segunda-feira, 31 de março de 2014

Lição 1 - 2º Trimestre de 2014 - E DEU DONS AOS HOMENS

6 de Abril de 2014

E DEU DONS 
AOS HOMENS 

TEXTO ÁUREO
"Pelo que diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens" (Ef 4.8).

VERDADE PRÁTICA
Os dons são dádivas divinas para a Igreja cumprir sua missão até que o Noivo venha buscá-la.

HINOS SUGERIDOS
5, 24, 239

LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Co 12.4 Há diversidade de dons
Terça - 1 Co 12.20 Os dons e a unidade da Igreja
Quarta - 1 Co 12.11 A concessão dos dons
Quinta - 1 Co 12.27 Membros do Corpo de Cristo
Sexta - 1 Co 12.31 "Procurai com zelo os melhores dons"
Sábado - Ef 4.12 Os dons são para aperfeiçoar os santos

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 12.3-8; 
1 Coríntios 12.4-7 

Romanos 12.3-8; 
3 Porque, pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que 
convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a 
cada um.
4 Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a 
mesma operação,
5 assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos 
membros uns dos outros.
6 De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela 
segundo a medida da fé;
7 se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;
8 ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.

1 Coríntios 12.4-7 
4 Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.
5 E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.
6 E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.
7 Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil.

INTERAÇÃO
Prezado professor, neste trimestre estudaremos um tema extremamente relevante para os nossos dias: os dons espirituais, ministeriais e de serviço. Todas estas dádivas são concedidas pelo Espírito Santo com o propósito de edificar a Igreja do Senhor. Esse tema é tão relevante para a igreja que Paulo dedica dois capítulos inteiros na Epístola aos Coríntios para tratar do assunto. Ele não queria que os irmãos fossem ignorantes a respeito dos dons (1 Co 12.1). Então, estude com afinco cada lição e busque, com zelo, os melhores dons. O comentarista das lições é o pastor Elinaldo Renovato, autor de diversos livros publicados pela CPAD, líder da Assembleia de Deus em Parnamirim, RN, e professor universitário.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Conscientizar-se de que os dons espirituais são atuais e bíblicos.
* Analisar os dons de serviço, espirituais e ministeriais.
* Saber que a igreja de Corinto era problemática na administração dos dons.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir a primeira lição, reproduza o esquema abaixo.  Divida a classe em três grupos e peça que, em grupo, os alunos leiam e relacionem os dons apresentados em cada uma das listas elaboradas pelo apóstolo Paulo. Peça que os alunos também digam o total de dons relacionados em cada lista.
1ª lista - 1 Coríntios 12.8-10. (Um total de nove dons)
2ª lista - 1 Coríntios 12.28. (Um total de oito dons)
3ª lista-- 1 Coríntios 12.29,30. (Um total de sete dons)
Reúna os alunos formando um único grupo. Ouça os grupos e conclua enfatizando que todos estes dons estão disponíveis para a igreja atual. Os dons não cessaram. Que venhamos a buscá-los com fé para a edificação do Corpo de Cristo.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
A Bíblia de Estudo Pentecostal define "dons" como "manifestações sobrenaturais concedidas da parte do Espírito Santo, e que operam através dos crentes, para o seu bem comum". Neste trimestre analisaremos os dons de Deus dispensados à Igreja para que, com graça e poder, ela proclame o Evangelho de Jesus a toda criatura. Além de auxiliar o Corpo de Cristo no exercício da Grande Comissão, os dons divinos subsidiam os santos para que cheguem à unidade da fé (Ef 4.12,13).  

I. OS DONS NA BÍBLIA
1. No Antigo Testamento. O Dicionário Bíblico Wycliffe mostra que há várias palavras hebraicas que significam "dádiva". A origem dessas palavras está na raiz hebraica nathan, que significa "dar". Por isso, podemos afirmar que no Antigo Testamento há vislumbres dos dons divinos concedidos a pessoas peculiares como reis, sacerdotes, profetas e outros. Todavia, os dons divinos não estavam acessíveis ao povo de Deus da Antiga Aliança como observamos no regime da Nova Aliança.
2. No Novo Testamento. O mesmo dicionário informa ainda que ao longo do Novo Testamento a palavra "dom" aparece com diferentes significados, que se relacionam ao verbo grego didomi. Este verbo representa o sentido ativo da palavra "dar" em Filipenses 4.15. Na Nova Aliança, os dons de Deus estão disponíveis para que a Igreja, em nome de Jesus, promova a libertação dos cativos, ministre a cura aos doentes e proclame a salvação do homem para a glória de Deus. O Novo Testamento também deixa claro que todos os crentes têm acesso direto a Deus através de Cristo Jesus e, por isso, podem receber os dons do Espírito.
3. Uma dádiva para a Igreja. A fim de sermos mais didáticos e eficientes no estudo a respeito dos dons, dividiremos este assunto em três categorias principais: Dons de Serviço, Dons Espirituais e Dons Ministeriais. Esta divisão acompanha a classificação dos dons conforme se encontra nas epístolas paulinas aos Romanos, 1 Coríntios e Efésios, respectivamente. Insistimos, porém, que esta classificação é apenas um recurso didático, pois quando o apóstolo expõe o assunto em suas cartas, ele não parece querer exaurir os dons em uma lista, antes, preocupa-se em exortar os irmãos a buscá-los e usá-los para encorajar, confortar e edificar a Igreja de Cristo, bem como glorificar a Deus e evangelizar o mundo.
SINOPSE DO TÓPICO (1) Nas páginas do Novo Testamento os dons estão à disposição de todos os crentes, com o propósito de edificar a Igreja de Cristo.

II. OS DONS DE SERVIÇO, ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS 
1. Dons relacionados ao serviço cristão. Em Romanos 12 o apóstolo Paulo admoesta a igreja, lembrando-a de que o membro do Corpo de Cristo não pode se achar autossuficiente. Assim como um membro do corpo humano depende dos outros para exercer a sua função, na igreja necessitamos uns dos outros para o fortalecimento da nossa vida espiritual e comunhão em Cristo. Por isso, a categoria de dons apresentada em Romanos 12 traz a ideia da manutenção dessa comunhão dos santos, pois ao falarmos de serviços, subentende-se que quem serve está prestando um serviço para alguém.  Observe os dons de serviço listados por Paulo em Romanos: Ministério (ofício diaconal), exortação (encorajamento), repartir, presidir e exercer misericórdia. Note que esses dons estão relacionados com uma ação em prol do outro, do próximo. Portanto, se você tem um dom, deve usá-lo em benefício da Igreja de Cristo na Terra.
2. Conhecendo os dons espirituais. "Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes" (1 Co 12.1). Os dons listados em 1 Coríntios 12 são: Palavra da sabedoria; palavra da ciência; fé; curas; operação de maravilhas; profecia; discernimento de espíritos; variedades de línguas; interpretação de línguas.
Apesar de as manifestações sobrenaturais pertencerem ao mundo espiritual, isto é, a uma categoria particular da experiência religiosa do crente, o apóstolo Paulo desejava que as igrejas, e em especial a de Corinto, conhecessem algumas considerações importantes sobre os dons espirituais. Uma característica predominante em Corinto, segundo o Comentário Bíblico Beacon (CPAD), era a vida pregressa dos membros envolvidos com idolatria. Muitas manifestações espirituais na igreja lembravam a experiência mística das religiões de mistérios. Os coríntios precisavam ser ensinados de forma correta  sobre a existência dos dons e de sua utilização dentro do culto e fora dele. Por isso, à luz da Palavra de Deus, devemos ensinar a respeito dos dons espirituais para que a igreja seja edificada. A Bíblia traz os ensinos corretos sobre o uso dos dons, e se há distorções nessa esfera, estas  acontecem por algumas igrejas não ensinarem de forma correta o que a Bíblia diz, e isso contribui para o surgimento do fanatismo religioso, da corrupção doutrinária dos movimentos estranhos e de muitas heresias. Portanto, o ensino correto das Escrituras nos orienta sobre a forma adequada da utilização dos dons e previne o surgimento de práticas condenáveis no culto.
3. Acerca dos dons ministeriais. A Epístola de Paulo aos Efésios classifica os dons ministeriais assim: Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores (4.11). Os propósitos de o Senhor concedê-los à Igreja, segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, são, em primeiro lugar, capacitar o povo de Deus para o serviço cristão; em segundo, promover o crescimento da igreja local; terceiro, desenvolver a vida espiritual dos discípulos de Jesus (4.12-16). O Senhor deu a sua Igreja ministros para servi-la com zelo e amor (1 Pe 5.2,3). O ensino do Novo Testamento acerca do exercício ministerial está ligado a concepção evangélica de serviço (Mt 20.20-28; Jo 13.1-11), jamais à perspectiva centralizadora e sacerdotal do Antigo Testamento.
SINOPSE DO TÓPICO (2) Nenhum membro do corpo de Cristo é autossuficiente,  dependemos de Cristo, assim como dependemos uns dos outros. Para que a Igreja, o corpo de Cristo, seja edificada pelos dons ministeriais é necessário que eles sejam utilizados para o benefício de todos.

