domingo, 27 de abril de 2014

Lição 5 - Dons de Elocução

4 de Maio de 2014

Dons de Elocução

TEXTO ÁUREO
"Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o poder para todo o sempre. Amém!" (1 Pe 4.11).

VERDADE PRÁTICA
Os dons de profecia, de variedades de línguas e de interpretação das línguas são para edificar, exortar e consolar a Igreja de Cristo

HINOS SUGERIDOS
33, 77, 185

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Jo 17.17 A Palavra de Deus é a verdade
Terça – 1 Tm 4.14 Não despreze o dom de Deus
Quarta – 1 Co 14.3 Os objetivos do dom de profecia
Quinta – 1 Co 14.32 Equilíbrio e bom-senso quanto aos dons
Sexta – 1 Co 14.22-25 Sinais para os fiéis e para os infiéis
Sábado – 1 Co 12.31 Buscar os dons com zelo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1Coríntios  12.7,10-12; 14.26-32
 1 Corintios 12
Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil.
10 e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.
11 Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.
12 Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.
1Coríntios 14
26 Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.
27 E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete.
28 Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus.
29 E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.
30 Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.
31 Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados.
32 E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.

INTERAÇÃO
Prezado professor, na lição de hoje estudaremos a respeito dos três dons de elocução: profecia, variedade de línguas e interpretação. Qual o propósito destes dons? Atualmente temos visto muita confusão e falta de sabedoria no uso destes dons, em especial o de profecia, por isso, precisamos estudar com afinco este tema a fim de que não sejamos enganados pelos falsos profetas. Paulo exortou os crentes de Corinto para que eles procurassem com zelo os dons espirituais e em especial o dom de profecia, pois aquele que profetiza edifica toda a igreja. Por isso, ao preparar a lição, ore e peça que o Senhor conceda a você e aos seus alunos os dons de profecia, de falar em línguas estranhas e o de interpretá-las.

OBJETIVOS
Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
* Analisar biblicamente o dom de profecia.
* Compreender o dom de variedade de línguas.
* Valorizar o dom de interpretação de línguas.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir o primeiro tópico da lição, faça as seguintes indagações: "O que é ser profeta?" "Qual é a função do profeta?" Depois de ouvir os alunos, explique que o profeta é aquele que fala em lugar de outrem. Sua função é proclamar os oráculos de Deus a fim de que a Igreja seja edificada, exortada e consolada. A Palavra de Deus nos exorta a não desprezarmos as profecias, todavia precisamos examiná-las com sabedoria, de acordo com a Palavra de Deus, pois muitos falsos profetas têm se levantado atualmente. Leia, juntamente com os alunos 1 Tessalonicenses 5.20,21. Ressalte que a Igreja não pode deixar de julgar as profecias e discernir os espíritos.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
O estudo da lição desta semana concentrar-se-á nos três dons classificados como os de elocução: profecia, variedade de línguas e interpretação das línguas. Os propósitos destes dons especiais são os de edificar, exortar e consolar a Igreja de Cristo (1 Co 14.3). Isso porque os dons de elocução são manifestações sobrenaturais vindas de Deus, e não podem ser utilizadas na igreja de forma incorreta. Assim, devemos estudar estes dons com diligência, reverência e temor de Deus, para não sermos enganados pelas falsas manifestações.

I. DOM DE PROFECIA (1 Co 12.10)
1. O que é o dom de profecia? De acordo com Stanley Horton, o dom de profecia relatado por Paulo em 1 Coríntios 14 refere-se a mensagens espontâneas, inspiradas pelo Espírito, em uma língua conhecida para quem fala e também para quem ouve, objetivando edificar, exortar ou consolar a pessoa destinatária da mensagem. Profetizar não é desejar uma bênção a uma pessoa, pois essa não é a finalidade da profecia. Infelizmente, por falta de ensino da Palavra de Deus nas igrejas, aparecem várias aberrações concernentes ao uso incorreto deste dom. Não poucos crentes e igrejas locais sofrem com as consequências das falsas profecias. Apesar de exortar-nos a não desprezar ou sufocar as profecias na igreja local (1 Ts 5.20), as Escrituras orientam-nos a que examinemos "tudo", julgando e discernindo, pelo Espírito, o que está por trás das mensagens. Toda profecia espontânea deve ser julgada (1 Co 14.29-33).
2. A relevância do dom de profecia. O dom de profecia é tão importante para a Igreja de Cristo que o apóstolo Paulo exortou a sua busca (1 Co 14.1). Não obstante, ele igualmente recomendou que o exercício desse dom fosse observado pela ordem e cuidado nos cultos (1 Co 14.40). Os crentes de Corinto deveriam julgar as profecias quanto ao seu conteúdo e a origem de onde elas procedem (1 Co 14.29), pois elas possuem três fontes distintas: Deus, o homem ou o Diabo. Devemos nos cuidar, pois a Bíblia, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, mostra ações dos falsos profetas. O Senhor Jesus nos alertou: "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores" (Mt 7.15). Vigiemos!
3. Propósitos da profecia.  A profecia contribui para a edificação do crente. Porém, ainda existe muita confusão a respeito do uso dos dons de elocução, e em especial ao de profecia e sua função. Há líderes permitindo que as igrejas que lideram sejam guiadas por supostos profetas. A Igreja de Jesus Cristo deve ser conduzida segundo as Escrituras, pois esta é a inerrante Palavra de Deus. A Bíblia Sagrada, a Profecia por excelência, deve ser o manual do líder cristão. Outros líderes, também erroneamente, não tomam decisão alguma sem antes consultar um "profeta" ou uma "profetisa".  Estes profetizam aquilo que as pessoas querem ouvir e não o que o Senhor realmente quer falar. Todavia, a Palavra de Deus alerta-nos a que não ouçamos a tais falsários (Jr 23.9-22).
SINOPSE DO TÓPICO (1) O propósito do dom de profecia é edificar, exortar e consolar a Igreja (1 Co 14.3).

II. VARIEDADE DE LÍNGUAS (1 Co 12.10)
1. O que é o dom de variedades de línguas? De acordo com o teólogo pentecostal Thomas Hoover, o dom de línguas é "a habilidade de falar uma língua que o próprio falante não entende, para fins de louvor, oração ou transmissão de uma mensagem divina". Segundo Stanley Horton, "alguns ensinam que, por estarem alistados em último lugar, estes dons são os de menor importância". Ele acrescenta que tal "conclusão é insustentável", pois as "cinco listas de dons encontradas no Novo Testamento colocam os dons em ordens diferentes". O dom de variedades de línguas é tão importante para a igreja quanto os demais apresentados em 1 Coríntios 12.
2. Qual é a finalidade do dom de variedade de línguas? O primeiro propósito é a edificação da vida espiritual do crente (1 Co 14.4). As línguas, ao contrário da profecia, não edificam ou exortam a igreja. Elas são para a devoção espiritual do crente que recebe este dom. À medida que o servo de Deus fala em línguas estranhas vai sendo  também edificado, pois o Espírito Santo o toca e renova diretamente (1 Co 14.2).
3. Atualidade do dom. É preciso deixar claro que a variedade de línguas não é um fenômeno exclusivo do período apostólico. O Senhor continua abençoando os crentes com este dom e cremos que assim o fará até a sua vinda. No Dia de Pentecostes, todos os crentes reunidos no cenáculo foram batizados com o Espírito Santo e falaram noutras línguas pelo Espírito (At 1.4,5; 2.1-4). É um dom tão útil à vida pessoal do crente em nossos dias quanto o foi nos dias da igreja primitiva.
SINOPSE DO TÓPICO (2) O dom de línguas é tão importante para a igreja quanto os demais apresentados em 1 Coríntios 12.

III. INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS (1 Co 12.10)

1. Definição do dom. Thomas Hoover ensina que a interpretação das línguas é "a habilidade de interpretar, no próprio vernáculo, aquilo que foi pronunciado em línguas". Na igreja de Corinto havia certa desordem no culto com relação aos dons espirituais, por isso, Paulo os advertiu dizendo: "E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus" (1 Co 14.27,28).
2. Há diferença entre dom de interpretação e o de profecia? Embora haja semelhança são dons distintos. O dom de interpretação de línguas necessita de outra pessoa, também capacitada pelo Espírito Santo, para que interprete a mensagem e a igreja seja edificada. Do contrário, os crentes ficarão sem entender nada. Já no caso da profecia não existe a necessidade de um intérprete. Estêvam Ângelo de Souza definiu bem essa questão quando disse que "não haverá interpretação se não houver quem fale em línguas estranhas, ao passo que a profecia não depende de outro dom".
SINOPSE DO TÓPICO (3) O dom de línguas é tão importante para a igreja quanto os demais apresentados em 1 Coríntios 12.

CONCLUSÃO
Ainda que haja muitas pessoas em diversas igrejas que não aceitem a atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais - os chamados "cessacionistas" - Deus continua abençoando os crentes com suas dádivas. Portanto, não podemos desprezar o dom de profecia, o de falar em línguas estranhas e o de interpretá-las. Porém, façamos tudo conforme a Bíblia: com sabedoria, decência e ordem (1 Co 14.39,40). Agindo dessa forma, Deus usará os seus filhos para que sejam portadores das manifestações gloriosas dos céus.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
"Paulo era grato a Deus por falar em línguas, e mais do que todos os coríntios. Na igreja, porém, diz que preferiria falar cinco palavras com seu entendimento, a fim de que pudesse, pela sua voz ensinar aos outros, do que dez mil palavras em línguas (1 Co 14.18,19). Mas não deseja com isso excluir as línguas. É parte legítima de sua adoração (1 Co 14.26).
Paulo lhes adverte para que cessem de proibir o falar em línguas. Segundo parece, alguns não gostavam da confusão causada pelo uso exagerado das línguas. Procuravam solucionar o problema por meio da proibição total do falar em línguas. Mas a experiência era preciosa, e a bênção excelente, para a maioria dos coríntios aceitar essa proibição. Alguns dizem hoje: 'Há problemas envolvidos no falar em línguas; vamos evitá-las, portanto'. Mas não foi essa a solução de Paulo para si, nem para a Igreja. Até mesmo os limites que Paulo impõe não tinham a intenção de impedir as línguas. Tratava-se, apenas, de dar mais oportunidade, para maior edificação a outros dons" (HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.242).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
"Natureza Encarnacional dos Dons
Os crentes desempenham um papel vital no ministério dos dons. Romanos 12.1-3 nos diz para apresentarmos nosso corpo e mente como adoração espiritual e que testemos e aprovemos o que for a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Semelhantemente, 1 Coríntios 12.1-3 nos adverte a não perdermos o controle do corpo e a não sermos enganados pela falsa doutrina, mas deixar Jesus ser Senhor. E Efésios 4.1-3 nos recomenda um viver digno da vocação divina, tomar a atitude correta e manter a unidade do Espírito.
Nosso corpo é o templo do Espírito Santo e, portanto, deve estar envolvido na adoração. Muitas religiões pagãs ensinam um dualismo entre o corpo e o espírito. Para elas, o corpo é mau, uma prisão, ao passo que o espírito é bom e precisa ser liberto. Essa opinião era comum no pensamento grego.
Paulo conclama os coríntios a não se deixarem influenciar pelo passado pagão. Antes, perdiam o controle; como consequência, podiam dizer qualquer coisa e alegar que provinha do Espírito de Deus. O contexto bíblico dos dons não indica nenhuma perda de controle. Pelo contrário, à medida que o Espírito opera através de nós, temos mais controle do que nunca. Entregamos nosso corpo e mente a Deus como instrumentos a seu serviço" (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.469).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BEVERE, John. Assim Diz o Senhor? Como saber quando Deus está falando através de outra pessoa. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão CPAD
 nº 59, p.38.

EXERCÍCIOS
1. Quais são os propósitos da profecia?
R. Exortar, consolar e edificar.

2. Quais são as três fontes de onde podem proceder as profecias?
R. Deus, o homem ou o Diabo.

3. Segundo o teólogo Thomas Hoover, o que é o dom de línguas?
R. "É a habilidade de falar uma língua que o próprio falante não entende, para fins de louvor, oração ou transmissão de uma mensagem divina".

4. Qual é a finalidade principal do dom de variedade de línguas?
R. É a edificação da vida espiritual do crente.

5. Defina, de acordo com a lição, o dom de interpretação de línguas.
R. "É a habilidade de interpretar no próprio vernáculo, aquilo que foi pronunciado em línguas".

domingo, 20 de abril de 2014

Lição 4 - Dons de Revelação


27 de Abril de 2014

Dons de Revelação

TEXTO ÁUREO
"A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus" (1 Co 2.4,5). 

VERDADE PRÁTICA
Os dons de poder são capacitações especiais em situações que demandam a ação sobrenatural do Espírito Santo na vida do crente.

HINOS SUGERIDOS
5, 30, 107

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Rm 1.16 O evangelho de poder
Terça - Rm 15.19 Sinais e prodígios
Quarta - 2 Co 4.7 A excelência do poder de Deus
Quinta - 2 Co 13.4 O poder de Deus em nós
Sexta - 1 Co 14.12 Edificando a igreja mediante os dons
Sábado - 1 Co 2.4 Demonstração de poder divino

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Coríntios 12.4,9-11
4 Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.
9 e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;
10 e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e 
a outro, a interpretação das línguas.
11 Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.

