domingo, 24 de novembro de 2013

Lição 9 - O Tempo para Todas as Coisas


1 de Dezembro de 2013

O Tempo para Todas as Coisas

TEXTO ÁUREO
"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu"  (Ec 3.1).

VERDADE PRÁTICA
O tempo e o espaço em que vivemos são limitados, por isso, devemos ser bons despenseiros de Deus nesta vida.

HINOS SUGERIDOS 224, 227, 396

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Ec 1.4 A transitoriedade da vida
Terça - Ec 3.11 A eternidade de Deus
Quarta - Ec 9.11,12 O homem desconhece o tempo
Quinta - Ec 5.18,19 A satisfação do trabalho
Sexta - Ec 1.17,18 O tempo e o conhecimento
Sábado - Ec 2.4-11 O trabalho e a prosperidade como vaidades

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Eclesiastes 3.1-8
1 Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu:
2 há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou;
3 tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar;
4 tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar;
5 tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar;
6 tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora;
7 tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar;
8 tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz.

INTERAÇÃO
Alguém poderia dizer que o livro de Eclesiastes mais parece uma obra secular que a Palavra de Deus. Mas na verdade ele se apresenta realista. Ali, Salomão apresenta uma perspectiva de desencanto com a vida, se incomoda com a transitoriedade da existência e conclui: tudo na vida é "vaidade", isto é, passageiro. Se partirmos do ponto de vista de que o que Salomão está dizendo encontra-se interligado com o seu histórico de vida encharcado em pecado - ninguém mais do que ele sabia o que era viver uma vida outrora na presença de Deus, mas agora longe dos seus caminhos -, veremos que há apenas uma conclusão que ele poderia chegar: a vida sem Deus é vaidade!

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Conhecer o livro e a mensagem de Eclesiastes.
* Explicar a transitoriedade da vida e a eternidade de Deus.
* Administrar bem o tempo e as relações interpessoais.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor para introduzir a lição desta semana sugerimos que você reproduza o esquema abaixo conforme suas possibilidades. Nesta lição, vamos iniciar o estudo do livro de Eclesiastes e, para isto, é imprescindível começarmos o estudo a partir de uma visão panorâmica de todo o livro. O esboço de Eclesiastes permite conhecer, de maneira panorâmica, seu conteúdo de uma só vez. Portanto, antes de iniciar a aula leia e analise o esboço juntamente com a classe

ESBOÇO DO LIVRO DE ECLESIASTES
Autor: Salomão
Tema: A nulidade da vida à parte de Deus
Data: Cerca 935 a.C.

I. Introdução: A inutilidade Geral da vida Natural (1.2-11)

II. A inutilidade de uma vida egocêntrica (1.12—2.26)
A insuficiência da sabedoria humana - 1.12-18
A banalidade da vida (riquezas e prazeres) - 2.1-11
A transitoriedade das grandes conquistas - 2.12-17
Injustiça associada ao trabalho forçado - 2.18-23
O real prazer da vida está em Deus - 2.24-26

III. Reflexões diversas sobre as Experiências da Vida (3.1—11.6)
Concernentes às coisas de Deus - 3.1-22
Experiências vãs da vida natural - 4.1-16
Advertências a todos - 5.1—6.12
Provérbios diversos a respeito da sabedoria - 7.1—8.1
Sobre a justiça - 8.2—9.12
Mais Provérbios variados sobre a sabedoria - 9.13—11.6

IV. Admoestações finais (11.7—12.14)
Regozijar-se na juventude - 11.7-10
Lembrar-se de Deus na juventude - 12.1-8
Apegar-se a um só livro e temer a Deus - 12.9-14
Temer a Deus e guardar os seus mandamentos

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Muitos filósofos denominam os nossos dias de "a era do vazio e das incertezas". Há uma explicação para isso: a rejeição à tradição bíblica propagada pelo Cristianismo. Podemos perceber o desencadeamento desse processo na relativização da ética e na total rejeição à verdade absoluta. Neste ambiente de contradições filosóficas não existe verdade, e sim "verdades" desprovidas de qualquer sentido.
O livro de Eclesiastes mostra a crise de um homem que vive a falta de harmonia existencial que hoje presenciamos. Procurando viver intensamente a vida, ele mergulhou num mundo duvidoso e sensual, para descobrir que a vida sem Deus é um mergulho no vazio e uma corrida atrás do vento.

I. ECLESIASTES, O LIVRO E A MENSAGEM
1. Datação do livro. Estudos indicam que o relato dos fatos ocorridos em Eclesiastes podem ser datados por volta do ano 1000 a.C., período no qual o rei Salomão governava Israel. De fato, o próprio Eclesiastes diz ser o rei Salomão o autor da obra sagrada (Ec 1.1, cf. v.12).
2. Conhecendo o Pregador. Salomão identifica-se como o pregador, traduzido do hebraico qoheleth (Ec 1.1,12). A palavra "pregador" deriva de qahal, expressão que possui o sentido de "reunião" ou "assembleia". A Septuaginta (que é a tradução da Bíblia Hebraica para o grego) traduziu qoheleth pelo seu equivalente grego ekklesia, daí o nome Eclesiastes: uma referência a alguém que fala, ou discursa, em uma reunião ou assembleia.
O pregador foi Salomão, que já estava velho, mas tinha uma visão bem realista da vida. Conforme registradas em Eclesiastes, e embora retratem um período de declínio político, moral e econômico de Israel, suas palavras apontam para Deus como a única fonte de satisfação, realização e felicidade humana.
SINOPSE DO TÓPICO (1) O nome Eclesiastes é uma referência a alguém que fala, ou discursa, em uma reunião ou assembleia

II. DISCERNINDO OS TEMPOS
1. A transitoriedade da vida. Um tema bem claro em Eclesiastes é o da transitoriedade da vida. Ela é efêmera, passageira. E Salomão estava consciente disso (Ec 1.4). Sendo a vida tão curta, que "vantagem tem o homem de todo o seu trabalho, que ele faz debaixo do sol?" (Ec 1.3). Esse é o dilema que Salomão procura responder.
A vida é passageira, dura pouco. Por isso, muitos buscam satisfazer-se de várias formas. Há os que acham que a sabedoria resolverá o seu problema (Ec 1.16-18; 2.12-16). Outros buscam preencher a sua alma com os prazeres dessa existência (Ec 2.1-3). Ainda outros recorrem às riquezas (Ec 2.4-11). E, por último, há aqueles que se autorrealizam no trabalho (Ec 2.17-23). Tudo é vaidade! O centro da realização humana não está nessas coisas.
2. A eternidade de Deus. Cerca de 40 vezes o Pregador refere-se a Deus no Eclesiastes. Ele o identifica pelo nome hebraico Elohim, o Deus criador. Isto é proposital, pois Salomão alude com frequência àquilo que acontece "debaixo do sol" (Ec 1.3,9,14; 2.18). É debaixo do sol que está a criação; é debaixo do sol que o homem se encontra.
Mas o Pregador tem algo mais a dizer. Ele quer destacar o enorme contraste entre a criação e o Criador, mais especificamente entre Deus e o Homem. Deus é eterno, onipotente, autoexistente, enquanto o homem é finito, frágil e transitório. Por ser mortal, o homem não deve fixar-se apenas nas coisas dessa vida, pois o Deus Eterno pôs a eternidade em seu coração (Ec 3.11 - ARA).
SINOPSE DO TÓPICO (2) Nas Escrituras, o tempo se mostra na transitoriedade da vida e na eternidade de Deus.