III. CORINTO: UMA IGREJA PROBLEMÁTICA NA ADMINISTRAÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS (1 Co 12.1-11)
1. Os dons são importantes. Um argumento utilizado pelos cessacionistas (pessoas que defendem a errônea ideia de que os dons espirituais cessaram no primeiro século), é que os crentes pentecostais tendem a se achar superiores uns aos outros por terem algum dom. Lamentavelmente, isto é verdade em muitos lugares. Entretanto, o apóstolo Paulo faz questão de tratar desse assunto com os crentes de Corinto que estavam supervalorizando alguns dons em detrimento de outros. Precisamos resgatar a noção de serviço que Jesus Cristo ensinou nos Evangelhos, pois todos os dons vêm diretamente de Deus para melhor servirmos à igreja de Cristo.
2. Diversidade dos dons. O que mais nos chama a atenção na lista de dons apresentada por Paulo em 1 Coríntios 12 não são os nove dons, mas a diversidade deles. Isto denota a unidade da Igreja de Cristo, mas simultaneamente a sua multiplicidade. O Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento tem razão quando fala que "talvez Paulo tenha selecionado estes noves dons por serem adequados à situação que havia em Corinto", pois se compararmos a lista de 1 Coríntios com Romanos e também Efésios, veremos que outros dons são relacionados de acordo com as necessidades de cada igreja local.
3. Autossuficiência e humildade. Os dons espirituais são concedidos aos crentes pela graça de Deus, e não por méritos pessoais (Rm 12.6; 1 Pe 4.10). Não podemos orgulhar-nos e portar-nos de modo arrogante e autoritário no exercício dos dons, mas com humildade e temor a Deus. Portanto, não use o dom que Deus lhe deu com orgulho, visando a exaltação pessoal. Isto é pecado contra o Senhor e contra a Igreja! Use-o com um coração sincero e transbordante de amor pelo próximo (1 Co 13). Não foi por acaso que o capítulo 13 (Amor) de 1 Coríntios foi colocado entre o 12 (Dons) e o 14 (Línguas e Profecia).
SINOPSE DO TÓPICO (3) Não existe um dom mais importante que o outro, todos vêm diretamente de Deus e são úteis para a edificação do Corpo de Cristo.

CONCLUSÃO
O estudo dos dons de Deus aos homens é amplo e nos apresenta recursos pelos quais podemos servir ao Senhor e à sua Igreja. Esses dons são para os nossos dias, pois não há na Bíblia nenhum versículo que diga que os dons espirituais deixaram de existir com a morte do último apóstolo. Portanto, busquemos os dons do Espírito Santo, pois estão à nossa disposição. Eles são um exemplo da multiforme graça de Deus em dispensar instrumentos espirituais para a Igreja na história.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
"[Dons espirituais]
Os dons espirituais, que são pela graça, mediante a fé, encontra-se na palavra grega mais usada para descrevê-los: charismata, 'dons livre e graciosamente concedidos', palavra esta que se deriva de charis, graça, o imerecido favor divino. Os carismas são dons que merecemos sem os merecermos. Dão testemunho da bondade de Deus, e não da virtude de quem os receberam.
Uma das falácias que frequentemente engana as pessoas é a ideia de como Deus abençoa ou usa alguém; isso significa que Ele aprova tudo o que a pessoa faz ou ensina. Mesmo quando parece haver uma 'unção', não há garantia disso. Quando Apolo chegou a Éfeso pela primeira vez, não somente era eloquente em sua pregação; era também 'fervoroso de espírito'. Tinha o fogo. Mas Priscila e Áquila perceberam que faltava algo. Logo, o levaram (provavelmente, para casa, a fim de participar de uma refeição), e lhe explicaram com mais exatidão o caminho de Deus (At 18.25,26).
Era, pois o caminho de Deus a respeito dos dons espirituais, que Paulo, como um pai, desejava explicar com mais exatidão aos coríntios. A esses dons ele dá o nome de 'espirituais' em 1 Coríntios 12.1 (a palavra dom não se encontra no grego). A palavra, por si mesma, inclui algo dirigido pelo Espírito Santo [...] " (HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 225).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
"Os dons são dados, de fato, com a intenção divina de que todos recebam proveito deles (1 Co 12.7). Isso não significa que todos têm um dom específico, mas há dons (manifestações, revelações, meios pelos quais o Espírito se torna conhecido) que são dados (continuamente) para o que for útil (proveitoso, para crescimento). 'Útil' significa algo que ajuda, especialmente na edificação da Igreja, tanto espiritualmente como em número de membros. (O Livro de Atos tem um tema de crescimento numérico e geográfico. Deus quer que o Evangelho seja divulgado em todo o mundo). Pode ser ilustrado pelo mandamento do Senhor: 'Negociai até que eu venha' (Lc 19.13). Ao partirmos para o ministério dos seus dons, Ele nos ajuda a crescer na eficiência e na eficácia, assim como fizeram os que usaram devidamente o que o Senhor lhes deu, na Parábola das Dez Minas (Lc 19.15-19)" (HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 229,30).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão CPAD
 nº 58, p.36.

EXERCÍCIOS

1. De acordo com a lição, no Antigo Testamento os dons divinos eram concedidos a quem?
R. Reis, sacerdotes e profetas.

2. No Novo Testamento os dons espirituais estão disponíveis a todos?
R. Sim. Eles estão disponíveis para todos os membros do Corpo de Cristo.

3. Cite, de acordo com a lição, as três principais categorias de dons.
R. Dons de Serviço, Dons Espirituais e Dons Ministeriais. 

4. Relacione os dons citados em 1 Coríntios 12.8-10.
R. Palavra de sabedoria, palavra da ciência, fé, dons de curar, operação de maravilhas, profecia, dom de discernir espíritos, variedade de línguas e interpretação de línguas.

5. Os dons espirituais podem ser concedidos aos crentes hoje?
 R. Sim.

domingo, 23 de março de 2014

Lição 13 - O Legado de Moisés


                              30 de Março de 2014
                   O Legado de Moisés

TEXTO ÁUREO
"Era Moisés da idade de cento e vinte anos quando morreu; os seus olhos nunca se escureceram, nem perdeu ele o seu vigor" (Dt 34.7).

VERDADE PRÁTICA
Moisés foi usado por Deus para tirar Israel do Egito e entregar os Dez Mandamentos para a humanidade.

HINOS SUGERIDOS
126, 127, 299

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 6.20 A família de Moisés
Terça - Dt 33.1-29 A última bênção de um líder
Quarta - Lc 24.27,44,45 Moisés, profeta messiânico
Quinta - At 3.22,23 Moisés, tipo de Cristo
Sexta - Dt 32.1-47 O último cântico de Moisés
Sábado - Dt 34.1-5  Moisés vê a Terra Prometida e morre

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Deuteronômio 34.10-12; Hebreus 11.23-29


Deuteronômio 34.10-12
10 E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o SENHOR conhecera face a face;
11 nem semelhante em todos os sinais e maravilhas, que o SENHOR o enviou para fazer na terra do Egito, a Faraó, e a todos os seus servos, e a toda a sua terra;
12 e em toda a mão forte e em todo o espanto grande que operou Moisés aos olhos de todo o Israel.

Hebreus 11.23-29

23 Pela fé, Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei.
24 Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,
25 Escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado;
26 tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.
27 Pela fé, deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.
28 Pela fé, celebrou a Páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos lhes não tocasse.
29 Pela fé, passaram o mar Vermelho, como por terra seca; o que intentando os egípcios, se afogaram.


INTERAÇÃO
Se há alguma coisa de valor transcendente que os líderes podem deixar aos sucessores é o seu legado. Queremos dizer com legado toda a disposição, tradição, exemplos e valores morais e espirituais, deixados pelo líder para o bem da igreja local.
Conta-nos a Bíblia a história de um rei chamado Jeorão (2 Cr 21.4-20). Este era um opressor, sem qualquer sensibilidade humana e que andava nos caminhos dos reis de Israel. Esse rei não deixou qualquer legado edificante para os seus sucessores, ao ponto de o texto bíblico descrever o sentimento do povo quando da sua morte, desse modo: "e foi-se sem deixar de si saudades" (v.20). Que este não seja o legado dos líderes cristãos!