INTERAÇÃO
Prezado professor, na lição de hoje estudaremos os dons de poder. AquEle que concede os dons é imutável e deseja que a sua Igreja continue a manifestar o Evangelho com  poder e graça.  Todavia, sabemos que o Todo-Poderoso distribui os dons de poder quando os seus servos tem como prioridade servir ao próximo. Sua prioridade tem sido servir a Deus e ao próximo? Segundo Stanley Horton à medida que formos ativos em alcançar  o mundo, tornamo-nos vasos que podem ser usados pelo Senhor.  Busque com zelo os dons de poder, pois eles são indispensáveis a igreja atual.

OBJETIVOS
Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
* Compreender o que significa o dom da fé.
* Analisar biblicamente os dons de curar.
* Saber a respeito do dom de maravilhas.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir a lição, indague: "O que é fé?" "Que diferença há entre fé salvífica e o dom da fé?" Faça as perguntas diretamente aos alunos, individualmente. O objetivo é avaliar o conhecimento dos alunos a respeito do tema. Depois de ouví-los escreva no quadro o esquema abaixo e discuta-o com a turma.
Fé = "Firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem" (Hb 11.1).
Fé salvífica = "Proveniente da proclamação do Evangelho, esta fé leva-nos a receber a Cristo como Salvador".
Dom da fé = "Capacidade que o Espírito Santo concede ao crente para este realizar coisas que transcendem à vida natural".

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
O ministério terreno de Jesus foi marcado por inúmeros milagres, principalmente curas. A história eclesiástica comprova que a Igreja do primeiro século também operou maravilhas no poder do Espírito Santo. Entre os primeiros cristãos sobejavam os dons de poder. Se Jesus não mudou e os dons espirituais são para a Igreja de hoje, por que atualmente não vemos as manifestações dos dons de poder em nosso ambiente com mais frequência? Será falta de conhecimento a respeito do assunto? Ou será por causa do mau uso que alguns fazem das dádivas divinas?
Nesta lição estudaremos a respeito dos dons de poder. Veremos como eles são necessários à vida da igreja. Se você deseja recebê-los e usá-los para a glória do nome do Senhor, proporcionando a edificação da igreja, busque-os com fé em oração.

I. O DOM DA FÉ (1 Co 12.9) 
1. O que significa fé? Na epístola aos Hebreus lemos que "a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem" (11.1). Essa é a definição bíblica sobre a fé, pois mostra a total confiança e dependência em Deus. Aprendemos com o texto do capítulo 11 de Hebreus, conhecido como a "galeria dos heróis da fé", que Deus é poderoso para fazer todas as coisas, sendo a nossa fé em Deus, fundamental para as operações divinas entre os homens.
2. A fé como dom. É distinta daquela que recebemos por ocasião da nossa conversão: a fé salvífica (Rm 10.17; Ef 2.8). Igualmente, se distingue da fé evidenciada como fruto do Espírito (Gl 5.22). O dom da fé é a capacidade que o Espírito Santo concede ao crente para este realizar coisas que transcendem à esfera natural da vida, objetivando sempre a edificação da igreja. De acordo com o teólogo Stanley Horton, esse dom "é uma fé milagrosa para uma situação ou oportunidade especial".
3. Exemplo bíblico do dom da fé. Quando guiou o povo de Israel na saída do Egito e se aproximou do Mar Vermelho, já na iminência de ser destruído por Faraó, Moisés disse: "Não temais; estai quietos e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais vereis para sempre. O Senhor pelejará por vós, e vos calareis" (Êx 14.13,14). Moisés "viu" pela fé o livramento do Senhor antes de o fato acontecer. Esta é uma boa amostra bíblica do exercício do dom da fé.
SINOPSE DO TÓPICO (1) O Espírito Santo concede aos crente o dom da fé para que ele possa realizar coisas que transcendem à esfera natural, visando à edificação da igreja.

II. DONS DE CURAR  (1 Co 12.9) 
1. O que são os dons de curar? São recursos de caráter sobrenatural para atuarem na cura de qualquer tipo de enfermidade. Por isso a expressão está no plural. Deus é quem cura! Ele concede os "dons" segundo o conselho da sua vontade, sabedoria e no momento certo. No Antigo Testamento, o Todo-Poderoso se manifestou ao povo de Israel como "Jeová Rafá" - O Senhor que sara (Êx 15.26; Sl 103.3). A concessão desses dons à Igreja deve-se à necessidade de o Evangelho ser anunciado como uma mensagem poderosa ao não crente, que outrora não tinha fé, mas que agora passou a crer no Evangelho, arrependendo-se dos seus pecados (Mc 16.17,18; At 3.11-26; 4.23-31).
2. A redenção e as curas. Apesar de o crente ser redimido pelo Senhor através da obra expiatória efetuada por Jesus na cruz do Calvário, ele (o crente) ainda aguarda a redenção do seu próprio corpo. Quando o apóstolo Paulo tratou dos males que afligem à criação como resultado do pecado da humanidade, escreveu que "não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo" (Rm 8.23). Enquanto não recebermos o novo corpo imortal e incorruptível estaremos sujeitos a toda sorte de doenças.
3. A necessidade desses dons. Os dons de curar são necessários à igreja da atualidade. Num mundo incrédulo em que a medicina se desenvolve rapidamente, o ser humano pensa que pode superar a Deus. A humanidade precisa compreender a sua limitação e convencer-se da sublime realidade de um Deus Todo-Poderoso que, em sua misericórdia e amor, concede sabedoria a homens e mulheres para multiplicar o conhecimento da medicina visando o bem-estar de todos. Quanto aos dons de curas,  são manifestações de poder sobrenatural  que o Espírito Santo colocou à disposição da Igreja de Cristo para que a humanidade reconheça que Deus tem o poder de sanar todas as doenças
SINOPSE DO TÓPICO (2) Existe uma variedade de manifestações do dom de curas. Sua concessão à igreja deve-se ao fato de que Deus quer dar saúde a seu povo.