III. O TEMPO E AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS

1. Na família. O Eclesiastes ensina que uma das características de nossa vida é a brevidade. Por isso, devemos usufruir com intensa alegria, juntamente com o nosso cônjuge e filhos, dos bens que o Senhor nos proporciona (Ec 9.7-9), pois a vida pode rapidamente se acabar.
Nesse capítulo, Salomão refere-se a vários itens que eram usados pelos israelitas em ocasiões festivas (Am 6.6; Ct 1.3; 2 Sm 14.2; Sl 104.15). O que isso significa? Antes de mais nada, que o nosso lar deve ser uma permanente ação de graças a Deus por tudo o que Ele nos concede.
Nossa casa deve ser um lugar de celebração. Desfrutemos, pois, as alegrias domésticas em companhia da esposa amada (Ec 9.9). A metáfora tem uma mensagem bastante atual: a família cristã, sem recorrer às bebidas alcoólicas e outras coisas inconvenientes e pecaminosas (Ef 5.18), pode e deve alegrar-se intensamente. A vida do crente não precisa ser triste.
2. No trabalho. O trabalho não deve ser um fim em si mesmo. Quando ele é o centro de nossa vida transforma-se em fadiga (Ec 5.16,17). Mas quando deixa de ser um fim em si mesmo, passa a ter real significado, tornando-se algo prazeroso, não pesado (Ec 5.18).
A palavra traduzida do hebraico samach é "gozar", evocando regozijo e alegria. Isto significa que o nosso local de trabalho deve ser um lugar agradável e alegre, fruto das relações interpessoais sadias.
SINOPSE DO TÓPICO (3) O relacionamento familiar do crente deve ser intenso, assim como o trabalho deve ser uma atividade prazerosa e agradável.

IV. - ADMINISTRANDO BEM O TEMPO
1. Evitando a falsa sabedoria e o hedonismo. A busca pelo conhecimento tem sido o alvo do homem através dos séculos. Salomão também empreendeu essa busca (Ec 1.17,18). Mas quem procura o conhecimento desperta a consciência em relação ao mundo ao seu redor, e é tomado por um sentimento de impotência por saber da própria incapacidade de melhorar a natureza das coisas. Nesse aspecto, a busca do conhecimento, como o objeto de realização pessoal, pode conduzir à frustração.
Semelhantemente, a busca por prazer, por si só, configura uma prática hedonista e contrária a Deus (Ec 2.1-3). Muitos são os que buscam a satisfação no álcool, drogas, sexo etc. Tudo terminará num sentimento de vazio e frustração. Quem beber dessa água tornará a ter sede (Jo 4.13). Somente o Evangelho de Cristo pode satisfazer plenamente o ser humano.
2. Evitando a falsa prosperidade e o ativismo. Em Eclesiastes 2.4-11, Salomão desconstrói a ilusão daqueles que buscam, nos bens terrenos, a razão fundamental para a vida. A falsa prosperidade leva o homem a correr desenfreadamente para acumular riquezas, alcançar elevadas posições na sociedade e obter notoriedade e fama. Tudo isso, conclui o sábio, é correr atrás do vento.
Por outro lado, e não menos danoso, é a prática de um ativismo impiedoso, que pode estar nas esferas da profissão ou de qualquer outra prática (Ec 2.17-23). Isso também é correr atrás do vento. O trabalho, quando empreendido racionalmente, não nos desumaniza, mas nos faz crescer como pessoas.
SINOPSE DO TÓPICO (4) Para administrarmos bem o nosso tempo devemos começar por evitar a falsa sabedoria, o hedonismo, a falsa prosperidade e o ativismo. Estes roubam-nos o tempo.

CONCLUSÃO
Vimos que há um tempo para todas as coisas! Esse tempo é extremamente precioso para ser desperdiçado! Por conta da transitoriedade da nossa existência, devemos saber usar bem o nosso tempo, seja buscando conhecimento, seja desfrutando da companhia de nossos familiares e, principalmente, servindo ao Senhor. Somente Deus é eterno e somente Ele deve ser o centro de nossa busca.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Exegético
"O tema do livro de Eclesiastes é que 'debaixo do sol [isto é, 'sem Deus no cenário'], tudo é vaidade'. A palavra-chave do livro é 'vaidade', que aparece trinta e oito vezes, sendo usada para descrever coisas externas e tangíveis (Ec 2.15,19; 8.10,14), bem como pensamentos (Ec 1.14; 2.11). O vocábulo 'vaidade' origina-se do hebraico hebhel [...], que enfatiza aquilo que é efêmero e vazio. A expressão 'vaidade de vaidades' indica a maneira hebraica de expressar um superlativo (poderia ser traduzida como 'muito fútil'). Este método também é visto na expressão 'lugar santíssimo' (Êx 26.34), cujo significado literal no idioma hebraico é 'santo dos santos'.
[...] A perspectiva de Salomão na época em que ele escreveu é a chave para entender o livro de Eclesiastes de modo apropriado, e para explicar o seu pessimismo geral. Salomão escreve do mesmo ponto de vista em que tinha vivido a maior parte da sua vida, e a de 'debaixo do sol' (Ec 1.3, e 30 outras ocorrências). É com a perspectiva terrena e secular que a vida se torna fútil. Ainda assim, há momentos que a fé de Salomão em Deus se dá a conhecer (Ec 12.13,14 é normalmente mencionado, mas este é somente o clímax de pensamentos como 2.25; 3.11,17...)" (Bíblia de Estudo Palavras-Chave: Hebraico e Grego. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp.701-02).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico
"Peculiaridades do Livro de Eclesiastes
A palavra 'Eclesiastes' vem do grego. É o título do livro na Septuaginta e significa: 'Aquele que fala a uma assembleia'.
No hebraico é Qohéleth. Pode ser traduzida de muitos modos como: 'o Pregador, o Sábio, o Velho, O que sabe, o Sapiente Venerado, o Colecionador de Máximas, O que sabe que não sabe'.
Como a palavra Qohéleth tem forma feminina, alguém pensa que deve significar uma assembleia ou reunião. A mesma palavra de 1.1 aparece em 7.27, significando a sabedoria dada por Deus para inspirar Salomão. Pode ser entendida como a própria sabedoria pregando a sabedoria.
Qohéleth, 'Pregador', é empregado aqui como um nome de Salomão.
O Eclesiastes revela um esforço buscando a felicidade. O autor procurou o bem supremo na sabedoria, nos prazeres, na política, nos bens materiais, e concluiu que tudo é vaidade e aflição de espírito.
Tem sido considerado o livro mais misterioso do Cânon Sagrado. Para uns, é a esfinge da literatura hebraica.
Alguém acha que o texto apresenta uma alma em desespero, afirmando um materialismo puro ou um niilismo ativo.
Há uma opinião considerando o Eclesiastes um monólogo em que o Pregador expõe sozinho suas ideias, ao contrário dos outros livros da Bíblia que, em geral, têm uma forma de diálogo com Deus" (MELO, Joel Leitão de. Eclesiastes versículo por versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, pp.17-18).

VOCABULÁRIO
Hedonismo: Doutrina que ensina o prazer como o bem supremo da vida.
Tangíveis: Tocável, sensível, palpável.
Esfinge: Na Grécia antiga, monstro fabuloso que propunha enigmas aos viandantes e devorava quem não conseguisse decifrá-los. Pessoa enigmática, que pouco se manifesta e de quem não se sabe o que pensa ou sente.
Niilismo: Ponto de vista que considera que as crenças e os valores tradicionais são infundados e que não há qualquer sentido ou utilidade na existência.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
MELO, Joel Leitão de. Eclesiastes versículo por versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 56, p.40.

EXERCÍCIOS
1. Quem é o autor do livro de Eclesiastes?
R.  Salomão.

2. A que se refere o termo "Eclesiastes"?
R. A alguém que fala, ou discursa, em uma reunião ou assembleia.

3. Qual dilema Salomão procura responder no Eclesiastes?
R. Sendo a vida tão curta que "vantagem tem o homem de todo o seu trabalho, no que ele faz debaixo do sol?" (Ec 1.3).

4. Qual a mensagem atual da metáfora de Eclesiastes 9?
R. A família cristã, sem recorrer às bebidas alcoólicas e outras coisas inconvenientes e pecaminosas (Ef 5.18), pode e deve alegrar-se intensamente.

5. Como a falsa prosperidade se revela na vida do homem?
R. Ela leva o homem a correr desenfreadamente para acumular riquezas, alcançar elevadas posições na sociedade e obter notoriedade e fama.

domingo, 17 de novembro de 2013

Lição 8 - A Mulher Virtuosa


24 de Novembro de 2013

A Mulher Virtuosa

TEXTO ÁUREO
"Mulher virtuosa, quem a achará?  O seu valor muito excede o de rubins"  (Pv 31.10).