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Conhecer a respeito dos últimos dias da vida de Moisés.
* Explicar as características de Moisés como homem de Deus e pastor de Israel.
* Aprender à luz do legado de Moisés sobre a comunhão, a piedade e a prudência.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAPrezado professor, peça à classe que cite cinco características positivas e cinco negativas que possam existir numa liderança. À medida que responderem, anote as respostas na lousa em duas colunas respectivas (características positivas e negativas). Em seguida, diga aos alunos que um líder não é um super-homem. Ele é igualzinho a nós, pois se trata de um ser humano. Entretanto, as Escrituras convocam os líderes a apresentarem uma vida de serviço a Deus e à igreja que lideram. Conclua a lição dizendo que devemos amar os nossos líderes, pois são pessoas vocacionadas por Deus para fazer o bem à sua Igreja.

                     COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Moisés nasceu quando Israel estava cativo no Egito, durante os terríveis dias em que Faraó ordenou que todos os recém-nascidos israelitas do sexo masculino fossem mortos (Êx 1.15,16). Casou-se com Zípora, filha de Jetro, sacerdote de Midiã, descendente de Abraão (Gn 25.1,2). Ele teve uma comunhão especial com o Senhor e nas Escrituras Sagradas é repetidamente chamado de "servo de Deus", pois "foi fiel em toda a sua casa" (Hb 3.5). No último livro do Antigo Testamento, Deus chama Moisés de "meu servo" (Ml 4.4), e no último livro do Novo Testamento ele é chamado "Moisés, servo de Deus" (Ap 15.3). Moisés é uma figura tipológica de Cristo. 

I. - OS ÚLTIMOS DIAS DE MOISÉS
1. As palavras de despedida. O ministério de Moisés chegaria ao fim em breve. Consciente deste fato, ele se despede ensinando o seu povo a guardar as leis.
No capítulo 32 do livro de Deuteronômio, temos o último cântico de Moisés. O servo do Senhor se despede com adoração e louvor. Moisés de forma bem didática faz um resumo de toda a história de Israel em forma de cântico. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, ele "fez o povo lembrar de seus erros, a fim de que não mais os repetisse e suscitou a nação a confiar apenas em Deus".
2. Moisés incentiva o povo a meditar na Palavra. Moisés era um homem que amava os preceitos divinos. Por isso, antes de sua partida ele incentiva e reforça a ideia de que os israelitas precisavam ouvir e obedecer às ordenanças de Deus, a fim de que prosperassem enquanto nação. Sabemos que todos que amam e meditam na lei de Deus são bem-aventurados (Sl 1.1-6).
3. Moisés vê a Terra Prometida e morre. Antes de morrer, Moisés abençoou cada uma das tribos de Israel (Dt 33.1-29). Ele lutou em favor do seu povo e o amou até os últimos dias de sua vida. Ele foi fiel a Deus e à sua nação em tudo. Por ocasião de sua morte, por  ordem de Deus, Moisés sobe até o monte Nebo e dali avista toda a Terra Prometida. Porém, não tem permissão para entrar nela. Moisés havia desobedecido a Deus ferindo a rocha (Nm 20). Ali no monte, solitário, o grande legislador vai se encontrar com o seu Deus. Ele foi sepultado pelo Senhor em um vale na terra de Moabe, todavia, o local nunca foi revelado a ninguém (Dt 34.6). Certamente Deus quis evitar que o local, assim como o corpo de Moisés, fossem venerados pelos israelitas. Durante trinta dias os israelitas choraram e lamentaram a morte de Moisés (Dt 34.8).
4. Moisés nomeia seu sucessor (Dt 31.1-8). É necessário começar bem um ministério e terminá-lo de igual forma. Moisés preparou Josué para que este fosse o seu sucessor. O Legislador de Israel tinha consciência de que seu ministério um dia findaria. É muito importante que o líder do povo de Deus tenha esta consciência e prepare os seus sucessores ainda em vida, assim como fez Moisés (Dt 34.7-9).
SINOPSE DO TÓPICO (1) Em seus últimos dias de vida, Moisés dispensou palavras de advertências e exortações ao povo. Em seguida, viu a Terra Prometida e morreu

II.MOISÉS, PASTOR DE ISRAEL
1. Homem de Deus. No final de sua carreira, Moisés é chamado nas Escrituras de "homem de Deus" (Dt 33.1). Ele é também pastor e líder do povo de Israel sob a mão de Deus (Sl 77.20). Assim, Homem de Deus é o homem a quem Deus usa como Ele quer.
2. Homem de oração. A vida de intensa oração de Moisés resultou em força, coragem, destemor, sabedoria e humildade, pois o povo de Israel era na época muito desobediente, murmurador e carnal. Moisés era um homem muito ocupado com seus encargos, mas conseguia levar sempre muito tempo em oração intercessória pelo povo. Era com a sabedoria do Alto que Moisés orava. Um exemplo disso está em Êxodo 33.13, quando ele diz: "rogo-te que [...] me faças saber o teu caminho". No versículo 18, ele ora em continuação: "Rogo-te que me mostres a tua glória". Essas duas orações não devem ser invertidas pelo crente, como alguns fazem por imaturidade ou fanatismo.
Moisés intercedeu diante do Senhor pedindo para entrar na tão sonhada Terra Prometida, mas Deus negou esse pedido (Dt 3.23-25).
Oremos sempre uns pelos outros, inclusive pelos desconhecidos. Intercedamos "por todos os homens" (1 Tm 2.1), a fim de que alcancem a eterna Jerusalém.
3. Homem de fé. Moisés agia por fé em Deus (Hb 11.24-29), daí, a quantidade de milagres realizados pelo Senhor através dele. Seus pais foram campeões da fé (Hb 11.23), pois a fé em Deus opera milagres (Mt 17.18-21; At 3.16; 6.8;). Aliás, um dos dons espirituais é o da fé (1 Co 12.9); fé para operar maravilhas.
Moisés e Arão realizaram muitos milagres perante Faraó e seus oficiais no período que precedeu a saída de Israel do Egito (Êx 4-12). Esses milagres em forma de catástrofes tinham por objetivo demonstrar publicamente que os deuses do Egito nada eram diante do Deus verdadeiro e único de Israel (Êx 12.12; Nm 33.4).
SINOPSE DO TÓPICO (2) Moisés como pastor de Israel era um homem de Deus, de oração e de fé.

III.  APRENDENDO COM MOISÉS
1. A cultivar comunhão com Deus. "Cultivar", significa incentivar, preparar para o crescimento. Muito antes de as primeiras flores aparecerem ou os sinais do fruto serem vistos, muito foi feito para preparar a planta para o fruto esperado. O lavrador cuida da planta com zelo para que esta seja mais produtiva. Este processo de carinho e atenção é o cultivo. É em nossa relação com Deus, mediante a comunhão contínua, que nossa vida é mudada e desenvolvida em direção à realização plena. Como filho de Deus, você desfruta de plena comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo? Cultive, como Moisés, esta comunhão, passando mais tempo com Deus em oração, leitura da Palavra e adoração. Moisés foi um homem que cultivou uma comunhão bastante íntima com Deus.
2. A ter comunhão com outros crentes. Através da vida de comunhão com os santos, você é incentivado a viver a vida cristã saudável e abundante. Os primeiros cristãos tinham comunhão diária entre si (At 2.46). Não admira que suas vidas fossem testemunhos poderosos do Evangelho e fizessem com que as pessoas tivessem sede de salvação. Havia uma colheita diária de almas, à medida que o Senhor acrescentava à igreja os que iam sendo salvos (At 2.46,47). Moisés prezava pela comunhão em família e com todo o povo de Deus. Sigamos de perto o seu exemplo e busquemos a comunhão com os nossos irmãos, pois estamos também todos caminhando rumo à Terra Prometida.
3. A aceitar o ministério de líderes piedosos. Os líderes são instrumentos de Deus para alimentar e nutrir seu povo. Efésios 4.11-13 enfatiza que o propósito dos ministérios de apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores na igreja é edificar o povo de Deus. Quando você aceita e aplica os ensinos de Deus, que nos são proporcionados por meio dos líderes que Ele chamou, você é levado a um lugar de maior fertilidade e de crescimento (Ef 4.16). Toda vez que os hebreus deixavam de obedecer a Moisés eles pecavam e eram grandemente prejudicados. Quando Miriã se rebelou contra a liderança de Moisés, seu irmão, ela ficou leprosa e o povo todo não pôde partir. Todos ficaram retidos pela desobediência de uma única pessoa.
4. A ter cuidado com os inimigos. Ao entrarem na Terra Prometida, os israelitas tinham de destruir as nações ímpias que ali viviam. Esse era o plano de Deus, mas Israel não o seguiu. Em consequência disso, o povo de Israel foi seduzido pelos maus caminhos desses povos (Sl 106.34-36). Essa experiência é um aviso para nós. Cuidado com o Inimigo e as suas propostas. Vigie para que você e sua família não sejam seduzidos pelas coisas deste mundo. O mundo e a sua concupiscência é passageiro, mas os valores de Deus e a sua Palavra são eternos.
SINOPSE DO TÓPICO (3) A vida de Moisés nos ensina a cultivar a comunhão com Deus e com o próximo, a piedade e a prudência.