III. O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS (1 Co 12.10)
1. O dom de operação de maravilhas. Este dom realiza obras extraordinárias além do poder humano. O dom de operação de maravilhas altera a ordem natural das coisas consideradas impossíveis e impensáveis.
2. Exemplos bíblicos. O ministério terreno de Jesus foi marcado por operações de maravilhas. O Bom Mestre repreendeu o vento e o mar, e estes logo se aquietaram (Mt 8.23-27). O nosso Senhor atestou por muitas vezes o seu poder sobre a natureza criada para sua glória (Jo 1.3). Podemos destacar outros exemplos de operação de maravilhas no ministério de Jesus: a ressurreição do filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17); a ressurreição da filha de Jairo (Mc 5.21-43); a ressurreição de Lázaro, morto havia quatro dias (Jo 11.1-45). Nosso Senhor tem todo o poder sobre a morte, pois para Ele "nada é impossível" (Lc 1.37). Nosso Deus não mudou. O Pai Celestial deu dons a sua igreja a fim de que ela atue no mundo moderno com poder e graça.
3. Distorções no uso dos dons de curar e de operação de maravilhas. O cristão não tem autorização divina para "determinar", "decretar" ou "exigir" a cura dos enfermos. A nossa relação com Deus não se dá em forma de barganha. Quem somos nós para exigir de Deus alguma coisa? Somos seres humanos limitados! Se não fosse a graça e a misericórdia de Deus, o que seria de nós? Como discípulos de Cristo, devemos rogar ao Pai, buscando-o de todo o nosso coração para curar os doentes, pois a Palavra de Deus recomenda que oremos pelos enfermos (Tg 5.14). A oração do justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16), e independe de se ter o dom ou não. Jesus nos ensinou que em seu nome deveríamos impor as mãos sobre os enfermos para que eles sejam curados (Mc 16.18). Nossa responsabilidade é orar pedindo a cura. Quem sara o enfermo, de acordo com a sua soberana vontade, é Deus.
O crente que impõe as mãos sobre o enfermo não pode ser tratado como um ídolo na igreja, principalmente se o enfermo for curado. Nem podemos imaginar que porque aconteceu o milagre aquela vez, sempre haverá outros milagres. Que o Altíssimo tenha misericórdia e proteja-nos dessa pretensão! Quem opera os sinais e as maravilhas é o Senhor, não o homem. Toda ação decorrente dos dons vem do Espírito Santo e, por isso, não podemos agendar dias nem marcar horários para sua operação. Façamos a obra de Deus com honestidade e decência!
SINOPSE DO TÓPICO (3) O cristão não tem autorização divina para "determinar", "decretar" ou "exigir" a cura dos enfermos.

CONCLUSÃO
Deus pode conceder a seus servos o dom da fé, dons de curar e o de operação de milagres, mas sempre de acordo com a sua vontade e graça. Lembre-se de que os dons de poder contribuem para legitimar a pregação do Evangelho. Infelizmente, há pessoas que querem utilizar essas dádivas para obterem lucros financeiros e enriquecimento pessoal. Isto envergonha o nome de Jesus e mancha a idoneidade da Igreja na sociedade. Quem procede desta forma está suscetível ao juízo de Deus, que virá no tempo próprio. Que nós, a Igreja, o povo do Senhor, façamos uso dos dons de poder para propagar o Evangelho de nosso Senhor e glorificar o nome do Pai no poder do Espírito Santo!


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
"Diferença entre dom de fé e a operação de milagres
A operação do dom de fé tem algo de semelhante ao dom de operação de milagres, mas esses dons se distinguem pelo fato de o dom de fé operar sem que, às vezes, seja visto seu efeito instantâneo, enquanto a operação de milagres tem efeito imediato.
Quando Jesus se aproximou da figueira sem fruto, disse: 'Nunca mais coma alguém fruto de ti. E seus discípulos ouviram isto' (Mc 11.14). Os discípulos simplesmente ouviram as palavras de Jesus. Parecia que nada havia acontecido. Entretanto, 'passando eles pela manhã, viram que a figueira secara desde a raiz' (Mc 11.20). Enquanto o dom de operação de milagres tem ação instantânea, o dom de fé opera com os mesmos resultados, embora não seja de modo tão espetacular. De certa maneira a fé sobrenatural é acessível a quase todos os crentes na igreja, e pela fé tudo podemos conseguir, pois 'tudo é possível ao que crê'" (SOUZA, Estêvam Ângelo de. Nos Domínios do Espírito. 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1987, p.185).


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
"Dons de Curas
No grego, as palavras dons e curas estão no plural. Alguns entendem que isso significa que há uma variedade de formas desse dom. Entre os que pensam assim, há quem entenda que certas pessoas têm um dom de curar um tipo de doença ou enfermidade, ao passo que outros curam outro tipo. Filipe, por exemplo, foi especialmente usado para curar os paralíticos e os coxos (At 8.7). Outros, ainda, entendem que Deus dá a uma pessoa um dom na forma de um suprimento de curas numa ocasião específica, ao passo que outro suprimento é dado em outra ocasião, talvez a outra pessoa, mas provavelmente no ministério do evangelista.
Ainda outros entendem que toda cura é um dom especial, isto é, o dom é para o enfermo que tem a necessidade. Logo, segundo esse ponto de vista, o Espírito Santo não torna os homens curadores. Pelo contrário, Ele providencia um novo ministério de cura para cada necessidade, à medida que ela surge na Igreja. Por exemplo, a virtude (poder) que flui para dentro do corpo da mulher com o fluxo de sangue trouxe para ela um gracioso dom de cura (Mt 9.20-22). Atos 3.6 diz, literalmente: 'O que tenho, isso te dou'. Isso está no singular e indica um dom específico dado a Pedro para este dar ao coxo. Não parece significar que tinha um reservatório de dons de curas dentro de si, mas um novo dom para cada enfermo a quem ministrava" (HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.297).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
SOUZA, Estêvam Ângelo de. Nos Domínios do Espírito. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1987.
HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.


SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão CPAD
 nº 59, p.38.

EXERCÍCIOS

1. Defina fé segundo Hebreus 11.1.
R. "A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem" (Hb 11.1).

2. O que é o dom da fé?
R. É a capacidade que o Espírito Santo concede ao crente para este realizar coisas que transcendem à esfera natural da vida.

3. O que são dons de curar?
R. Recursos de caráter sobrenatural para atuarem na cura de qualquer tipo de enfermidade.

4. O que faz o dom de maravilhas? 
R. A operação de maravilhas realiza obras extraordinárias que o ser humano jamais poderia fazer.

5. Cite três exemplos de operação de maravilhas no ministério de Jesus.
R. A ressurreição do filho da viúva de Naim, a ressurreição da filha de Jairo e a ressurreição de Lázaro.

domingo, 13 de abril de 2014

Lição 3 - Dons de Revelação

20 de Abril de 2014

Dons de Revelação

TEXTO ÁUREO
"Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação" (1 Co 14.26).

VERDADE PRÁTICA
Os dons de revelação divina são indispensáveis à igreja da atualidade, pois vivemos em um tempo marcado pelo engano.

HINOS SUGERIDOS
155, 387, 441

LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Rs 4.29-31 Sabedoria concedida por Deus
Terça - 2 Rs 6.8-12 Deus revela o oculto
Quarta - 1 Co 12.8 Sabedoria e ciência
Quinta - Mt 2.12 Proteção por divina revelação
Sexta - Ef 1.17 Espírito de sabedoria e revelação
Sábado - Ap 1.1 A revelação de Jesus Cristo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Coríntios 12.8,10; Atos 6.8-10; Daniel 2.19-22

1 Coríntios 12.8,10
8 Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;
10 e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.

Atos 6.8-10
8 E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.
9 E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e dos cireneus, e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão.
10 E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava.