VERDADE PRÁTICA
O comportamento e a sabedoria de uma mulher são os únicos critérios capazes de a definirem como virtuosa

HINOS SUGERIDOS 262, 302, 432

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Pv 31.11 A mulher virtuosa é esposa fiel
Terça - Pv 31.25,28 A mulher virtuosa é respeitada
Quarta - Pv 31.27 A mulher virtuosa trabalha
Quinta - Pv 31.16 A mulher virtuosa empreende
Sexta - Pv 31.23 A mulher virtuosa recebe testemunhos
Sábado - Pv 31.30 A mulher virtuosa teme ao Senhor

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Provérbios 31.10-21,23-29
10 Álefe. Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de rubins.
11 Bete. O coração do seu marido está nela confiado, e a ela nenhuma fazenda faltará.
12 Guímel. Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida.
13 Dálete. Busca lã e linho e trabalha de boa vontade com as suas mãos.
14 Hê. É como o navio mercante: de longe traz o seu pão.
15 Vau. Ainda de noite, se levanta e dá mantimento à sua casa e a tarefa às suas servas.
16 Zain. Examina uma herdade e adquire-a; planta uma vinha com o fruto de suas mãos.
17 Hete. Cinge os lombos de força e fortalece os braços.
18 Tete. Prova e vê que é boa sua mercadoria; e a sua lâmpada não se apaga de noite.
19 Jode. Estende as mãos ao fuso, e as palmas das suas mãos pegam na roca.
20 Cafe. Abre a mão ao aflito; e ao necessitado estende as mãos.
21 Lâmede. Não temerá, por causa da neve, porque toda a sua casa anda forrada de roupa dobrada.
22 Mem. Faz para si tapeçaria; de linho fino e de púrpura é a sua veste.
23 Nun. Conhece-se o seu marido nas portas, quando se assenta com os anciãos da terra.
24 Sâmeque. Faz panos de linho fino, e vende-os, e dá cintas aos mercadores.
25 Ain. A força e a glória são as suas vestes, e ri-se do dia futuro.
26 Pê. Abre a boca com sabedoria, e a lei da beneficência está na sua língua.
27 Tsadê. Olha pelo governo de sua casa e não come o pão da preguiça.
28 Cofe. Levantam-se seus filhos, e chamam-na bem-aventurada; como também seu marido, que a louva, dizendo:
29 Rexe. Muitas filhas agiram virtuosamente, mas tu a todas és superior.
30 Chim. Enganosa é a graça, e vaidade, a formosura, mas a mulher que teme ao SENHOR, essa 
será louvada.
31 Tau. Dai-lhe do fruto das suas mãos, e louvem-na nas portas as suas obras.

INTERAÇÃO
Vivemos numa sociedade onde a figura da mulher tem se reduzido a mero objeto sexual. Nas danças, nas músicas sensuais, nos comerciais televisivos e nos outdoors, a sensualidade das mulheres brasileiras está na linha de frente.  Entretanto, a Bíblia estabelece para a mulher cristã um papel protagonista e exuberante. Ser mulher, de acordo com a Palavra de Deus, é ser feminina, não feminista; madura, não imatura; santa, não depravada.
A mulher cristã, em todas as esferas da sua vida, deve viver para a glória de Deus.

OBJETIVOS
Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
* Conhecer a mulher virtuosa como esposa e mãe.
* Compreender a mulher virtuosa como trabalhadora e empreendedora.
* Aprender com o testemunho da mulher virtuosa como serva de Deus.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para concluir o terceiro tópico, sugerimos a seguinte atividade: Peça aos alunos que, em revista, jornais ou internet , pesquisem sobre mulheres que são destaques no mercado de trabalho, mas simultaneamente, desempenham o papel de mãe e esposa no lar. Em seguida, selecione no máximo cinco pesquisas e solicite que os escolhidos apresentem os seus resultados destacando como tais mulheres desenvolveram estratégias para conciliar a carreira profissional com a vida doméstica. Permita aos alunos emitirem opiniões sobre o assunto. Conclua o tópico afirmando que o princípio bíblico para a mulher cristã não mudou: Em Deus, ela é uma brilhante profissional, mas, igualmente, mãe presente e afetuosa bem como uma esposa companheira.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
A poesia de Provérbios 31 é uma das mais belas de toda a literatura universal. Este inspirado poema, além de mostrar o verdadeiro valor da mulher, evidencia as virtudes morais e espirituais que a fazem virtuosa. Tal mulher contrasta-se fortemente com a vil apresentada em Provérbios 11.22.
Ao contrário da virtuosa, a vil é desprovida das virtudes . A formosura da mulher virtuosa é de natureza ética; a da vil é de caráter meramente estético. A mulher virtuosa prioriza os valores interiores e faz de Deus a fonte de tudo o quanto ela é e representa. Por isso, a mulher virtuosa é tida por honrada!

I. A MULHER VIRTUOSA COMO ESPOSA 
1. Tem a confiança e o respeito do marido. As bases do relacionamento conjugal são a confiança e o respeito mútuo, pois a fidelidade é um dos pilares do casamento. Onde impera a desconfiança e o desrespeito, o casamento está fadado ao fracasso. Acerca da mulher virtuosa, a Palavra de Deus é clara: "O coração do seu marido está nela confiado" (Pv 31.11). Além de significar "confiar", a palavra hebraica batach também expressa  as ideias de "sentir-se seguro" ou "estar despreocupado".
2. Tem a admiração e o reconhecimento do marido. Uma das formas de se demonstrar amor no casamento é reconhecer a importância e o valor do cônjuge. Esse reconhecimento deve ser expresso por atitudes e palavras. Enquanto os homens são movidos pelo que veem, as mulheres respondem melhor pelo que ouvem! Por isso é importante que o esposo elogie sua esposa sempre.
Não adianta você dizer que as suas atitudes demonstram que você realmente a ama. É preciso declarar e falar que você a ama. Se a mulher de Provérbios 31 é virtuosa, o seu marido também o é. Ele expressa isso em palavras (v.29). Ele sabe que a sua esposa é virtuosa e não sente vergonha em dizer! O marido da mulher virtuosa deve tecer-lhe elogios tanto no lar quanto em público. Mas o homem que destrata sua esposa arruína o casamento e peca contra Deus (1 Pe 3.7).
SINOPSE DO TÓPICO (1) A mulher virtuosa, como esposa, tem a confiança, o respeito, a admiração e o reconhecimento do marido.

II. A MULHER VIRTUOSA COMO MÃE
1. É educadora. Em Provérbios 31.25, duas coisas são ditas a respeito da mulher virtuosa: "Força e dignidade são os seus vestidos [ARA]". A palavra hebraica 'oz, traduzida como força, é apresentada no texto bíblico com sentido literal e figurado. Figuradamente, descreve a segurança experimentada pelos justos (Sl 62.7; Pv 18.10). Por outro lado, o termo "dignidade", do hebraico hadar, significa ornamento e honra. A poesia expõe os valores morais que a mulher virtuosa veste. Ela é segura, confiante e digna. Estes são os valores nos quais, como mãe, ela educará seus filhos.
2. É afetuosa. Uma das grandes causas da delinquência juvenil pode ser encontrada na ausência de afetividade na infância. Se os filhos da mulher virtuosa "levantam-se [...] e chamam-na bem-aventurada" (Pv 31.28) é porque ela sempre lhes deu afeto e atenção. Afeto gera afeto! Infelizmente, muitos pais não demonstram carinho algum pelos filhos. A rispidez e os xingamentos estão presentes na "educação" deles! Como será o futuro dessas crianças que, diariamente, são tratadas dessa forma por seus pais?
SINOPSE DO TÓPICO (2) Na Bíblia, como mãe, a mulher virtuosa mostra-se educadora e afetuosa.