CONCLUSÃO
Moisés cumpriu sua carreira com fé em Deus, coragem e determinação. Em tudo ele buscou ser fiel ao Senhor. Sigamos o exemplo deste líder a fim de que possamos viver com sabedoria e a agradar a Deus em toda a nossa maneira de viver.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsidio Bibliológico
"[Deuteronômio] 31.2 [...] Parece injusto que o Senhor negue a Moisés o acesso à Terra Prometida, por causa de uma explosão e descontrole por parte daquele homem (1.37; cf. Nm 20.12). Mas Moisés, aquele homem que havia recebido um privilégio especial, também foi incumbido de uma responsabilidade especial. Deixar de cumprir a sua responsabilidade de uma forma completa significava passar a ter uma má reputação, tanto para si mesmo como para o seu Deus. Por este motivo, ele não pôde entrar na terra, com a nova geração.
31.9 Este versículo confirma claramente a autoria mosaica, pelo menos do livro de Deuteronômio, se não todo o Pentateuco. Os que argumentam que editores do final da época anterior ao exílio, ou até mesmo durante o exílio, inseriram declarações como esta para indicar uma composição de autoria mosaica tardia, o fazem apenas com base em uma pressuposição de que Moisés não poderia ter escrito estes textos. Estas suposições infundadas podem surgir de um desejo de despir o Pentateuco, e a Bíblia como um todo, de qualquer credibilidade" (Bíblia de Estudo Defesa da Fé: Questões Reais, Respostas Precisas, Fé Solidificada. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.359)

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsidio Bibliológico   
"Em um certo sentido, Deuteronômio, e na verdade todo o Pentateuco, termina como uma história incompleta. Deuteronômio se encerra sem que Moisés ou Israel adentrem a terra, embora Moisés tenha podido vê-la. O que Deus tinha prometido repetidas vezes aos patriarcas, desde Gênesis 12.7, não se concretiza até o fim do Pentateuco. Von Rad resolveu de modo fácil (e artificial) essa questão, bastando substituir o conceito de Pentateuco pelo de um Hexateuco. Ele traz Josué para o clímax final de um conjunto de seis livros, em vez de permitir que Deuteronômio e Moisés desempenhem esse papel em um conjunto de cinco livros.
Todavia, a forma como o Pentateuco é encerrado pode ser mais uma confirmação teológica que um problema teológico. Em primeiro lugar, como comenta Sanders, a posição de Deuteronômio entre Números e Josué, entre peregrinações e o fim das peregrinações, 'tomou o lugar de Josué e suas conquistas como o clímax do perigo canônico de autoridade [...] A verdadeira autoridade é encontrada apenas no período de Moisés'.
Além disso, o Pentateuco termina com realismo ('Vocês ainda não são o que Deus quer que vocês sejam') e esperança ('Logo vocês estarão no lugar que Deus lhes separou'). É no deserto que você está, mas não é no deserto que ficará. Para citar Walter Brueggemann: 'O texto, de mais a mais, serve para todo o tipo de comunidades de exilados. O Pentateuco é, no final das contas, a promessa de um lar e de um retorno ao lar. É uma promessa dada pelo Deus de todas as promessas, que jamais se contentará com o deserto, o exílio ou o degredo'" (HAMILTON, Vitor P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.534-35)

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Bíblia de Estudo Defesa da Fé: Questões Reais, Respostas Precisas, Fé Solidificada. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
HAMILTON, Vitor P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 57, p.42.

EXERCÍCIOS
1. Em que livro da Bíblia encontramos o último cântico de Moisés?
R. Deuteronômio.

2. De acordo com a lição, o que fez Moisés antes de morrer?
R. Moisés abençoou cada uma das tribos de Israel (Dt 33.1-29).

3. Por que Moisés não teve permissão para entrar na Terra Prometida?

R. Moisés havia desobedecido a Deus ferindo a rocha (Nm 20).

4. Descreva sobre Moisés como homem de oração.
R. Moisés era um homem muito ocupado com seus encargos, mas conseguia levar sempre muito tempo em oração pelo povo. Era com a sabedoria do Alto que Moisés orava.

5. Cite três coisas que podemos aprender com a vida de Moisés.
R. Cultivar a comunhão com Deus e com os outros crentes.

domingo, 16 de março de 2014

Lição 12 - A Consagração dos Sacerdotes

                              23 de Março de 2014

          A Consagração dos Sacerdotes

TEXTO ÁUREO
"E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão" (Hb 9.22).

VERDADE PRÁTICA
O sacrifício expiador de Cristo no Calvário foi perfeito, único e capaz de nos purificar de todo pecado.

HINOS SUGERIDOS 
363, 423, 432

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 28.1 A instituição do sacerdócio
Terça - Êx 29.1-9 A cerimônia de consagração
Quarta - Lv 16.11-14 A oferta do sacerdote pelo seu pecado
Quinta - Hb 6.20 Jesus, nosso Sumo Sacerdote eterno
Sexta - Hb 4.15,16 Jesus, Sumo Sacerdote compassivo
Sábado - Hb 9.11 Jesus, Sumo Sacerdote dos bens futuros

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Êxodo 29.1-12
 1 Isto é o que lhes hás de fazer, para os santificar, para que me administrem o sacerdócio: Toma um novilho, e dois carneiros sem mácula,
 2 e pão asmo, e bolos asmos amassados com azeite, e coscorões asmos untados com azeite; com flor de farinha de trigo os farás.
 3 E os porás num cesto e os trarás no cesto, com o novilho e os dois carneiros.

4 Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água;
 5 depois, tomarás as vestes e vestirás a Arão da túnica, e do manto do éfode, e do éfode mesmo, e do peitoral; e o cingirás com o cinto de obra de artífice do éfode.
 6 E a mitra porás sobre a sua cabeça; a coroa da santidade porás sobre a mitra;
 7 e tomarás o azeite da unção e o derramarás sobre a sua cabeça; assim, o ungirás.
 8 Depois, farás chegar seus filhos, e lhes farás vestir túnicas,
 9 e os cingirás com o cinto, a Arão e a seus filhos, e lhes atarás as tiaras, para que tenham o sacerdócio por estatuto perpétuo, e sagrarás a Arão e a seus filhos.

10 E farás chegar o novilho diante da tenda da congregação, e Arão e seus filhos porão as mãos sobre a cabeça do novilho;
11 e degolarás o novilho perante o SENHOR, à porta da tenda da congregação.
12 Depois, tomarás do sangue do novilho, e o porás com o teu dedo sobre as pontas do altar, e todo o sangue restante derramarás à base do altar.

INTERAÇÃO
Chegamos ao capítulo que detalha o cerimonial de consagração sacerdotal para o serviço no Tabernáculo: Êxodo 29. Este capítulo descreve o rito consagratório dos sacerdotes. Ele consistia na apresentação de um bezerro e dois carneiros sem mácula; pão asmo (sem fermento) e bolos asmos amassados com azeite; bolinhos asmos untados com azeite e feito com flor de farinha de trigo. Todos estes itens eram elementos que compunham todo o ritual para consagrar, isto é, separar, para o ministério sacerdotal, Arão e os seus filhos. Esta linhagem representaria o sacerdócio oficial da Casa de Israel.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Explicar como se dava a cerimônia de consagração sacerdotal.
* Citar os elementos do sacrifício de posse.
* Compreender que Cristo é o perpétuo e o mais perfeito Sumo Sacerdote.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para ampliar a conclusão do primeiro tópico da aula desta semana, reproduza na lousa o seguinte texto: "O Novilho [Bezerro]. Quando os sacerdotes impunham as mãos na cabeça do novilho, isso simbolizava a sua identificação com o animal, como seu substituto e, talvez, a transferência dos pecados do povo para o animal. Assim, o novilho tornava-se um sacrifício vicário, que morria por causa dos pecados do povo (v.14). Essa cerimônia aponta para o sacrifício vicário de Cristo, que tornou-se a nossa oferta pelo pecado (Is 53.5; Gl 3.13; Hb 13.11-13)" (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.165). Em seguida, explique que a suficiência do sacrifício de Jesus Cristo é a garantia de que Ele é o Sumo Sacerdote perfeito.