Daniel 2.19-22
19 Então, foi revelado o segredo a Daniel numa visão de noite; e Daniel louvou o Deus do céu.
20 Falou Daniel e disse: Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque dele é a sabedoria e a força;
21 ele muda os tempos e as horas; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e ciência aos entendidos.
22 Ele revela o profundo e o escondido e conhece o que está em trevas; e com ele mora a luz.

INTERAÇÃO
Prezado professor, nesta lição estudaremos a respeito dos dons de revelação.  Estes dons são concedidos à Igreja a fim de que ela seja edificada. Estamos vivendo "tempos trabalhosos", necessitamos da sabedoria que vem do alto, do poder de Deus.  Durante o preparo da lição, ore, peça que o Senhor conceda aos seus alunos os dons de revelação. Siga o exemplo de Paulo, pois sua oração em favor dos crentes de Éfeso era: "Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação" (Ef 1.17).  Deus deseja nos outorgar os dons de revelação, a fim de que sejamos edificados e jamais venhamos a cair nas astutas ciladas do Maligno.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Analisar o dom da palavra da  sabedoria.
* Compreender o dom da palavra da ciência.
* Saber a respeito do dom de discernimento dos espíritos.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza no quadro o esquema abaixo. Utilize-o para introduzir a lição, pois a partir desta lição estudaremos, detalhadamente os dons, então é importante que os alunos conheçam a classificação geral dos nove dons descritos no capítulo 12 de 1 Coríntios. Ao explicar o quadro, ressalte a semelhança que existe entre os respectivos dons. Conclua explicando que todos os dons, independentemente da sua classificação, são importantes e necessários para a edificação do Corpo de Cristo.

CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS DONS – 1 Co 12
DONS DE REVELAÇÃO
Palavra da sabedoria
Palavra do conhecimento
Discernimento de espíritos

DONS DE PODER

Curar
Operação de milagres

DONS DE ELOCUÇÃO
Profecia
Variedade de línguas
Interpretação de línguas

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
O teólogo pentecostal Stanley Horton afirma que "a maioria dos estudiosos classifica os dons de 1 Coríntios 12.8-10 em três categorias: revelação, poder e expressão, [tendo] três dons em cada categoria". Na lição desta semana estudaremos a respeito dos dons da "primeira categoria": os de revelação. Estes são concedidos aos servos de Deus para o aconselhamento e orientação da Igreja do Senhor.    

I. PALAVRA DA SABEDORIA
1. Conceito. O termo palavra exprime uma manifestação verbal ou escrita. Segundo o Dicionário Eletrônico Houaiss, sabedoria significa "discernimento inspirado nas coisas sobrenaturais e humanas". A sabedoria abordada pelo apóstolo Paulo em 1 Coríntios 12.8a refere-se a uma capacitação divina sobrenatural para tomada de decisões sábias e em circunstâncias extremas e difíceis. De acordo com Estêvam Ângelo de Souza, "a palavra da sabedoria é a sabedoria de Deus, ou, mais especificamente, um fragmento da sabedoria divina, que nos é dada por meios sobrenaturais".
2. A Bíblia e a palavra de sabedoria. Embora na Antiga Aliança os dons espirituais não fossem plena e claramente evidenciados como na Nova, alguns episódios do Antigo Testamento vislumbram o quanto Deus conferia aos homens sabedoria do alto para executar tarefas ou tomar decisões. Um exemplo disso é a revelação e a interpretação dos sonhos de Faraó através de José, o filho de Jacó (Gn 41.14-41). Ele não apenas interpretou os sonhos de Faraó, mas trouxe orientações sábias para que o Egito se preparasse para o período de fome que estava para vir. A habilidade do rei Salomão em resolver causas complexas, igualmente, é um admirável exemplo de dom da sabedoria no Antigo Testamento (1 Rs 3.16-28; 4.29-34).
Em o Novo Testamento podemos tomar como exemplo de palavra da sabedoria a exposição da Escritura realizada pelo diácono e primeiro mártir cristão, Estevão. O livro de Atos conta-nos que os sábios da sinagoga, chamada dos Libertos, "não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava" (At 6.9,10).
3. Uma liderança sábia. A palavra de sabedoria é de grande valor na tarefa do aconselhamento pessoal e em situações que demandam uma orientação no exercício do ministério pastoral. Entretanto, tenhamos cuidado para não confundir a manifestação desse dom com o nosso desejo pessoal. Lembremo-nos de que Deus manifesta os dons em nossas vidas segundo o conselho da sua sabedoria, não da nossa. Tenhamos maturidade e cuidado no uso dos dons!
SINOPSE DO TÓPICO (1) A sabedoria a que se refere 1 Coríntios 12.8 não é a humana, adquirida mediante os livros ou nas universidades, mas sim uma capacidade sobrenatural, divina, para tomar decisões sábias em circunstâncias extremante difíceis.

II. PALAVRA DA CIÊNCIA
1. O que é? Este dom muito se relaciona ao ensino das verdades da Palavra de Deus, fruto do resultado da iluminação do Espírito acerca das revelações dos mistérios de Deus conforme aborda Stanley Horton, em sua Teologia Sistemática (CPAD). Este dom também se relaciona à capacidade sobrenatural concedida pelo Espírito Santo ao crente para este conhecer fatos e circunstâncias ocultas.
2. Sua função. O dom da palavra da ciência não visa servir a propósitos triviais, como o de descobrir o significado dos tecidos do Tabernáculo ou a identidade da mulher de Caim, etc. Isto é mera curiosidade humana, e o dom de Deus não foi dado para satisfazê-la. A manifestação sobrenatural deste dom tem a finalidade de preservar a vida da igreja, livrando-a de qualquer engano ou artimanha do maligno.  
3. Exemplos bíblicos da palavra da ciência. Ao profeta Eliseu foram revelados os planos de guerra do rei da Síria. Quando o rei sírio pensou em atacar o exército de Israel, surpreendendo-o em determinado lugar, o profeta alertou o rei de Israel sobre os planos inimigos (2 Rs 6.8-12). Outro exemplo foi a revelação de Daniel acerca do sonho de Nabucodonosor, quando Deus descortinou a história dos grandes impérios mundiais ao profeta (Dn 2.2,3; 17-19). Em o Novo Testamento, esse dom foi manifesto quando o apóstolo Pedro desmascarou a mentira de Ananias e Safira (At 5.1-11). O dom da palavra da ciência não é adivinhação, mas conhecimento, concedido sobrenaturalmente, da parte de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (2) O dom da palavra da ciência não é para servir a propósitos triviais. A manifestação sobrenatural deste dom tem a finalidade de preservar a vida da igreja, livrando-a de qualquer engano ou artimanha do maligno.

III. DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS
1. O dom de discernir os espíritos.  É uma capacidade sobrenatural dada por Deus ao crente para discernir a origem e a natureza das manifestações espirituais. De acordo com o termo grego diakrisis, a palavra discernir significa "julgar através de"; "distinguir". Ela denota o sentido de "se penetrar da superfície, desmascarando e descobrindo a verdadeira fonte dos motivos". Stanley Horton afirma que este dom "envolve uma percepção capaz de distinguir espíritos, cuja preocupação é proteger-nos dos ataques de Satanás e dos espíritos malignos" (cf. 1 Jo 4.1).
2. As fontes das manifestações espirituais. Ao longo das Escrituras podemos destacar três origens das manifestações espirituais no mundo: Deus, o homem e o Diabo. Uma profecia, por exemplo, pode ser fruto da ordem divina ou da mente humana ou ainda de origem maligna. Como saber? Aqui, o dom de discernir os espíritos tem o papel essencial de preservar a saúde espiritual da congregação. Segundo nos ensina o pastor Estêvam Ângelo, o "discernimento de espíritos não é habilidade para descobrir as faltas alheias". O dom não é uma permissão para julgar a vida dos outros.
3. Discernindo as manifestações espirituais. A Palavra de Deus nos ensina que os espíritos devem ser provados (1 Jo 4.1). Toda palavra que ouvimos em nome de Deus deve passar pelo crivo das Sagradas Escrituras, pois o Senhor Jesus nos advertiu sobre os falsos profetas. Ele ensinou-nos que os falsos profetas são conhecidos pelos "frutos que produzem", isto é, pelo caráter (Mt 7.15-20). Jesus conhece o segredo do coração humano, mas nós não, e por isso precisamos do Espírito Santo para revelar-nos a verdadeira motivação daqueles que falam em nome do Senhor. O apóstolo João nos advertiu acerca do "espírito do antricristo" que já opera neste mundo (1 Jo 4.3).
SINOPSE DO TÓPICO (3) O dom de discernimento dos espíritos é uma capacidade sobrenatural dada por Deus ao crente para discernir a origem e a natureza das manifestações espirituais.

CONCLUSÃO
A Igreja de Jesus necessita dos dons de revelação para discernir entre o certo e o errado, entre o legítimo e o falso. Os falaciosos ensinos e as manifestações malignas podem ser desmascarados pelo dom do discernimento dos espíritos. Que Deus conceda à sua igreja dons de revelação para não cairmos nas astutas ciladas do Maligno.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
"Uma Palavra de Sabedoria
Trata-se de uma palavra (uma proclamação, uma declaração) de sabedoria dada para satisfazer a necessidade de alguma ocasião [...]. Não depende da capacidade humana nem da sabedoria natural, pois é uma revelação do conselho divino. Mediante esse dom, a percepção sobrenatural, tanto da necessidade como da Palavra de Deus, traz a aplicação prática daquela Palavra [...]ao problema do momento.
Porque é uma palavra de sabedoria, fica claro que é concedida apenas o suficiente para aquela necessidade. Este dom não nos enaltece para um novo nível de sabedoria, nem nos torna impossibilitados de cometer enganos. [...]. Às vezes, este dom transmite uma palavra de sabedoria para orientar a Igreja, assim como em Atos 6.2-4; 15.13-21. É possível, também, que cumpra a promessa dada por Jesus, que daria 'boca de sabedoria a quem não poderão resistir nem contradizer todos quantos se vos opuserem' (Lc 21.15). A prova de que Jesus falava em um dom sobrenatural (a palavra de sabedoria) é comprovada, quando proibiu a premeditação do que diriam nas sinagogas ou diante dos tribunais (Lc 21.13,14). Isso certamente foi cumprido pelos apóstolos e por Estêvão (At 8.4-14,19-21, 6,9,10)" (HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.294).


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
"Discernimento de espíritos
Os dons têm um lugar especial na igreja e são muito úteis. Mas o amor representa a essência da vida cristã, e é absolutamente necessário. Ele encontra um lugar mesmo entre os donsA expressão inteira, no grego, apresenta-se no plural. Este fato indica uma variedade de maneiras na manifestação desse dom. Por ser mencionado imediatamente após a profecia, muitos estudiosos o entendem como um dom paralelo responsável por 'julgar' as profecias (1 Co 14.29). Envolve uma percepção capaz de distinguir espíritos, cuja preocupação é proteger-nos dos ataques de Satanás e dos espíritos malignos (cf. 1 Jo 4.1). O discernimento nos permite pregar a Palavra de Deus e todos os demais dons para liberar o campo à proclamação plena do Evangelho" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.475).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
SOUZA, Estêvam Ângelo de. Nos Domínios do Espírito. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1987.
HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão CPAD
 nº 59, p.37.

EXERCÍCIOS
1. Qual é o verdadeiro propósito dos dons divinos?
R. Discernimento inspirado nas coisas sobrenaturais e humanas.

2. De acordo com a lição, Paulo priorizava na igreja o ato de profetizar  ou o de falar em línguas? Por quê?
R. José e Salomão.

3. Quantos capítulos, Paulo dedicou para falar a respeito dos dons? Quais são estes capítulos? 
R. Este dom se relaciona ao ensino das verdades da Palavra de Deus, fruto do resultado da iluminação do Espírito acerca das revelações dos mistérios de Deus.

4. O que é essencial o crente ter para que a igreja seja edificada?
R. Preservar a vida da igreja, livrando-a de qualquer engano ou artimanha do Maligno.

5. Segundo a lição, o que fazia o despenseiro?  
R. É uma capacidade sobrenatural dada por Deus ao crente para discernir a origem e a natureza das manifestações espirituais.

domingo, 6 de abril de 2014

Lição 2 - O Propósito dos Dons Espirituais


13 de Abril de 2014

O Propósito dos 
Dons Espirituais 

TEXTO ÁUREO
"Assim, também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação da igreja"
(1 Co 14.12).

VERDADE PRÁTICA
Os dons são recursos concedidos por Deus para fortalecer e edificar a Igreja espiritualmente.

HINOS SUGERIDOS
5, 24, 239

LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Co 12.12 A igreja - um só corpo
Terça - 1 Co 12.4,11 Diversidade de dons no mesmo Espírito
Quarta - 1 Co 14.26 Tudo deve ser feito para a edificação
Quinta - 1 Co 12.12-27 A verdadeira unidade
Sexta - 1 Co 13.1,2 Exercendo os dons amorosamente
Sábado - 1 Co 12.7 A manifestação do Espírito e sua utilidade

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Coríntios 12.8-11; 13.1,2
1 Coríntios 12.8-11
8 Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;
9 e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;
10 e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.
11 Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.
1 Coríntios 13.1,2
1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria.