III.  A MULHER VIRTUOSA COMO TRABALHADORA
1. É dona de casa. Foi realizada nos Estados Unidos, há algum tempo, uma pesquisa envolvendo altas executivas. A pesquisa queria saber o que as faziam sentir-se realizadas como mulher. O resultado foi surpreendente: a maioria respondeu que a sua maior realização estava em ser esposa, mãe e dona de casa.
A mulher virtuosa ama os afazeres domésticos e tudo faz para cumprir com excelência a sua missão (v.27). Mas sempre que necessário, o marido pode ajudá-la nos afazeres domésticos. Dessa forma, estará  demonstrando, na prática, a sua gratidão à esposa. A mulher virtuosa tem o seu trabalho devidamente reconhecido na Bíblia, e o mesmo reconhecimento deve ser dado pelo seu esposo.
2. É empreendedora. A missão da mulher moderna é bem complexa: esposa, mãe, dona de casa, trabalhadora e empreendedora. Além das tarefas domésticas, muitas vezes precisa trabalhar fora para complementar a renda da família, tendo uma jornada de trabalho repleta de atividades.
Nesse aspecto, o esposo sábio pode contribuir auxiliando a esposa em suas atividades. Se a esposa trabalha fora para ajudar o marido, ele também pode auxiliar em algumas tarefas dentro de casa, inclusive honrando-a com alguns momentos em que ela poderá descansar
SINOPSE DO TÓPICO (3) A mulher virtuosa além de cuidar da tarefa doméstica, se mostra empreendedora.

IV.  A MULHER VIRTUOSA COMO SERVA DE DEUS
1. Dá um bom testemunho. Em Provérbios 14.1, há um forte contraste entre duas mulheres: a sábia e a tola. Esta, por sua conduta, destrói o seu lar. Mas aquela, através de seu bom testemunho, edifica a sua casa. Muitos são os casamentos fracassados e desfeitos devido à falta de sabedoria, prudência e sensatez de algumas mulheres. O marido da mulher tola pode ser considerado como um homem  sofredor e infeliz. Mas o esposo da mulher virtuosa é estimado entre as autoridades e honrado "quando se assenta com os anciãos da terra" (Pv 31.23).
2. É temente a Deus. Tudo o que é testemunhado acerca da mulher virtuosa só é possível porque ela teme ao Senhor (Pv 31.30). O temor a Deus faz dela uma mulher estimada dentro e fora do lar (Pv 1.7).
SINOPSE DO TÓPICO (4) Como serva de Deus, a mulher virtuosa é temente ao Altíssimo e dá bom testemunho

CONCLUSÃO
Em um mundo onde os valores estéticos são mais importantes do que os éticos, as virtudes acabam sendo ignoradas. Tal inversão de valores produz consequências danosas à sociedade e principalmente à família. Mas a mulher virtuosa preserva o seu lar através de suas singulares virtudes espirituais e morais. Por isso, ela é honrada por todos. Que as servas do Senhor passem a cultivar com mais zelo as virtudes que a Bíblia expõe de maneira tão bela e clara em Provérbios 31.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bíblico
"A Mulher Virtuosa [Proverbios 31.10-31]
Esta descrição da mulher virtuosa pretende mostrar que tipos de esposas devem ser as mulheres, e que tipos de esposas os homens devem escolher; ela consiste de vinte e dois versículos, cada um deles iniciado por uma letra do alfabeto hebraico, em ordem, como alguns dos salmos, o que leva alguns a pensar que este fragmento não fazia parte da lição que a mãe de Lemuel lhe ensinava, mas era um poema, por si mesmo, escrito por algum outro autor; e talvez tivesse sido muito repetido entre os judeus piedosos, e para facilitar a memorização tivesse sido escrito alfabeticamente. Nós o temos condensado no Novo Testamento (1Tm 2.9,10; 1 Pe 3.1-6), onde o dever recomendado às esposas está de acordo com esta descrição de uma boa esposa; e com boas razões há tanta ênfase sobre ele, uma vez que o fato de que as mães sejam sábias e boas, contribui, tanto quanto qualquer outra coisa, para a promoção da religião nas famílias, e a sua transmissão para a posteridade [...]" (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento - Jó a Cantares de Salomão. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp.885-86).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Vida Cristã
"A MATERNIDADE EM NOSSA NATUREZA
A palavra criar origina-se da palavra latina que significa 'ato de alimentar, amamentar ou nutrir'. Em nossa linguagem vigente, seu significado é mais para o bem-estar de todos. Conclui-se que se o suave toque maternal de uma mulher faltar, a sociedade com certeza se degenerará. Você não tem de ir muito longe para obter provas do que está acontecendo à nossa volta. As crianças do mundo estão chorando por um toque feminino e maternal. Mas submeter-se ao plano de Deus para a essência materna de nosso ser requer disciplina, sobretudo levando em conta nossa cultura.
A Palavra de Deus ensina que gerar vida é exclusivamente feminino. Todas somos filhas de Eva, cujo nome é revelado em Gênesis 3.20, que significa 'mãe de todos os viventes'. Assim como Eva, foi dado a cada uma de nós um corpo projetado para gerar vida. Somos lembradas disso todos os meses com o armazenamento e passagem de sangue necessário para a nutrição do recém-nascido. Nossos seios têm a faculdade de nutrir o recém-nascido. As mulheres que ficam grávidas e dão à luz experimentam a plena realização desses dons e fazem a descoberta magnificamente pessoal de que uma criança depende completamente do corpo da mãe para a própria vida.
Mas há muitas mulheres que nunca dão à luz, cuja maternidade se estenderá necessariamente aos que não são seus filhos. Não é o processo de gravidez e parto que torna uma filha de Eva mãe.
A Bíblia ensina que todas as mulheres são criadas para 'ser mãe', gerar vida. Ser mãe é mais que um mero mecanismo de útero e seio; é muito mais profundo. E as mulheres ficam mais femininas quando são mães" (HUGUES, Barbara. Disciplinas da Mulher Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.154).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento - Jó a Cantares de Salomão. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
HUGUES, Barbara. Disciplinas da Mulher Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 56, p.40.

EXERCÍCIOS
1. Quais são as bases do relacionamento conjugal?
R.  São a confiança e o respeito mútuo.

2. De acordo com Provérbios 31.25 duas coisas são ditas a respeito da mulher virtuosa. O que são?
R. "Força e dignidade são os seus vestidos".

3. Como o esposo pode ajudar a esposa que trabalha fora?
 R.  Se a esposa trabalha fora para ajudar o marido, ele também pode auxiliar em algumas tarefas dentro de casa, honrando-a com alguns momentos em que ela poderá descansar.

4. Qual o forte contraste presente em Provérbios 14.1? Explique.
R.  A sábia e a tola. Esta, por sua conduta, destrói o seu lar. Mas aquela, através do seu testemunho, edifica a sua casa.

5. Você é uma mulher virtuosa? E você marido, é virtuoso?
R. Resposta pessoal.


sábado, 16 de novembro de 2013

Divulgue esta campanha: Pr. Daniel Nogueira - Africa


Irmãos e irmãs, amigos, ajudadores, pastores estou mais uma vez convocando a todos para uma causa missionaria, e desta vez não é a tenda, não é cadeiras, nem o piso da igreja, é a cirurgia e a saúde, a vida de nossa
Missionaria Suzelaine Quiterio Sitoe, precisamos da ajuda de todos, e muitos já estão orando e buscando a Deus, mas precisamos da ajuda e acompanhamento de todos. Faça seu deposito e envie sua mensagem identificando o mesmo, quem puder envie o comprovante no inbox do face ou no
e-mail seminaristadaniel@gmail.com 
divulgue a campanha e vamos vencer juntos com a nossa "valente de Deus"

Pr. Daniel Nogueira - Matola - Moçambique - Africa

domingo, 10 de novembro de 2013

Lição 7 - Contrapondo a Arrogância Com a Humildade


17 de Novembro de 2013

Contrapondo a Arrogância Com a Humildade

TEXTO ÁUREO
A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda"  (Pv 16.18).

VERDADE PRÁTICA
A humildade é uma virtude que deve ser zelosamente cultivada, pois a arrogância leva à destruição e à morte eterna.