                                  COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Deus ordenou que Moisés separasse Arão e seus filhos para o sacerdócio. O vestiário, bem como o modo de proceder dos sacerdotes, foram dados por orientações do próprio Deus. Antes de oferecer sacrifícios em favor do povo, Arão deveria oferecer sacrifício para a remissão dos seus próprios pecados. Na lição de hoje, estudaremos a respeito do ato de consagração e purificação do sacerdócio, conforme as determinações de Deus

I. A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS FILHOS
1. A lavagem com água. "Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água" (Êx 29.4). Muitos eram os rituais de preparação que os sacerdotes deveriam realizar antes de se achegarem à presença de Deus. Uma parte dos rituais era a lavagem com água, que simbolizava pureza e perfeição. Deus é santo e requer santidade do seu povo: "Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo" (Lv 19.2). Atualmente o crente é limpo pela Palavra (Jo 15.3) e pelo sangue de Cristo (1 Jo 1.7). Sem pureza e santidade não podemos nos achegar à presença de Deus.
Uma importante razão pela qual o crente deve santificar-se é que a santidade de Deus, em parte, é revelada através do procedimento justo e da vida santificada do crente.
2. A unção com azeite (Êx 30.23-33). O azeite da unção deveria ser derramado sobre a cabeça de Arão e seus filhos. O azeite é símbolo do Espírito Santo que viria habitar no crente pelo ministério intercessor de Jesus (Jo 14.16,17,26), bem como o batismo com o Espírito Santo (At 1.4,5,8). Assim também a igreja recebeu o penhor do Espírito (2 Co 1.21,22), mas alguns de seus membros são individualmente separados para ministérios específicos, segundo os propósitos de Deus.
3. Animais são imolados como sacrifício (Êx 29.10-18). Era necessário que antes de ministrar em favor do povo, o sacerdote oferecesse sacrifícios de holocausto por sua própria vida. Arão e seus filhos deveriam levar um cordeiro, sem mancha ou defeito, diante do altar. O cordeiro morto tipificava a morte vicária de Jesus Cristo, que "morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras" (1 Co 15.3). A morte vicária de Cristo proporciona ao homem pecador a reconciliação com Deus. Jesus morreu para expiar os nossos pecados (1 Pe 1.18,19).
SINOPSE DO TÓPICO (1) A consagração do sacerdócio de Arão e de seus filhos decorria pela passagem da água, a unção com azeite e a imolação de animais como sacrifício

II. O SACRIFÍCIO DA POSSE
1. O segundo carneiro da consagração (Êx 29.19-35). Era necessário que outro animal inocente fosse morto. Segundo o Comentário Bíblico Beacon, "parte do sangue era colocada primeiramente na orelha direita, no dedo polegar da mão direita e no dedo polegar do pé direito". O restante do sangue deveria ser derramado sobre o altar. Sem derramamento de sangue não há remissão de pecado (Hb 9.22). Tudo apontava para o Calvário, onde Cristo derramou seu sangue por nós.
2. Sacrifícios diários. Diariamente eram oferecidos sacrifícios pelo pecado. Pela manhã e a tarde havia sacrifícios e um animal inocente era morto em resgate da vida de alguém.  O sacrifício de Cristo foi perfeito e único. Por isso, hoje podemos nos achegar a Deus para adorá-lo livremente.
No Tabernáculo, tudo deveria estar sempre pronto a fim de que o culto diário a Deus nunca fosse interrompido. Os sacerdotes cuidavam para que o fogo do altar nunca se apagasse. A cada manhã, este era alimentado com nova lenha e novos holocaustos (Lv 6.12,13). Da mesma forma Deus quer que nos apresentemos a Ele, prontos e renovados espiritualmente (2 Co 4.16).
SINOPSE DO TÓPICO (2) O sacrifício da posse consistia na consagração do segundo carneiro e nos sacrifícios diários.

III.  CRISTO, PERPÉTUO SUMO SACERDOTE
1. Sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque. A primeira referência a Melquisedeque como sacerdote encontra-se no livro de Gênesis 14.18. Poucos sabemos a respeito de Melquisedeque: "sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida" (Hb 7.3). Melquisedeque é um tipo de Cristo.
2. O sacrifício perfeito de Cristo. Arão e seus descendentes deveriam oferecer diariamente sacrifícios por seus pecados e também do seu povo. Hoje não precisamos fazer esses tipos de sacrifícios, pois o sacrifício de Cristo foi único, perfeito e perpétuo (Hb 7.25-28).
3. O sacrifício eterno de Cristo. "Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo (Hb 7.24). O vocábulo "perpétuo" significa "inalterável". Jesus não pertencia à tribo de Levi, mas seu sacerdócio era segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 5.6,10; 7.11,12), logo, seu sacerdócio era superior ao de Arão. O sacerdócio de Cristo é superior, eterno e imutável.
SINOPSE DO TÓPICO (3) O sacrifício de Cristo é perfeito, eterno e perpétuo segundo a ordem de Melquisedeque.

CONCLUSÃO
Deus estabeleceu o sacerdócio e as cerimônias de purificação e consagração. Estas cerimônias apontavam para o sacrifício perfeito e o sacerdócio eterno de Cristo. Ele se ofereceu como holocausto em nosso lugar. Sem Cristo, jamais poderíamos nos achegar à presença santa e eterna de Deus e ter comunhão com Ele.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Geográfico
"O sistema sacrificial   

Quando os seres humanos entram em relação de aliança com Deus e mantêm o seu lado do trato, evitando todos os pecados conhecidos, surge o desejo de relacionar-se mais intimamente com Deus - entregar-se ao seu serviço, expressar agradecimento, apoiar seus servos, ter comunhão, e desculpar-se pelo mal cometido acidentalmente. O sistema sacrificial demonstrou que uma relação mais profunda com Deus era possível, mas para que isso acontecesse havia necessidade de uma purificação contínua do pecado.
Ao mesmo tempo, o sistema demonstrou suas próprias deficiências e resultou na necessidade de encontrar outro meio não só para estabelecer uma relação mais profunda com Deus, como também para tratar com todo o problema do pecado deliberado. Esse outro meio foi tornado possível mediante Jesus (Hb 10.1-8)" (GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.325).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico
"A Origem dos Sacrifícios  
 
Em relação à origem dos sacrifícios, existem duas opiniões: (1) que eles têm sua origem nos homens, e que Israel apenas reorganizou e adaptou os costumes de outras religiões, quando inaugurou seu sistema sacrificial; e (2) que os sacrifícios foram instituídos por Adão e seus descendentes em resposta a uma revelação de Deus.
É possível que o primeiro ato sacrificial em Gênesis tenha ocorrido quando Deus vestiu Adão e Eva com peles para cobrir sua nudez (Gn 3.21). O segundo sacrifício mencionado foi o de Caim, que veio com uma oferta do 'fruto da terra', isto é, daquilo que havia produzido, expressando sua satisfação e orgulho. Entretanto, seu irmão Abel 'trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura' como forma de expressar a contrição de seu coração, o arrependimento e a necessidade da expiação de seus pecados (Gn 4.3,4).
Em Romanos 1.21, Paulo refere-se à revelação e ao conhecimento inicial que os patriarcas tinham a respeito de Deus, e explica a apostasia e o pecado dos homens do seguinte modo: 'Tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças'. Depois do Dilúvio, 'edificou Noé um altar ao Senhor; e tomou de animal limpo e de toda a ave limpa e ofereceu holocaustos sobre o altar' (Gn 8.20). Muito tempo antes de Moisés, os patriarcas Abrão (Gn  12.8;13.18; 15.9-17; 22.2ss.), Isaque (Gn 26.25), e Jacó (Gn 33.20; 35.3) também ofereceram verdadeiros sacrifícios (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.1723).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
MERRIL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº57, p.42..

EXERCÍCIOS

1. Atualmente somos limpos mediante quê?
R. Atualmente o crente é limpo pela Palavra (Jo 15.3) e pelo sangue de Cristo (1 Jo 1.7).

2. O que o azeite simboliza?
R. O azeite é símbolo do Espírito Santo que viria habitar no crente pelo ministério intercessor de Jesus (Jo 14.16,17,26).

3. O que deveria ser feito com o restante do sangue do segundo carneiro?
R. O restante do sangue deveria ser derramado sobre o altar.

