostam de aparecer e vangloriar-se (Lc 12.15). Deixam a porta aberta para serem vistos!
SINÓPSE DO TÓPICO (2) Um pouquinho pode tornar-se muito se vem com a bênção de Deus.

III. OS INSTRUMENTOS DO MILAGRE
1. O instrumento humano. Por várias vezes, no livro de 2 Reis, o profeta Eliseu é chamado de "Homem de Deus" (2 Rs 4.7,9,16; 6.9). Sem dúvida esses textos demonstram que Eliseu era um instrumento de Deus para a operação de milagres. Deus usa homens! Esse é um fato fartamente demonstrado na Bíblia. Para formar uma nação e através dela revelar seu plano de salvação à humanidade, o Senhor chamou Abraão (Gn 12). Para tirar os israelitas do Egito, Deus usou Moisés (Êx 4.1-17). Para levar a mensagem do Evangelho aos gentios, o Senhor usou a Pedro (At 10 - 11). Deus também chamou a Paulo para ser "um instrumento escolhido" para levar seu nome perante os nobres (At 9.15). Para salvar-nos, Deus humanizou-se na pessoa bendita de Jesus Cristo (Jo 1.1,18; Fp 2.1-11). E para sua obra missionária, Ele conta com você! (Mt 28.19)
2. O instrumento divino. Quando uma grande fome assolava Samaria, o profeta Eliseu profetizou abundância de alimentos: "Então, disse Eliseu: Ouvi a palavra do Senhor; assim diz o Senhor: Amanhã, quase a este tempo, uma medida de farinha haverá por um siclo, e duas medidas de cevada, por um siclo, à porta de Samaria" (2 Rs 7.1).O cumprimento dessa profecia parecia pouco provável naqueles dias, a ponto de o capitão, em cujo braço o rei se apoiava, haver ironizado: "Ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poder-se-ia fazer isso?" (2 Rs 7.2). Mas a profecia cumpriu-se exatamente como Eliseu havia predito (2 Rs 7.16-20). O texto põe a Palavra do Senhor como agente causador do milagre. O cronista observa que esses fatos ocorreram "segundo a palavra do Senhor" (2 Rs 7.16). O que o Senhor faz, Ele o faz através de sua Palavra.
SINÓPSE DO TÓPICO (3) A Palavra do Senhor foi o agente causador do milagre na vida da viúva. O que o Senhor faz, Ele o faz através da sua Palavra

IV. O OBJETIVO DO MILAGRE
1. Uma resposta ao sofrimento. Todos os milagres realizados por Eliseu deixam bem claro que eles ocorreram em resposta a uma necessidade humana e também ao sofrimento (2 Rs 4.1-38; 5.1-19; 6.1-7). O Novo Testamento mostra-nos que o Senhor Jesus libertava e curava porque se compadecia do sofrimento humano (Lc 13.10-17; Mc 1.40-45).
2. Glorificar a Deus. Os milagres, portanto, são uma resposta de Deus ao sofrimento humano. Todavia, eles não se centralizam no homem, mas em Deus. Os milagres narrados nas Escrituras objetivam a glória de Deus. Em nenhum momento, encontramos os profetas buscando chamar a atenção para si através dos milagres que realizavam nem tirar proveitos deles. Quem tentou fazer isso e beneficiar-se de forma indevida foi Geazi, o servo de Eliseu. Entretanto, quando assim procedeu foi severamente punido (2 Rs 5.20-27). Em o Novo Testamento, observamos Pedro e Paulo pondo em destaque esse fato e mostrando que Deus, e não os homens, é quem deve ser glorificado (At 3.8,12; 14.14,15).
SINÓPSE DO TÓPICO (4) Todos os milagres realizados por Eliseu ocorreram em resposta a uma necessidade humana e também ao sofrimento