HINOS SUGERIDOS 244, 289, 337

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Pv 11.2 A humildade afasta a soberba
Terça - Pv 16.5 Deus abomina os soberbos
Quarta - Pv 16.18 A soberba precede a queda
Quinta - Pv 22.4 A humildade será galardoada
Sexta - Pv 14.31 Deus honra quem socorre os humildes
Sábado - Pv 3.34; Tg 4.6 Deus resiste ao soberbo, mas dá graça aos humildes

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Provérbios 8.13-21
13 O temor do SENHOR é aborrecer o mal; a soberba, e a arrogância, e o mau caminho, e a boca 
perversa aborreço.
14 Meu é o conselho e a verdadeira sabedoria; eu sou o entendimento, minha é a fortaleza.
15 Por mim, reinam os reis, e os príncipes ordenam justiça.
16 Por mim governam os príncipes e os nobres; sim, todos os juízes da terra.
17 Eu amo os que me amam, e os que de madrugada me buscam me acharão.
18 Riquezas e honra estão comigo; sim, riquezas duráveis e justiça.
19 Melhor é o meu fruto do que o ouro, sim, do que o ouro refinado; e as minhas novidades, 
melhores do que a prata escolhida.
20 Faço andar pelo caminho da justiça, no meio das veredas do juízo.
21 Para fazer herdar bens permanentes aos que me amam e encher os seus tesouros.

INTERAÇÃO
A epístola do apóstolo Paulo aos filipenses descreve o despojamento do Senhor Jesus. Leia e medite no  texto de Filipenses 2.4-8. Imagine, o Deus Todo-Poderoso humilhando-se e sujeitando-se à morte de cruz. E nós, seres humanos imperfeitos, quantos vezes nos exaltamos com coisas banais?
A lição desta semana convida-nos a ter o mesmo sentimento de Jesus. A mesma disposição em despojar-nos de nós mesmos. Somente pela prática da humildade poderemos contrapor o veneno da arrogância.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Dissertar sobre a relação entre a humildade e a arrogância.
- Explicar os contrastes ilustrativos: o sábio e o insensato; o justo e o injusto; o rico e o pobre; o príncipe e o escravo
- Cultivar a virtude da humildade e rejeitar a arrogância.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza  na lousa, o quadro abaixo. Para introduzir a lição desta semana inicie a aula com a seguinte pergunta: "Que atitudes humanas refletem a humildade e a arrogância?" Ouça os alunos com atenção. À medida que forem falando preencha as colunas. Em seguida, afirme que o Evangelho nos desafia a viver um estilo de vida humilde. Por isso, devemos tomar uma firme resolução de rejeitar as atitudes que caracterizam a arrogância e cultivar as virtudes da humildade.
Esta atividade permitirá uma participação ativa do aluno e a sua aprendizagem será eficaz.

HUMILDADE..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

ARROGÂNCIA...............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................


COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
A humildade, a honra e a coragem são a base do bom relacionamento entre as pessoas. Mas a arrogância, a desonra e a covardia são a causa de inimizades e conflitos. Nesta lição, veremos a relação entre a humildade e a arrogância à luz de alguns contrastes bastante didáticos e ilustrativos: o sábio e o insensato, o justo e o injusto, o rico e o pobre, o príncipe e o escravo.
Em qual grupo você se encontra? É hora de aplicarmos à nossa vida as preciosas lições do livro de Provérbios.

I. O SÁBIO VERSUS O INSENSATO
1. Sabedoria e humildade. A sabedoria é entendida como a aplicação correta do conhecimento em nosso dia a dia. Em Provérbios, ela é vista como um antídoto contra a arrogância. Daí a insistência do sábio em que se busque adquirir a sabedoria (Pv 16.16). A sabedoria retratada em Provérbios demonstra ser eficaz contra a arrogância e a soberba, pois quem é sábio age com humildade (Pv 11.2).
Em o Novo Testamento, o apóstolo Paulo sabia dessa verdade e, por isso, orou para que o Senhor concedesse aos crentes "espírito de sabedoria e de revelação" (Ef 1.17).
2. Insensatez, arrogância e altivez. Na visão de Provérbios, o arrogante é uma pessoa insensata e desprovida de qualquer lucidez e bom senso. Verdadeiramente, o arrogante está pronto a fazer o mal, pois age com soberba e altivez (Pv 6.18). É uma pessoa inexperiente, sem domínio próprio (Pv 25.28), ingênuo (Pv 27.12), sem bom-senso (Pv 27.7) e que se comporta como um animal ou um bêbado (Pv 26.3,9).
Por isso, o insensato não pode ser designado para um serviço (Pv 26.6,10). Ele é fanfarrão, preguiçoso e incorrigível (Pv 25.14; 26.11,13-26; 27.22). Sua presença é um perigo, pois além de falso e maldizente é ignorante (Pv 26.18-22). Ele não age com a razão e não sabe controlar a própria vontade, sendo, portanto, uma abominação para o Senhor (Pv 16.5).
SINOPSE DO TÓPICO (1) A alegria do Senhor, a que Paulo se refere, se manifesta em meio às preocupações e as aflições da vida.

II. O JUSTO VERSUS O INJUSTO
1. Justiça e humildade. Em Provérbios, a humildade e a justiça são inseparáveis. Ali, o princípio de vida proposto pelo sábio é simples: quem é justo deve agir com humildade, quem é humilde deve agir com justiça. Salomão, ainda bem jovem, pediu humildemente sabedoria a Deus para governar Israel com justiça (1 Rs 3.7-10). Ele queria que a justiça alcançasse todo o seu reino (Pv 1.1-3).
A pessoa humilde e justa sabe que a justiça vem diretamente de Deus (Pv 29.26). Por isso, ela deve ser amorosa e sabiamente exercitada.
2. Injustiça e arrogância. A insensatez e a arrogância são categorias morais que aparecem associadas à prática da injustiça. Nenhum arrogante agirá com humildade e tampouco o injusto procederá com justiça. O arrogante possui uma escala de valores distorcida e não se dá conta dos malefícios das suas ações. O pior é que ele não possui humildade para reconhecer o fato.
A palavra hebraica para "arrogante" é gabahh, que significa orgulhoso, alto e exaltado. Por outro lado, o termo hebraico traduzido como "humildade" vem da raiz de um vocábulo que significa afligir, oprimir e humilhar. Na prática, a Bíblia nos mostra que quem se sente acima dos outros pode ser tentado a pisá-los, oprimí-los e humilhá-los, e essas são atitudes impensáveis para um servo de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (2) Segundo o livro dos Provérbios, do justo se espera justiça e humildade, mas do injusto, injustiça e arrogância

III. O RICO VERSUS O POBRE
1. Riqueza e arrogância. Uma primeira leitura de Provérbios deixa claro que Deus condena tanto a riqueza adquirida por meios injustos, como a pobreza gerada pela preguiça. Por isso, a riqueza pode ser fruto da justiça, e a pobreza, às vezes, resultado da indolência e do ócio (Pv 28.19,20; 29.3). Ninguém, portanto, deve ser elogiado meramente por ser pobre nem tampouco estigmatizado por ser rico.
Salomão, contudo, sabe que os muitos bens do rico podem levá-lo à prepotência e à arrogância (Pv 18.23).
2. Pobreza e humildade. Devemos considerar, também, que há um tipo de pobreza que é resultado de um determinado contexto sócio-histórico (Pv 28.6).  Em Provérbios é evidente que os sábios demonstram uma preferência pelo pobre. Este, mesmo não tendo uma vida econômica confortável, age com integridade e justiça (Pv 28.11). Tal pobre é identificado como sábio, pois ele sabe que os valores divinos são melhores que as riquezas (Pv 22.1; 23.5).
SINOPSE DO TÓPICO (3) Uma leitura de Provérbios deixa claro que Deus condena tanto a riqueza adquirida por meios injustos, quanto à pobreza gerada pela preguiça.