INTERAÇÃO
Qual é o real propósito dos dons espirituais? Você, professor, tem uma visão bíblica e teológica a respeito do objetivo dos dons? Muitos estão se utilizando dos dons de forma interesseira e egoísta.  As dádivas divinas nos são concedidas pela graça e devem ser utilizadas com sabedoria e santidade a fim de que o nome do Senhor seja exaltado e todos os membros do Corpo de Cristo sejam edificados. Os dons não são para elitizar o crente. Também não são sinal de superioridade espiritual.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Conscientizar-se de que os dons espirituais não são para elitizar o crente.
* Compreender que os dons devem ser utilizados para edificar a si mesmo e aos outros.
* Saber que o propósito dos dons é a edificação do Corpo de Cristo.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir o primeiro tópico da lição, divida a classe em dois grupos. Depois, escreva no quadro as seguintes indagações: "O que precisamos fazer para receber os dons espirituais?" "A santidade é condição para o recebimento dos dons?" Cada grupo deverá ficar com uma questão. Dê alguns minutos para que os alunos discutam as questões. Em seguida reúna a todos formando um único grupo. Peça a um representante de cada grupo fazer suas considerações sobre a sua questão. Ouça os alunos com atenção. Depois, explique que os dons espirituais são habilidades concedidas pelo Espírito Santo para edificação da igreja. Para receber estas habilidades basta crer e pedir com fé. Os dons são presentes divinos e fruto da misericórdia do Pai. É graça de Deus!

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos o verdadeiro propósito dos dons espirituais concedidos por Deus à sua Igreja. Os dons do Espírito Santo são recursos imprescindíveis do Pai para os seus filhos. O seu propósito é edificar-nos e unir-nos, fortalecendo assim a Igreja de Cristo (1 Tm 3.15).  

I. OS DONS NÃO SÃO PARA ELITIZAR O CRENTE
1. A igreja coríntia. A Igreja em Corinto localizava-se numa cidade comercial e próxima do mar, sendo uma das mais importantes do Império Romano. Corinto era uma cidade economicamente rica, porém marcada pelo culto idolátrico. Durante a segunda viagem missionária de Paulo, a igreja recebeu a visita do apóstolo (At 18.1-18). Por conhecer muito bem a comunidade cristã em Corinto foi que o apóstolo dos gentios tratou, em sua Primeira Epístola dirigida àquela igreja, sobre a abundância da manifestação dos dons do Espírito, chegando a afirmar daquela igreja que "nenhum dom" lhe faltava (1 Co 1.7).
2. Uma igreja de muitos dons, mas carnal. Os dons do Espírito concedidos por Deus à igreja de Corinto tinham por finalidade prepará-la e santificá-la para o serviço do evangelho: a proclamação da Palavra de Deus naquela cidade. Todavia, além de aquela igreja não usar corretamente os dons que recebera do Pai, tinha em seu meio divisões, inveja, imoralidade sexual, etc. Como pode uma igreja evidentemente cristã ser ao mesmo tempo carnal e imoral? Por isso Paulo a chama de carnal e imatura (1 Co 3.1,3). Com este relato, aprendemos que as manifestações espirituais na igreja local não são propriamente indicadoras de seriedade, espiritualidade e santidade. Uma igreja onde predominam a inveja, contenda e dissensões, nem de longe pode ser chamada de espiritual, e sim de carnal.
3. Dom não é sinal de superioridade espiritual. Muitos creem erroneamente que os irmãos agraciados com dons da parte de Deus são, por isso, mais espirituais que os outros. Todavia, os dons do Espírito são concedidos pela graça de Deus. Por ser resultado da graça divina, não recebemos tais dons por méritos próprios, mas pela bondade e misericórdia de Deus. Que a mensagem de Jesus possa ressoar em nossa consciência e convencer-nos de uma vez por todas de que os dons não são garantia de espiritualidade genuína: "Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade" (Mt 7.22,23).
SINOPSE DO TÓPICO (1) Nas páginas do Novo Testamento os dons estão à disposição de todos os crentes, com o propósito de edificar a Igreja de Cristo.

II. EDIFICANDO A SI MESMO E AOS OUTROS
1. Edificando a si mesmo. Paulo diz que quem "fala língua estranha edifica-se a si mesmo" (1 Co 14.4). O apóstolo estimulava os crentes da igreja de Corinto a cultivarem sua devoção particular a Deus através do falar em línguas concedidas pelo Espírito, com o objetivo de edificarem a si mesmos. Isto não significa que o apóstolo dos gentios proibia o falar em línguas publicamente, mas ao fazê-lo de maneira devocional o crente batizado com o Espírito Santo edifica-se no seu relacionamento com Deus. Falar ou orar em línguas provenientes do Espírito é uma bênção espiritual maravilhosa.
2. Edificando os outros. Os crentes de Corinto falavam em línguas e exerciam vários dons espirituais, mas parece que eles não se preocupavam muito em ajudar as pessoas. Por isso, o apóstolo lembra que os dons só têm razão de existir quando o portador preocupa-se com a edificação da vida do outro irmão em Cristo (1 Co 14.12). Em lugar de buscarmos prosperidade material, como se pudéssemos barganhar com Deus usando dinheiro em troca de bênçãos, busquemos os dons espirituais. Agindo assim edificaremos a nós mesmos e também aos outros.
3. Edificando até o não crente. Embora o apóstolo dos gentios estimulasse todos os crentes a falarem em línguas, isto é, a edificarem a si mesmos, seu desejo era que também esses mesmos crentes profetizassem a fim de que a igreja toda fosse edificada. O comentário da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal diz sobre esse texto: "Embora o próprio Paulo falasse em línguas, enfatizava a profecia, porque esta edificava a Igreja inteira, enquanto falar em línguas beneficiava principalmente o falante". Todos quantos vierem a frequentar nossas reuniões devem ser edificados, sejam crentes ou não. Por isso, não podemos escandalizar aqueles que não comungam a mesma fé que nós (1 Co 14.23). Como eles compreenderão a mensagem do evangelho se em uma reunião não entenderem o que está sendo falado? (1 Co 14.9)
SINOPSE DO TÓPICO (2) Os dons só têm uma razão de existir na vida do crente: edificar a vida do outro irmão em Cristo.