CONCLUSÃO
O milagre da multiplicação do azeite é um testemunho do poder de Deus, que se compadece dos sofredores que o buscam de todo o coração. O foco, portanto, dessa bela história não é a viúva nem tampouco o profeta Eliseu, mas o Senhor que através da instrumentalidade do seu servo abençoa essa pobre mulher. A história faz-nos lembrar um outro feito extraordinário e muito mais relevante do que esse: a multiplicação dos peixes e pães por nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Ele foi, é e sempre será a resposta a todo sofrimento humano.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Devocional
"Feche a porta para a dúvida
Um fator muito importante na história deste milagre é o que aconteceu após a viúva ter tomado emprestadas as vasilhas vazias de seus vizinhos curiosos. Eliseu lhe disse: 'Então entra, e fecha a porta sobre ti, e sobre teus filhos...' Sempre haverá muitas pessoas para dizer ao contrário. Há os que replicam: 'Os antecedentes são contra isso. Tentamos antes e falhamos'. Há também os que se queixam: 'Não podemos suportar isso'. Eliseu simplesmente insistiu para que ela deixasse de fora os incrédulos, e fechasse os ouvidos para a dúvida.
Os vizinhos que estavam cientes de sua situação talvez fossem levados a pensar que as atitudes eram excêntricas e, com certeza, a ridicularizariam. Tachariam-na de tola por acreditar em algo tão impossível como que lhe propusera o profeta.
Jesus advertiu: 'Atentai no que ouvis' (Mc 4.24). Ele sabia que agimos e reagimos de acordo com aquilo que ouvimos daqueles que estão à nossa volta. Eliseu também sabia quão rapidamente as sementes de dúvida crescem no solo do desespero e da perversidade humana. Dessa maneira, recomendou à viúva que entrasse em sua casa e fechasse a porta da dúvida. Assim como Maria, mãe de nosso Senhor, devemos considerar alguns sonhos em nossos corações, ao invés de vê-los assassinados numa conversa casual (Mt 7.6)" (BARNETT, Tommy. Há um milagre em sua casa: A solução de Deus começa com o que você tem. 9. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 36)

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BARNETT, Tommy. Há um milagre em sua casa: A solução de Deus começa com o que você tem. 9. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 53, p.41.

EXERCÍCIOS
1. Segundo a lição, o que motivou a operação do milagre da multiplicação do azeite?
R. A necessidade da viúva e a misericórdia divina.
2. Como a viúva reagiu às instruções dadas pelo profeta Eliseu?
R. Agiu com fé e obediência.
3. Com qual expressão o cronista identifica o profeta Eliseu em seu relato?
R. "Homem de Deus".
4. Cite um dos objetivos envolvidos na operação de um milagre.
R. Uma resposta ao sofrimento humano ou glorificar a Deus.
5. Como Pedro e Paulo destacam a relação dos milagres com o homem e Deus?
R. Eles mostram que é Deus, e não o homem, quem deve ser glorificado nos milagres.

Pr. Nadarkani, um "MÁRTIR", não negou a "JESUS"

PASTOR YOUSSEF NADARKANI
PASTOR YOUSSEF NADARKANI
 foi executado e pendurado por ser cristão e se recusar a renunciar a sua fé em Cristo! A Igreja tem agora um mártir! Um homem corajoso da fé que decidiu dar a sua vida por Cristo!Seu crime foi o de ser um cristão e se recusar a converter para ser um muçulmano ... MILHARES DE ORG. governo cristão e internacionais intecederam ao Irã por Pastor Yousef, mas o governo do Irã não cedeu ... O pastor foi preso a partir de 2009 ... como um cristão em um país muçulmano ... o pastor de 34 anos de idade deixou sua esposa e dois jovens órfãos ... foi dada a oportunidade para ele renunciar à sua fé em Cristo, ele se recusou a fazê-lo .. então ... foi condenado à morte e enforcado .... um homem corajoso e um herói da FE! Não deve ser esquecido! LEMBRE-SE Stephen, que foi apedrejado e corajosamente morreram por Cristo ... Ele foi o primeiro mártir da igreja cristã. .
Que possamos orar amados irmãos e Pastores, pela família do Pr. YOUSSEF. E que Deus abençoe e proteja de todo MAL , todos os missionários que todos os dias são expostos à morte em países com governos ATEUS E FÃS RADICAIS.