IV. O PRÍNCIPE VERSUS O ESCRAVO
1. Realeza: arrogância e humildade. Quando o livro de Provérbios foi escrito, a nação de Israel era uma monarquia. Nesta, a figura do rei recebe destaque especial. Em Israel, isso não seria diferente. Salomão era rei e sabia que, para governar, precisava da sabedoria divina, a fim de discernir entre o bem e o mal (1 Rs 3.1-10). A sabedoria (Pv 17.7) e a sobriedade (Pv 31.4) são elementos indispensáveis ao rei para exercer a justiça e promover o bem-estar social de seu povo (Pv 29.4).
O governante que teme a Deus dará mais atenção ao pobre e ao humilde. Agindo assim, será abençoado perpetuamente (Pv 29.14). Mas o que não teme ao Senhor procederá arrogante e perversamente (Pv 29.2).
2. Escravidão: humildade e realeza. A verdade de Provérbios 17.2 se cumpriu quando Jeroboão, servo de Salomão, tornou-se príncipe das dez tribos do Norte de Israel (1 Rs 12.16-25). Mas um sentido metafórico e interessante para destacarmos nesse texto é que as pessoas provenientes de uma condição humilde, quando agem com prudência, sobressaem-se aos arrogantes. Os que, porém, desprezam a humildade, quando chegam ao topo agem como os soberbos.
Um ditado popular descreve isso com precisão: "Dê poder ao homem e você saberá o seu verdadeiro caráter". Tudo é uma questão de princípios, de atitudes e de caráter. Para que este se forme no indivíduo não depende da sua classe social, mas dos valores que lhe são germinados desde a mais tenra idade. Tudo é uma questão de princípios e de atitudes!
Que o pobre, ao tornar-se rico, não se esqueça de sua origem. Os seus valores lhe dirão o que ele se tornará: uma pessoa arrogante e egoísta ou alguém compassivo e generoso.
SINOPSE DO TÓPICO (4) A monarquia caracteriza-se pela prepotência e a exuberância do seu reino. Mas o governante que teme ao Senhor dará maior atenção ao pobre e ao humilde.

CONCLUSÃO
Na presente lição, vimos os contrastes entre o sábio e o insensato, entre o justo e o injusto, entre o rico e o pobre e entre o príncipe e o escravo. Estudamos também que a humildade ou a arrogância distinguirão uma pessoa da outra. A Bíblia nos orienta a cultivarmos a virtude da humildade e a rejeitarmos a arrogância, pois "Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes" (Tg 4.6).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Vida Cristã
"Humildade
Os humildes não reivindicam autoridade absoluta. Não fingem ter uma sabedoria perfeita. A palavra humildade deriva da palavra latina humus, que significa 'solo' e 'terra'. Os atos de humildade não soam com as palavras 'eu tenho'. Sua música começa com 'eu venho do pó'. Tanto em meio à crise quanto à bonança, a maneira como agem proclama 'eu sou limitado. Não possuo todo o conhecimento, toda a força, todas as habilidades e nunca possuirei'. Tenham eles lido as Escrituras profundamente ou não, eles conhecem em seus corações a sabedoria que se encontra nelas [...].
Agir com humildade não é de modo algum intimidar-se ou esquivar-se. Na verdade, quando se tem de lidar com questões difíceis, os humildes sempre se tornam os mais audazes. Conhecendo suas limitações, eles ficam livres de qualquer necessidade de fingir ser mais do que na verdade são. Conhecendo seu lugar em relação àquele que conhece a todos, eles se abrem a Deus e aos outros de um jeito que o orgulho jamais permitiria. Eles possuem uma forma de liderança que brota de raízes completamente diferentes das que alimentam o 'eu tenho'. Sua liderança é nova e revigorante" (DOUGHTY, Steve. Vivendo Com Integridade: Liderança espiritual em tempos de crise, 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp.60-61).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Vida Cristã
"Você Tem Sede de Poder?
Quem são os sedentos de poder? Como saberemos se essas tendências estão adormecidas em nossos corações, esperando apenas a oportunidade certa para subir à superfície?
Certos traços são comuns à maioria das pessoas que aspiram ao poder. Essas características estão bem escondidas sob um manto de engano. Assim fica difícil identificá-las, até que a ânsia pelo poder tenha afetado negativamente sua vítima.
Algumas destas se aplicam a você?

Você deixa de falar quando algo está errado, a fim de proteger sua posição.
Você sempre reluta em tomar posição num caso cujo resultado não seja proveitoso para sua pessoa.
Você tem a consciência embotada quanto a algumas coisas que estão certas ou erradas? Está sempre tão certo de que tem razão, que jamais lhe ocorre ser errado o seu silêncio.
[...] Temos ordem para não deixar de fazer o que sabemos ser o certo. Devemos levar a sério o mal que outros fazem ao rebanho da humanidade. Precisamos alertar as pessoas com cautela. E esperar humildemente sermos lembrados das nossas palavras ao vermos os erros alheios [...].

Você tem um espírito altivo.
Arrogância, poder e mentira andam de mãos dadas. Eles pertencem à mesma gangue e protegem o seu território mediante o engano.
Você não tem de prestar contas a ninguém. Seu lema é: 'Se parecer bom para você, faça!' Contanto que obtenha o que quer, é isso que importa.

Você mente ou faz o que é necessário para conservar sua posição de poder.
Sei por experiência pessoal e pela observação de outros que, na busca pelo poder, estamos dispostos a pagar qualquer preço. Quando você tem sede de poder - e pensa nele - começa então a manipular situações e pessoas em sua mente" (DORTCH, Richard W. Orgulho Fatal: Um ousado desafio a este mundo faminto de poder. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 59,61,63,64).


VOCABULÁRIO
Versus: Contra; em comparação com; em relação a; alternativamente a.
Estigmatizado: Que ou aquele que se estigmatizou; marcado ou cicatrizado de uma ferida.
Sócio-Histórico: Relativo aos fatos ou circunstâncias sociais que fazem a história de uma sociedade.
Audazes: Quem realiza ações difíceis, afronta obstáculos e situações difíceis.
Exuberância: Fartura ou superabundância.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
DORTCH, Richard W. Orgulho Fatal: Um ousado desafio a este mundo faminto de poder. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.
GILBERTO, Antonio. O Fruto do Espírito: A Plenitude de Cristo na vida do crente. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 56, p.39.

EXERCÍCIOS
1. Segundo a lição, como a sabedoria é vista no livro de Provérbios?
R.  Como um antídoto contra a arrogância.

2. Quem é o arrogante na visão do livro de Provérbios?
R. O arrogante é uma pessoa insensata e desprovida de qualquer lucidez e bom senso.

3. Qual o princípio de vida proposto pelo sábio?
R. Quem é justo deve agir com humildade, quem é humilde deve agir com justiça.

4. Como os Provérbios condenam a "riqueza" e a "pobreza"?
R. Deus condena tanto a riqueza adquirida por meios injustos, como a pobreza gerada pela preguiça.

5. De acordo com a lição, a quem um governante temente a Deus dará mais atenção em seu governo?
R.  Ao pobre e ao humilde.



segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Lição 6 - O Exemplo Pessoal na Educação dos Filhos


10 de Novembro de 2013

O Exemplo Pessoal na Educação dos Filhos

TEXTO ÁUREO
"O justo anda na sua sinceridade; bem-aventurados serão os seus filhos depois dele"  (Pv 20.7).

VERDADE PRÁTICA
A melhor forma de se educar um filho é através do exemplo, pois as palavras passam, mas o exemplo permanece.

HINOS SUGERIDOS 258, 360, 409

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Pv 22.29 O futuro de um homem diligente
Terça - Pv 29.15 Estabelecendo limites
Quarta - Pv 7.6,7 O mau exemplo da displicência
Quinta - Pv 22.22,23 Sabedoria para agir com equidade
Sexta - Pv 23.6-8 Sabedoria para lidar com o invejoso
Sábado - Pv 24.11,12 Agindo misericordiosa e sabiamente

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Provérbios 4.1-9
1 Ouvi, filhos, a correção do pai e estai atentos para conhecerdes a prudência.
2 Pois dou-vos boa doutrina; não deixeis a minha lei.
3 Porque eu era filho de meu pai, tenro e único em estima diante de minha mãe.
4 E ele ensinava-me e dizia-me: Retenha as minhas palavras o teu coração; guarda os meus 
mandamentos e vive.
5 Adquire a sabedoria, adquire a inteligência e não te esqueças nem te apartes das palavras da 
minha boca.
6 Não desampares a sabedoria, e ela te guardará; ama-a, e ela te conservará.
7 A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria; sim, com tudo o que possuis, adquire 
o conhecimento.
8 Exalta-a, e ela te exaltará; e, abraçando-a tu, ela te honrará.
9 Dará à tua cabeça um diadema de graça e uma coroa de glória te entregará.