III. EDIFICAR TODO O CORPO DE CRISTO
1. Os dons na igreja. Na Primeira Carta aos Coríntios, Paulo dedica dois capítulos (12 e 14) para falar a respeito do uso dos dons na igreja. O apóstolo mostra que quando os dons são utilizados com amor, todo o Corpo de Cristo é edificado. Conforme diz Thomas Hoover, parafraseando Paulo em Efésios 4.16, "os membros do corpo, cada qual com sua própria função concedida pelo Espírito, cooperam para o bem de todas. O amor é essencial para os dons espirituais alcançarem seu propósito". Se não houver amor, certamente não haverá edificação (1 Co 13). Sem o amor de Deus nos tornamos egoístas e acabamos por colocar nossos interesses em primeiro lugar. O propósito dos dons, que é edificar o Corpo de Cristo, só pode ser cumprido se tivermos o amor de Deus em nossa vida.
2. Os sábios arquitetos do Corpo de Cristo. Deus levanta homens para edificarem espiritual, moral e doutrinariamente a igreja local. A Igreja é o "edifício de Deus" (1 Co 3.9). Os ministros, sábios arquitetos (1 Co 3.10). O fundamento já está posto pelos apóstolos: Jesus  Cristo (1 Co 3.11). Mas os ministros têm de tomar o cuidado com as pedras assentadas sobre este alicerce, pois eles também tomam parte na edificação espiritual da Igreja de Cristo segundo a mesma graça concedida aos apóstolos. Por isso, Paulo faz uma solene advertência para a liderança hoje: "mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo" (1 Co 3.10,11).
3. Despenseiros dos dons. O apóstolo Pedro exortou a igreja acerca da administração dos dons de Deus (1 Pe 4.10,11). Ele usou a figura do despenseiro que, antigamente, era o homem que administrava a despensa e tinha total confiança do patrão. O despenseiro adquiria os mantimentos, zelava para que não estragassem e os distribuíam para a alimentação da família. Desta forma, os despenseiros da obra do Senhor devem alimentar a "família de Deus" (1 Co 4.1; Ef 2.19). Eles precisam ter o cuidado no uso dos dons concedidos pelo Senhor para prover a alimentação espiritual, objetivando a edificação do Corpo de Cristo: "Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o poder para todo o sempre" (1 Pe 4.10,11).
SINOPSE DO TÓPICO (3) Quando os dons espirituais são utilizados com amor todo o Corpo de Cristo é edificado.

CONCLUSÃO
A Igreja de Jesus Cristo tem uma missão a cumprir: proclamar o evangelho em um mundo hostil às verdades de Cristo e descrente de Deus. Diante desta tão sublime tarefa, a igreja necessita do poder divino. Os dons espirituais são um "arsenal" à disposição do corpo de Cristo para o cumprimento eficaz de sua missão na terra. Como já foi dito, o propósito dos dons é edificar toda a igreja, todo Corpo de Cristo para ser abençoado, exortado e consolado. Por isso, nunca devemos usar os santos dons de Deus em benefício particular, como se fosse algo exclusivo de certas pessoas. Somos chamados a servir a Igreja do Senhor, e não a utilizar os dons de Deus para nós mesmos.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
"Dado conforme o Espírito Deseja
A primeira relação dos dons com a repetição do fato que cada um é dado pelo Espírito (1 Co 12.8-10) leva ao clímax no versículo 11, que diz: 'Mas um só e o mesmo Espírito opera todas as coisas, repartindo particularmente [individualmente] como quer'. Aqui temos um paralelo com Hebreus 2.4, que fala dos apóstolos que primeiramente ouviram o Senhor e depois transmitiram a mensagem: 'Testificando também Deus com eles, por sinais [sobrenaturais], e milagres, e várias maravilhas [tipos de obras de grande poder] e dons [distribuições separadas] do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade'. É evidente, à luz destes trechos, que o Espírito Santo é soberano ao outorgar os dons. São distribuídos segundo a sua vontade. Buscamos os melhores dons, mas Ele é o único que sabe o que é realmente melhor em qualquer situação. Fica evidente, também, que os dons permanecem debaixo de sua autoridade. Nunca são nossos no sentido de não precisarmos do Espírito Santo, pela fé, para cada expressão desses dons. Nunca se tornam parte da nossa própria natureza, ao ponto de não perdê-los, de serem tirados de nós. A Bíblia diz que os dons e a vocação de Deus são permanentes (Deus não muda de opinião a respeito deles), mas aqui há referência a Israel (Rm 11.28,29)" (HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 230).


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico
"O amor é essencial
Os dons têm um lugar especial na igreja e são muito úteis. Mas o amor representa a essência da vida cristã, e é absolutamente necessário. Ele encontra um lugar mesmo entre os dons carismáticos, porém os dons sem a presença do amor são como um corpo sem alma.
Sem amor, o dom de falar se torna vazio e imprudente - ele é como o metal que soa ou como o sino que tine. O metal que soa ('gongo barulhento') significa que um pedaço de metal não lavrado ou gongo usado para chamar a atenção. Tinir (alalazon) significa 'colidir', ou um som alto e áspero. O sino (ou símbolo) consistia de duas meias circunferências que eram golpeadas causando um estrondo. A ideia aqui é de um inexpressivo som de metal em lugar de música.
O objetivo do apóstolo é mostrar que o homem que professa o dom da glossolalia, da forma como era praticada em Corinto, mas que não tem amor, na realidade não é mais que um instrumento metálico impessoal" (Comentário Bíblico Beacon. 1.ed. Vol. 8. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.343,44).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
SOUZA, Estêvam Ângelo de. Nos Domínios do Espírito. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1987.
HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão CPAD
 nº 58, p.37.

EXERCÍCIOS

1. Qual é o verdadeiro propósito dos dons divinos?
R. Edificar-nos e unir-nos, fortalecendo assim a Igreja de Cristo.  

2. De acordo com a lição, Paulo priorizava na igreja o ato de profetizar  ou o de falar em línguas? Por quê?
R. O ato de profetizar. Porque assim todos seriam edificados.

3. Quantos capítulos, Paulo dedicou para falar a respeito dos dons? Quais são estes capítulos? 
R. Dois capítulos: 13 e 14.

4. O que é essencial o crente ter para que a igreja seja edificada?
R. Amor.

5. Segundo a lição, o que fazia o despenseiro?  
R. Era a pessoa responsável por administrar a despensa.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Mara Lima - Sabe Filho

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Sabe filho, quero falar com você.
Tenho visto, teu lamento, tua dor.
Você diz: Senhor, não vou suportar, pois a luta é tão grande estou quase a desanimar.
Olha filho, tu já leste minha história;
que eu deixei, um trono de Glória pra morrer por ti.
Lá na rua central de Jerusalém, cada passo que eu dava, a marca do meu sangue ficava também.
Uma coroa de espinhos me colocaram,
e com cravos pontiagudos naquela cruz me pregaram.

(Uma lança afiada me transpassou, nessa hora de agonia, até o meu Pai me desamparou.) BIS

Nessa hora, meus amigos me desprezaram, até Pedro, por três vezes, me negou.
Lázaro, o amigo que ressuscitei, procurei com os meus olhos, mas também não avistei
Tudo isso, eu passei por te amar.
Pra que hoje, eu pudesse te entender. Teus problemas, todos, posso resolver, basta somente crer,
e a solução já chegou pra você. Se estás doente, eu sou o teu remédio, se estás cansado, eu posso te aliviar
Eu venci, você também vencerá, sou Jesus Cristo,o único que pode te ajudar.
Eu venci, você também vencerá,
sou Jesus Cristo, o verdadeiro Filho de Deus