4. Cristo era Sacerdote segundo qual ordem?
R. Ordem de Melquisedeque.

5. De acordo com a lição, qual o significado do vocábulo "perpétuo"?

R. O vocábulo "perpétuo" significa "inalterável".


terça-feira, 11 de março de 2014

Os 10 pastores que não respeito e não admiro

Os 10 pastores que não respeito e não admiro

Postado por  em: Reflexões10 pastores que não respeito e não admiro
Maus líderes existem aos montes dentro das igrejas. O joio está espalhado dentro da igreja como ensinam as escrituras (Mt 13. 26). Isso não é novidade para ninguém. Apesar de designar aqui o termo “pastores” a essas pessoas que citarei abaixo, não tenho a intenção de diminuir aqueles que fazem jus a esse termo tão lindo mostrado nas escrituras, e que realmente pastoreiam de coração as ovelhas do Senhor. Usei esse termo somente para facilitar a identificação dessas pessoas.
Os dez pastores que não respeito e não admiro são:

1- O que faz do púlpito um palco de shows = A exposição da Palavra é esquecida e substituída pelo talento hollywoodiano desse pastor, que explora as mais diversas técnicas para cativar os seus expectadores, fazendo do show o protagonista do culto. Ele é a estrela e não Cristo e Sua palavra. Seu púlpito é lugar de entretenimento, de show, e não de pregação, de transmissão da voz de Deus.

2- O que explora financeiramente as ovelhas = Esse pastor é muito ambicioso e tem planos de crescimento. Porém, para a realização dos seus planos, precisa de muito dinheiro. E esse dinheiro é retirado das ovelhas, através das mais diversas técnicas de extorsão (legais). Ele não liga para o que a Bíblia ensina e inventa formas de arrecadação para realizar seus sonhos megalomaníacos. As ovelhas são iludidas, exploradas e sugadas até a última gota que podem dar.

3- O que insiste em querer fazer a agenda de Deus = Um pastor que quer determinar lugar, dia e hora para Deus agir não merece meu respeito. Segunda: Deus age na família; terça: nas finanças; quarta: Deus dá o Espírito Santo; quinta: Deus faz conversões e sexta: Deus liberta as pessoas de demônios. Deus agora está preso em uma agenda criada pelo homem?

4- O que ilude as pessoas com amuletos, objetos ungidos e unções que não vem de Deus = Esse pastor escraviza pessoas em crendices e superstições que não são encontradas e ordenadas na Bíblia. Desvia a fé que deveria ser unicamente no Deus soberano para objetos e unções (falsas) e extravagantes. Trabalha com a ilusão, com a ambição, com a falta de conhecimento de muitas das ovelhas que lhe ouvem.

5- O que “profetiza” o que Deus não mandou profetizar = Usa sua influência sobre as pessoas para “profetizar” e “revelar”. Porém, não usa a Bíblia, que é a revelação e é onde se encontram as profecias de Deus para a vida de seus servos.

6- O que faz com que seus fieis o adorem = Ele é visto como um semideus pelos seus fieis. O pior de tudo é que não faz nada para mudar essa situação, pois adora ser paparicado, adora status, adora demonstrar seu grande “poder” e ser ovacionado pela multidão. Seu prazer é ver multidões afluindo em sua direção com desejo de glorificá-lo.

7- O que usa o dinheiro dos dízimos e ofertas para seu próprio enriquecimento = Esse pastor-empresário é formado e pós-graduado em enriquecimento usando a igreja. Tem fortuna e bens luxuosos, tudo adquirido com a ajuda das ofertas da igreja que, segundo diz ele, é usado para a obra de Deus. Ele engana multidões que bancam sua vida de ostentação.

8- O que prega a teologia da prosperidade = Um pastor que diz que pobreza é maldição, que o crente verdadeiro será reconhecido pela sua prosperidade material, e outras abobrinhas sem embasamento bíblico, não merece admiração. Se a Teologia da prosperidade é um câncer, esse pastor é um espalhador de doenças no meio do povo.

9- O que usa versículos isolados da Bíblia para fundamentar doutrinas destruidoras =Esse pastor adora inventar doutrinas usando versos bíblicos isolados, cuja interpretação isolada, sem considerar contextos e outras boas regras de interpretação, favoreça seus pensamentos e desejos.

10- O que [acha] que determina a ação de Deus = É uma piada dizer que um homem determina algo ao Todo-Poderoso, mas essa ousadia acontece. Palavras ousadas saem da boca desse pastor determinando, ordenando, exigindo que Deus faça determinadas coisas que, segundo ele, Deus tem de fazer. Coitado, não tem nem noção da besteira que faz! E o pior: ensina as pessoas a agirem também assim!
Esses são os pastores que não respeito e não admiro.

E VOCÊ, TEM ALGUM PASTOR COMO OS CITADOS QUE NÃO RESPEITA E NÃO ADMIRA?

Os 10 pastores que respeito e admiro

Os 10 pastores que respeito e admiro

Postado por  em: Reflexões
Há alguns dias escrevi um artigo que provocou muitos debates por aqui, mostrando em meu ponto de vista, os 10 pastores que não respeito e não admiro. Na sequência dessa série, destacarei agora aqueles que merecem toda a admiração e respeito devido à forma como tratam o ministério pastoral. Abaixo segue a minha lista.

os dez pastores que respeito e que admiro
 1- O que não é perfeito, mas que busca ser exemplo do rebanho = Esse pastor sabe de suas limitações, sabe que não é melhor do que ninguém, sabe que é um pecador resgatado pelo sangue de Cristo. Ele, porém, sabe também da missão que Deus lhe deu e busca conduzir suas ovelhas no caminho dado pelo Supremo Pastor, sendo, antes de todos, o primeiro a vivenciar a Palavra de Deus em sua vida para testemunhar a outros. Ele tem todo cuidado nessa questão e pode-se ver em sua vida um homem que busca viver o evangelho e não somente falar dele. É humano, tem seus erros, e não faz questão de passar uma imagem de todo poderoso.

2- O que faz cultos Cristocêntricos = Esse pastor busca glorificar a Cristo nas ministrações que preside. Busca conduzir todas as coisas para que Cristo cresça e todo o resto diminua. Do primeiro ao último minuto de seus cultos busca apresentar a Cristo e conduzir as pessoas a Ele. É sensível ao observar e corrigir coisas que tentam competir com a centralidade de Cristo nos cultos.

3- O que não tem medo de pregar a Palavra de Deus = Esse pastor não faz média, antes, entrega a palavra de Deus conforme a Bíblia a revela. Ele não usa de técnicas melodramáticas para tocar o coração dos seus ouvintes. Ele busca antes de tudo, que o Espírito Santo revele a Palavra aos seus ouvintes, conduzindo-os à presença viva de Deus. Sabe que muitas vezes irá desagradar pessoas na sua pregação, mas é fiel às verdades que Deus lhe manda pregar.

4- O que não crê que os fins justificam os meios = Esse pastor é totalmente dependente de Deus em seu ministério. Ele conduz a igreja a andar nos caminhos corretos de obediência ao Senhor e não nos caminhos tortuosos que o coração humano propõe e que visam, antes de tudo, resultados que premiam o trabalho realizado. Para ele o mais importante é fazer a vontade de Deus usando os meios dados por Deus.

5- O que é obediente a Deus mesmo não vendo resultados palpáveis = Esse pastor gosta de ver os resultados de seu trabalho, porém, não é guiado por esses resultados. É guiado pela obediência e direção de Deus. Mesmo, às vezes, não vendo resultados pontuados pelas pessoas como o ‘sucesso’, continua sendo fiel e o pastor responsável por certo número de ovelhas dadas por Deus. Para ele, cumprir a missão de Deus não é encher a igreja de gente a qualquer custo, mas sim obedecer a Deus e confiar a Ele os resultados do trabalho, seja quais forem.

6- O que não faz a si mesmo o “bam-bam-bam” da igreja = Esse pastor sabe fazer suas ovelhas entenderem a diferença entre admiração e bajulação. Ele não aceita ser bajulado e até adorado como se fora mais do que os outros ou até mesmo um quase deus. Coloca-se na posição de servo, tem prazer de trabalhar em equipe e de ver suas ovelhas se desenvolvendo em seus ministérios, e sempre reitera que ele também é ovelha do rebanho de Deus. Não deixa o ego assumir o controle. Ele não é um ídolo dentro de sua igreja.

7- O que não explora financeiramente suas ovelhas = Esse pastor não é ignorante, não acredita que as dívidas da igreja são pagas como que por milagre. Ele sabe das possibilidades da sua igreja e não usa ameaças e nem promessas que a Bíblia não faz para que suas ovelhas contribuam com o trabalho. Ele sabe instruir corretamente sua igreja sobre o que a Bíblia diz a respeito das contribuições para o reino de Deus. Não faz dos momentos de ofertório o momento mais importante do culto e nem do dinheiro o deus e a confiança maior da igreja. Trabalha a parte financeira da igreja com dignidade, ética e transparência.