INTERAÇÃO
Caro professor, a família moderna vem sofrendo grandes transformações. Com a cristã, não é diferente. Há trinta anos não falaríamos sobre casais de jovens e adolescentes tornando-se pais no seio da Igreja. Mas esta é uma realidade em muitos lares cristãos. E qual o problema? O problema está quando o casal de jovens deveria estudar, entretanto, vê-se responsável por um filho - são "crianças" gerando crianças.  Inevitavelmente, esta educação é terceirizada para os pais, ou seja, avós. Aqui, inicia todo o problema na educação dos filhos de grande parte da sociedade moderna e, também, da família cristã. Os pais não educam, os avós se responsabilizam, mas se veem liberais com as crianças. Pais e avós não se entendem. O que se vê é uma criança crescendo desorientada, sem o mínimo parâmetro de limites. Você acha que esse processo não afetará a igreja?

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Reconhecer a importância de se colocar limites aos filhos.
* Saber do valor do exemplo na educação dos filhos.
* Promover a educação integral da criança.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para concluir o tópico II da lição, sugerimos que você reproduza o esquema abaixo seguinte de acordo com suas possibilidades. Neste esquema, demarcamos três funções básicas e completamente opostas às características negativas apontadas na lição: "pais ausentes" e "mãe superprotetora". Os pais que levam a sério a educação dos seus filhos sabem que o "amor", a "educação" e a "proteção" são funções inegociáveis para a difícil missão de se criar filhos. Portanto, convide a classe a não recusar essa missão dada por Deus.

QUAL A FUNÇÃO DOS PAIS
AMAR. Todas as ações dos pais para com os !lhos têm como base o amor. Mas amar não signi!ca abonar os atos errados dos !lhos. O maior ato de amor dos pais para com os !lhos é corrigir quando eles estiverem errados; adverti-los quando forem repreensíveis. Amar não signi!ca fechar os olhos para o erro; mas com mansidão corrigi-lo.
EDUCAR. Os pais não criam os !lhos para si. Eles os educam para o mundo. É na prática da vida que os !lhos provarão se os pais foram ou não competentes na sublime missão de educá-los.
PROTEGER. Além de amar e educar, os pais devem ser verdadeiros protetores dos seus !lhos. Por eles lutam, sacri!cam-se e buscam o melhor para as suas vidas. Mas proteger os !lhos não signi!ca fazer a vontade deles. Quando os pais são honestos e sinceros com os !lhos, eles os protegem para a vida.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Nas lições anteriores, vimos que a expressão "ouve filho meu" soa como um refrão no livro de Provérbios. É o apelo de um pai amoroso, ensinando ao filho as regras do bom viver. É a partir de um conjunto de valores, já padronizado, que o pai assim o faz. Entretanto, sua preocupação não é despejar sobre o filho um código de regras, mas ensinar valores que o prepararão para a vida. Para isto, ele utilizará o exemplo, mostrando que a atitude fala muitas vezes mais alto que as palavras!

I. - A IMPORTÂNCIA DOS LIMITES
1. Satisfazendo necessidades, não vontades. Um princípio utilizado no treinamento de líderes, e que tem se mostrado bastante eficaz, é a máxima de que "liderar é satisfazer necessidades, não vontades". No universo educacional, o princípio torna- se ainda mais forte e verdadeiro.
Todo pai deve saber que o filho, especialmente se ainda é criança, deseja que suas vontades sejam imediatamente satisfeitas. Mas de que realmente a criança necessita? Embora queira comer só doces, ela precisa de uma alimentação balanceada para ter um crescimento saudável. É para isso que aponta a sabedoria de Provérbios 29.15. Portanto, estabeleçamos limites às crianças, não apenas quanto à alimentação, mas principalmente acerca dos valores morais e espirituais.
2. Presença versus Agressão. Os educadores descrevem como referências negativas, na educação da criança, a figura do "pai ausente" e a da "mãe superprotetora". O pai ausente é omisso na educação de seus filhos. Evitando o diálogo, vale-se de métodos agressivos para impor-lhes a sua autoridade. Ele fala sempre aos gritos. O autor dos Provérbios, porém, exorta-nos a ensinar a criança no caminho em que deve andar, mas não aos gritos, nem utilizando-se de violência (Pv 22.6).
A mãe superprotetora, por seu turno, temendo produzir algum trauma na formação da criança, acaba por não corrigi-la. Não é isso o que as Escrituras ensinam: o pai e mãe são os responsáveis pela disciplina dos filhos, e não podem fugir a esse dever (Pv 13.24).
SINOPSE DO TÓPICO (1) Os pais devem satisfazer as necessidades dos seus filhos, não vontades; devem educá-los, não agredi-los.

II. - ENSINANDO ATRAVÉS DO EXEMPLO (VALORES)
1. Ética da personalidade. Hoje, mais do que nunca, necessitamos educar nossas crianças, tomando por base os valores morais e espirituais da Bíblia Sagrada. A ética ensinada pelas escolas seculares e pela mídia é relativista e permissiva. O que conta não é o ser e sim o ter. Com isso, nossos filhos ficam completamente desprotegidos diante das armadilhas deste mundo, por não terem ainda a noção do certo e do errado, conforme destaca Salomão em Provérbios 7.6,7. Nessa passagem,   deparamo-nos com a triste figura do jovem simples e desprotegido diante da sedução do mundo.
Algumas questões precisam ser elucidadas nesse texto. A palavra "simples", traduzida do hebraico pethy, refere-se a uma pessoa tola e ingênua. O termo hebraico leb traduzido por "coração", "ser interior" ou "juízo", é usado para descrever o caráter moral do indivíduo. O que faltou ao jovem de Provérbios 7 foi exatamente a noção de valores morais bem demarcados. O resultado não poderia ser outro: ele caiu nas garras do pecado. Não permitamos, pois, que o mesmo ocorra com os nossos filhos. Vamos instruí-los enquanto é tempo.
2. Ética do caráter. A ética coloca os valores no lugar onde eles devem estar. A ideia, aqui, é educar a pessoa, tomando por base os valores ensinados na Bíblia. O mais importante não são os sentimentos, mas o comportamento. Não é a sensibilidade, mas o compromisso com a atitude correta a se tomar. É exatamente isso que Salomão diz ter herdado do seu pai e o mesmo objetiva transmitir ao seu "filho" (Pv 4.3,4).
SINOPSE DO TÓPICO (2) O caráter cristão é formado a partir de uma educação que toma por base os valores ensinados na Bíblia.

III. - EDUCAÇÃO INTEGRAL
1. Desenvolvimento mental. Provérbios mostra o quanto é importante os mais jovens serem treinados para que tenham o discernimento adequado para a vida. Por isso, Salomão mostra os frutos desse treinamento: sabedoria, disciplina, sensatez, justiça, direito, retidão, habilidade, prudência, conhecimento e reflexão.
Todo esse aprendizado valia-se de uma técnica apurada de memorização, visando preparar integralmente o jovem à vida. Por conseguinte, inclinemos o coração ao entendimento (Pv 2.2). Atemos a benignidade ao pescoço, escrevemo-la na tábua do coração (Pv 3.3) e guardemos a instrução no lugar mais íntimo do ser (Pv 4.21).
2. Desenvolvimento moral. A preocupação do sábio com o desenvolvimento moral e espiritual do aprendiz é claramente demonstrada em sua insistência em educá-lo, tomando por base a justiça, o direito e a retidão. Isso pode ser visto, quando Salomão destaca a prática da justiça (Pv 22.22,23), os bons princípios (Pv 22.28; 23.10,11), a instrução e a disciplina (Pv 23.13; 14.22-25), a prudência nas relações sociais (Pv 23.6-8) e o exercício da misericórdia (Pv 24.11,12).
SINOPSE DO TÓPICO (3) A educação cristã do jovem crente deve ser pensada numa perspectiva integral. Isto é, desenvolvendo a vida moral e espiritual.