8- O que não tem medo de ensinar profundamente a Bíblia às suas ovelhas = Esse pastor não faz doutrinas em cima de textos isolados da Bíblia, por isso, não tem medo de ensinar suas ovelhas a serem questionadoras, estudantes profundas da Bíblia. Ele tem porta aberta ao diálogo e aos questionamentos. Por isso, os cultos que preside são banquetes de aprendizado e quebrantamento, onde a Palavra de Deus reina soberana como fonte de ensino e a regra de fé e prática. Por ser assim ele sabe que precisa sempre beber dessa fonte para também poder dar de beber cada vez mais aos seus discípulos.

9- O que ora sempre buscando em seus pedidos que seja feita a vontade de Deus em primeiro lugar = Esse pastor não ousa sequer pronunciar palavras de ordem a Deus. Ele sabe quem é Deus, sabe de Seus atributos grandiosos. E mais, sabe exatamente que ele é apenas um homem imperfeito, que está de pé pela graça de Deus. Por isso, em suas orações ele é dependente de Deus e não o chefe de Deus.

10- O que tem cheiro de ovelha = Esse pastor é pastor que pastoreia de verdade. A sua missão de vida é pastorear e não fazer fortuna com o rebanho vendendo suas peles e carnes! Chegue perto dele e sentirá o cheiro das ovelhas. Isso porque ele fica muito perto, ele acompanha, ele se preocupa com elas. Ele as ama de verdade, mesmo que elas não tenham nada para dar-lhe em troca. Ele as acolhe, ele cumpre seu trabalho cabalmente como bom trabalhador que não tem de que se envergonhar.
E VOCÊ, TEM ALGUM PASTOR QUE RESPEITA E ADMIRA?

segunda-feira, 10 de março de 2014

Lição 11 - Deus Escolhe Arão e Seus Filhos Para o Sacerdócio

                                 16 de Março de 2014 
                    Deus Escolhe Arão e Seus 
                    Filhos Para o Sacerdócio

TEXTO ÁUREO
"E para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra"  (Ap 5.10).

VERDADE PRÁTICA
Cristo nos fez reis e sacerdotes, para anunciarmos as virtudes do seu Reino.

HINOS SUGERIDOS
 86, 176, 432

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Hb 6.20 Jesus, Sacerdote Eterno
Terça - Hb 5.1-9 A superioridade do sacerdócio de Jesus
Quarta - Hb 5.10 Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque
Quinta - Hb 7.1-4 Figura do sacerdócio eterno de Cristo
Sexta - Hb 7.26 Jesus, Sacerdote Santo
Sábado - Ap 1.6 Cristo nos fez reis e sacerdotes do Altíssimo


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 28.1-11

1 Depois, tu farás chegar a ti teu irmão Arão e seus filhos com ele, do meio dos filhos de Israel, para me administrarem o ofício sacerdotal, a saber: Arão e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar.
2 E farás vestes santas a Arão, teu irmão, para glória e ornamento.
3 Falarás também a todos os que são sábios de coração, a quem eu tenha enchido do espírito de sabedoria, que façam vestes a Arão para santificá-lo, para que me administre o ofício sacerdotal.
 4 Estas, pois, são as vestes que farão: um peitoral, e um éfode, e um manto, e uma túnica bordada, e uma mitra, e um cinto; farão, pois, vestes santas a Arão, teu irmão, e a seus filhos, para me administrarem o ofício sacerdotal.
 5 E tomarão o ouro, e o pano azul, e a púrpura, e o carmesim, e o linho fino
 6 e farão o éfode de ouro, e de pano azul, e de púrpura, e de carmesim, e de linho fino torcido, de obra esmerada.
 7 Terá duas ombreiras que se unam às suas duas pontas, e assim se unirá.
 8 E o cinto de obra esmerada do éfode, que estará sobre ele, será da sua mesma obra, da mesma obra de ouro, e de pano azul, e de púrpura, e de carmesim, e de linho fino torcido.

9 E tomarás duas pedras sardônicas e lavrarás nelas os nomes dos filhos de Israel,
10 seis dos seus nomes numa pedra e os outros seis nomes na outra pedra, segundo as suas gerações.
 11 Conforme a obra do lapidário, como o lavor de selos, lavrarás estas duas pedras, com os nomes dos filhos de Israel; engastadas ao redor em ouro as farás.



INTERAÇÃO
Por que os justos sofrem? Por que os ímpios prosperam? Por que o mal existe? Estas perguntas são feitas há muito por filósofos, cientistas e, por que não, cristãos sinceros. O problema é que a teologia da prosperidade - que afirma: o crente não sofre - propagada nas últimas décadas no universo evangélico, tem prestado um grande desserviço para a Igreja de Cristo. Precisamos entender que enquanto estamos presentes neste mundo, e embora justificados por Cristo, fazemos parte de uma criação não regenerada, anelando por sua transformação no devido tempo (Rm 8.18-23). Mas por intermédio do Espírito Santo temos a graciosa promessa de que Jesus Cristo estará conosco até a consumação dos séculos (Mt 28.20).

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
* Explicar o sacerdócio em Israel.
* Elencar os elementos da indumentária sacerdotal.
* Compreender o papel atual dos ministros da Igreja de Cristo.


ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Para concluir o terceiro tópico da lição, leia com a sua classe, a primeira epístola do apóstolo Paulo a I Timóteo 3.1-7. Use a lousa para elencar as qualidades necessárias para quem deseja exercer o Santo Ministério: (1) Ser irrepreensível; (2) marido de uma só mulher; (3) vigilante; (4) sóbrio; (5) hospitaleiro; (6) apto para ensinar; (7) não dado ao vinho; (8) não espancador; (9) não cobiçoso de torpe ganância; (10) moderado, não contencioso, não avarento; (11) governe bem a própria casa tendo os filhos em sujeição, com toda modéstia; (12) que não seja novo na fé; (13) não soberbo; (14) tenha bom testemunho dos que estão fora da igreja. Conclua dizendo que tais características resultam do caráter regenerado pela mensagem do Evangelho.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

O capítulo 28 de Êxodo trata da chamada divina para o sacerdócio em Israel. O povo precisava aprender a adorar a Deus. Era necessário que homens chamados por Deus cuidassem da prática do culto ao Senhor no Tabernáculo e também através da congregação de Israel. Logo, o Senhor separou a tribo de Levi para o serviço no Tabernáculo e para o santo ministério sacerdotal. Os levitas serviam a Deus e auxiliavam os sacerdotes. Assim, todo sacerdote em Israel era levita, mas nem todo levita era sacerdote como veremos na lição

I. O SACERDÓCIO  (ÊX 28.1-5)

1. O sacerdote. Deus ordena que Moisés separe Arão e seus filhos para o ministério sacerdotal. O sacerdote deveria não somente pertencer à tribo de Levi, mas era preciso que fosse um descendente de Arão, que teve o privilégio de ser o primeiro sacerdote de Israel. Pertenciam à classe sacerdotal em Israel o sumo sacerdote, os sacerdotes e também os levitas.
O sacerdócio de Arão apontava para Cristo, nosso Sumo Sacerdote eterno (Hb 6.20). Arão era um ser humano e, portanto, um pecador que carecia de se apresentar diante de Deus com sacrifícios pelos seus próprios pecados. Mas Cristo é perfeito e seu sacrificio por nós foi único, completo e aceito pelo Pai.
2. O ministério dos sacerdotes. Quais eram as funções de um sacerdote? Sua principal missão era apresentar o homem pecador diante do Deus santo. Eram, especificamente, três as obrigações básicas do sacerdote: "santificar o povo, oferecer dons e sacrifícios pelo povo e interceder pelos transgressores". Eles também atuavam como mestres da lei (Lv 10.10,11). O sacerdócio de Arão apontava para Cristo, nosso único mediador diante de Deus. Como Sumo Sacerdote, Cristo intercede diante do Pai por nós (1 Tm 2.5).
3. O sumo sacerdote. As nações que estavam ao redor dos hebreus já conheciam o serviço sacerdotal. Os sacerdotes não receberam nenhuma herança de terras quando as tribos entraram na Terra Prometida, pois a sua recompensa era servir ao Todo-Poderoso. Eles eram sustentados pelas ofertas e os sacrifícios levados ao Tabernáculo. Viviam de modo simples e dependiam única e exclusivamente da obediência e fidelidade do povo ao trazer seus dízimos (Nm 18.3-32).

SINOPSE DO TÓPICO (1) Deus ordena o ministério sacerdotal por intermédio de Moisés, separando Arão e seus filhos para o santo ofício.