CONCLUSÃO
Num momento em que os modelos educacionais experimentam uma grave crise de valores, é urgente estudarmos o livro de Provérbios, a fim de extrairmos preciosas lições à educação dos nossos jovens, adolescentes e crianças.
Não podemos consentir que a cultura deste século inocule, em nossos filhos, o veneno de um ensino permissivo e contrário aos valores da Bíblia Sagrada. Preservemos o que os nossos pais na fé construíram e, com muito sacrifício, deixaram-nos como legado espiritual e moral.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
"A Disciplina dos Pais
Os pais, na educação de seus filhos, devem considerar:
1. O benefício da correção apropriada. Não somente os pais devem dizer aos seus filhos o que é bom e mau, como devem repreendê-los, e corrigi-los e puni-los também, se necessário for, quando negligenciarem aquilo que é bom ou fizerem o que é mau. Se uma repreensão servir, sem a vara, muito bem, mas a vara não deve ser usada nunca sem uma repreensão racional e séria; e então, embora possa haver um desconforto momentâneo para o pai e também para o filho, ainda assim dará ao filho sabedoria. Vexatio dat intellectum - Os tormentos aguçam o intelecto. O filho receberá a advertência, e desta maneira, obterá sabedoria.
2. O erro da indulgência indevida: um filho que não é reprimido nem repreendido, mas é deixado à própria sorte, como Adonias, para seguir as suas próprias inclinações, pode fazer o que desejar, mas, se decidir enveredar por maus caminhos, ninguém o impedirá; é praticamente garantido que seja uma desgraça para a sua família, e traga a sua mãe, que o mimou e lhe permitiu a sua devassidão, à vergonha, à pobreza, à reprovação, e talvez ele mesmo a maltrate e insulte" (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento - Jó a Cantares de Salomão. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp.874-75).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Vida Cristã
"Os Pais Relacionais
Pais relacionais cuidam o suficiente para disciplinar os filhos. Esses pais entendem a verdade disciplinar vital de que as regras sem o relacionamento produzem rebelião. O amor verbalmente expresso sem dar tempo leva à raiva. Muitos filhos são rebeldes e raivosos porque são criados por pais que não são relacionais.
Anteriormente, consideramos pais que são autocráticos. Os pais relacionais têm autoridade sem ser autocráticos. Eles têm o equilíbrio de ser exigentes e sensíveis. A pesquisadora da Universidade da Califórnia Diane Baumrind descobriu que esses pais utilizam métodos disciplinares que em primeiro lugar dão apoio, em vez de meramente punir. Os pais relacionais que têm autoridade exercem o controle sobre seus filhos, mas pelo fato de os entenderem, eles crescem em flexibilidade. Eles colocam limites, mas promovem a independência. Os limites definem o 'campo de jogo', a 'arena de atividade', em vez de serem cercas que aprisionam. Os pais relacionais fazem exigências aos filhos, mas explicam os motivos por que as exigências estão sendo feitas. Esses pais levam em conta o diálogo, para que o filho seja capaz de expressar a sua opinião.
A pessoa desenvolvida por pais assim sabe como fazer parte de um time. O filho desenvolve a confiança em si mesmo e cresce em responsabilidade. Em vez de ser agitado e de desenvolver quando adulto sempre uma busca por 'pastos verdejantes', seja no casamento ou no trabalho, as pessoas criadas por pais relacionais com autoridade tendem a ser pessoas satisfeitas.
Há uma grande quantidade de pesquisas e bibliotecas de livros do tipo 'como dizer' sobre criar filhos. Mas se quisermos nos tornar pais que se relacionam bem com os nossos filhos corretamente, exercer a autoridade, mas sem tirania, e disciplinar de maneira eficiente, então precisaremos de sabedoria, inspiração e amor sobrenaturais. O nosso relacionamento com Deus determinará a qualidade do nosso relacionamento com nossos filhos" (YOUNG, ED. Os 10 mandamentos da Criação dos Filhos: O que Fazer e o que não Fazer para Criar Ótimos Filhos. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, pp.122-23).

VOCABULÁRIO
Elucidativo: Que elucida; explicativo.
Atroam: Ato ou efeito de atroar; barulham, estrondam.
Inocule: Introduza, insira ou entre.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento - Jó a Cantares de Salomão. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
WRIGHT, Dr. H. Norman. Tornando-se Grandes Pais: 12 Segredos para criar filhos responsáveis. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
TAYLOR, Kenneth N. Estudos Devocionais para Crianças. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 56, p.39.

EXERCÍCIOS

1. Quais os principais limites que os pais devem estabelecer às crianças?
R. Os valores morais e espirituais.

2. Explique as referências negativas na educação da criança para "o pai ausente" e a "mãe superprotetora".
R. O "pai ausente" é omisso na educação dos filhos. Sem diálogo, usa métodos agressivos para impor-lhe a sua autoridade. A "mãe superprotetora", temendo produzir algum trauma na formação da criança, acaba por não corrigi-la..

3. Com base em que devemos educar as nossas crianças?
R. Nos valores ensinados pela Bíblia

4. O que o livro de Provérbios destaca como importante para o ensino aos jovens?
R. Que eles sejam treinados para terem o discernimento adequado para a vida.

5. Você tem se preocupado com a educação dos seus filhos?
R. . Resposta pessoal.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Cuidado! Deus quer falar contigo!


BÍBLIA FREE STYLE



De Ciro Sanches Zibordi
BÍBLIA FREE STYLECiro Sanches Zibordi


Escrevi, há algum tempo, a respeito da "Bíblia Free Style" e acredito que seja bom mais uma vez alertar a todos quanto a essa tradução (tradução?) das Escrituras, visto que ela é inoportuna, perigosa, imprópria, desrespeitosa, para dizer o mínimo, e até blasfema, em alguns momentos. Traduções bíblicas de equivalência dinâmica, em si, já são perigosas, haja vista alterarem o significado original das palavras. Mas, o que dizer de uma "tradução" repleta de gírias, expressões chulas e palavrões?
Com base em João 17, especialmente, sabemos que a inspiração das Escrituras recai sobre as "palavras" do texto inspirado por Deus, e não sobre as "ideias". Por isso, aprecio muito e recomendo as traduções de equivalência formal — como as versões de João Ferreira de Almeida (ARC, ARA, etc.), em português, a King James (KJV), em inglês, a Casiodoro de Reina, em espanhol, e outras igualmente apreciáveis —, as quais são fiéis prioritariamente ao que foi escrito, preservando a literalidade do texto.
Tais "contextualizadores" da "Free Style" usam, por exemplo, um termo equivalente a excremento fétido ao parafrasearam de modo grotesco Lucas 12.10: "Quem falar alguma... — piiiiii — sobre minha pessoa, eu relevo de boa. Mas quem zoar o Espírito Santo, esse aí tá ferrado, [...] por que pra esse pecado não tem perdão” Ora, esses parafraseadores extremistas nunca leram textos como Romanos 12, Colossenses 3 e Efesios 4-5?
Respeito quem usa traduções em linguagem de hoje para fazer estudos comparativos, embora eu defenda que a literalidade do texto sagrado deve ser preservada, haja vista a inspiração divina recair sobre "palavras", e não "ideias", repito. Todavia, quanto à tal "Free Style", considero-a um despropósito total, conquanto digam que ela é apenas uma simples paráfrase...
Como já foi dito pelo meu amigo, o pastor, escritor e pregador Renato Vargens, "os textos originais não possuem palavras chulas como as descritas pela Bíblia Free Style, [...] a Bíblia é a Palavra inerrante de Deus e colocar palavras torpes na boca daquele [Jesus Cristo] que nunca cometeu pecado é blasfêmia e aberração".
 #FicaADica.
Pr. Ciro Sanches