II.  A INDUMENTÁRIA DO SACERDOTE
1. A túnica de linho e o éfode (Êx 28.4-28). As vestes do sacerdote deveriam ser santas (Êx 28.3). Eles não poderiam se apresentar diante do Senhor de qualquer maneira. O linho fino apontava para a pureza, perfeição e justiça de Cristo, nosso sacerdote. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, "o éfode era um tipo esmerado de avental bordado, unido nos ombros e ligados por uma faixa na cintura". No éfode havia duas pedras de ônix com os nomes das doze tribos. Arão deveria levar e apresentar diante de Deus as doze tribos de Israel. Cristo carregou sobre si os nossos pecados e os apresentou diante do Pai (1 Co 15.3).
Sobre o éfode estava o peitoral contendo doze pedras preciosas com os nomes dos doze filhos de Israel. Esta peça ficava sobre o coração de Arão - o sumo sacerdote (Êx 28.15,17,21,29).
 2. O Urim e Tumim (Êx 28.30). Eram pedras que os sacerdotes utilizavam na hora de tomar decisões. Eles deveriam carregar estas peças junto ao coração, mostrando a importância delas. Isso nos mostra que nossas decisões devem ser tomadas de acordo com a Palavra de Deus.

SINOPSE DO TÓPICO (2) A túnica de linho, o éfode, o Urim e o Tumim eram elementos sagrados que compunham a indumentária sacerdotal.

III. MINISTROS DE CRISTO PARA A IGREJA
1. Chamados por Deus. Os verdadeiros ministros da igreja são chamados e vocacionados pelo Senhor. O ministério pastoral não é simplesmente um cargo ou uma forma de se alcançar status seja ele qual for. Muitos querem viver da obra e não para ela. Quem exerce o santo ministério sem a direta chamada do Senhor - o Dono da obra - é um intruso e está profanando a obra de Deus.
2. Qualificações. O sacerdote não podia se apresentar diante de Deus e da congregação de qualquer maneira. Um pastor deve sempre agir de modo a dar um bom testemunho (1 Tm 3.7). O bom testemunho deve vir não somente dos que estão fora da igreja, mas especialmente pelos irmãos em Cristo. É preciso viver uma vida digna diante dos homens e também diante de Deus (1 Tm 6.11,12). O pastor deve em tudo ser o exemplo (Tt 2.7)
3. Comprometidos com a Palavra. Os sacerdotes também tinham a função de ensinar a Palavra de Deus. Da mesma forma, Paulo recomenda que o ministro seja apto para ensinar (1 Tm 3.2). É preciso que seja alguém capacitado na Palavra. A missão dos ministros de Cristo consiste no serviço, na mordomia, isto é, na administração dos negócios de Deus e, sobretudo, em sua fidelidade e santidade.
SINOPSE DO TÓPICO (3 Os ministros de Cristo são dados por Deus à Igreja. Eles devem manifestar um caráter que honre ao Pai e que, igualmente, demonstre o compromisso com o ministério da Palavra.

CONCLUSÃO
Os sacerdotes levavam os israelitas até a presença de Deus. O sacerdócio de Arão apontava para o sacerdócio perfeito de Cristo. Atualmente, todos os que creem em Jesus e no seu sacrifício na cruz foram feitos, pela fé, reis e sacerdotes do Deus Altíssimo (1 Pe 2.5,9). Você é um representante de Deus aqui na terra, e nessa posição, você tem levado outros até Cristo?.


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Geográfico
"O Dia da Expiação

O dia 10 do mês de Tisri marcava o Dia da Expiação (Lv 16). Esse dia era de muitas formas um clímax do ano religioso judeu. Os sacerdotes ofereciam durante o ano inteiro sacrifícios a Deus, a fim de tornar o povo aceitável a Ele; mas os sacerdotes e seu equipamento foram cerimonialmente afetados pelo pecado e o Dia da Expiação foi instituído para promover uma 'limpeza espiritual de primavera', de modo que o caminho para chegar a Deus, mediante sacrifício, ficasse aberto por mais um ano. O sumo sacerdote era a única pessoa que podia fazer isso e nos dias do Novo Testamento, a fim de não haver erro, ele era cuidadosamente vestido pelos anciãos e praticava o ritual diariamente durante a semana anterior.
No Dia da Expiação, o sumo sacerdote era mantido acordado durante a madrugada, e quando chegava a manhã, era vestido com roupas brancas simples para dar início às cerimônias. Ele primeiro confessava os pecados das pessoas com a mão sobre o pescoço de um touro sacrificial, que havia sido morto e colhido o seu sangue. Dois bodes eram colocados à sua frente e sortes lançadas para ver qual deles devia ser de Deus e qual do povo. O bode de Deus era morto e seu sangue misturado com o do touro. Depois, sozinho, o sumo sacerdote entrava com incenso e brasas no Santo dos Santos. O incenso era queimado e quando ele enchia o lugar, acreditava-se que o sumo sacerdote era aceitável a Deus" (GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp.321-22).


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teologia Pastoral
"O Caráter do Servo do Senhor
Uma geração inteira levantou-se em oposição a todas as formas de organização instituídas, quer os credos e práticas estabelecidas fossem certos, quer não. A precipitação maléfica disso ainda é vista na oposição pública a qualquer autoridade: civil, religiosa ou organizacional. Pode ser que haja ocasiões em que se deva fazer oposição às instituições, mas o verdadeiro caráter não condena a autoridade só porque é autoridade. Deve haver padrões de caráter: para indivíduos e para organizações. Oposição arbitrária à autoridade, sem qualquer base ética ou moral, só conduz à anarquia e ao caos. A sociedade moderna não parece estar muito distante desse estado. De todas as pessoas, o ministro do Evangelho tem de ter uma definição clara do que seja o caráter para que seja modelado com nitidez.

O Caráter e Ação
O caráter nunca é comprovado por uma declaração escrita ou oral de convicções. É demonstrado pelo modo como vivemos, pelo comportamento, pelas escolhas e decisões. Caráter é a virtude vivida.
O caráter ruim ou o comportamento pouco ético tem sido comparado ao odor do corpo: ficamos ofendidos quando o detectamos nos outros, mas raramente o detectamos em nós mesmos. Os líderes espirituais sempre devem ser sensíveis ao fato de que suas ações falam muito mais alto do que as palavras ditas do púlpito. Visto que as ações que praticamos raramente são percebidas como provas de caráter defeituoso, fazem-se essenciais à introspecção e à auto-avaliação, não porque desejamos agradar ou evitar ofender os outros, mas porque a reputação e o caráter do ministro devem estar acima de toda repreensão (1Tm 3.2,7). Nossas palavras e pensamentos devem ser agradáveis perante a face de Deus (Sl 19.14), mas nossas ações revelam nosso caráter aos outros. As características do caráter exigido por Deus daqueles que querem habitar em sua presença são ações, e não um estado passivo de ser [...] (Sl 15)" (CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas E. et al. Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.114-15).


VOCABULÁRIO
Indumentária: Arte relacionada com vestuário; conjunto de vestimentas usadas em determinada época ou por determinado povo, classe social, profissão, etc.
Esmerado: Caprichoso, empenhado.
Clímax: Parte do enredo (de livro, filme, peça, etc.) em que os acontecimentos centrais ganham o máximo de tensão, prenunciando o desfecho; ápice.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas E. et al. Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão
CPAD, nº 57. p.41.

EXERCÍCIOS

1. De acordo com a lição, como o crente fiel deve estar consciente a respeito dos revezes da vida?
R. Arão e os seus filhos.

2. O que, na lição, aprendemos acerca da espiritualidade das pessoas?
R. O sacerdócio de Arão apontava para Cristo.

3. Por que a expressão "Esta é a tua porção nesta vida debaixo do sol" é uma chave importante para entendermos a mensagem do Eclesiastes?
R. Sua principal missão era apresentar o homem pecador diante do Deus santo.

4. As catástrofes naturais e os problemas sociais apenas acontecem em países habitados por "pecadores"? Justifique a sua resposta.

R. O éfode era um tipo esmerado de avental bordado, unido nos ombros e ligados por uma faixa na cintura.

5. Para você, por qual causa vale a pena lutar na vida?
R. Resposta pessoal.

quarta-feira, 5 de março de 2014

MULHERES DA BÍBLIA



"Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou."
Gênesis 1:27
As mulheres não foram mencionadas na Bíblia com tanta freqüência quanto os homens. Mas as mulheres na Bíblia tiveram parte importante na história da salvação. De Eva, em Gênesis, até Maria, em Belém, as mulheres fizeram suas contribuições.
Veja algumas destas mulheres:

Débora – Juízes 4- 5
Débora era esposa, conselheira, juíza e heroína de guerra. A Bíblia não nos revela muito sobre Débora, mas sabemos que o povo a tinha em alta conta.
Qual era o segredo do sucesso de Débora? Juízes 4:4-7, 9, 14
Uma das conversas mais interessantes em todo Antigo Testamento aparece nesta história (Juízes 4:8). A história começa sob o controle de um país estrangeiro, por causa dos pecados de Israel. Israel clama ao Senhor por libertação. Falando pelo Senhor, Débora ordena a Baraque, um general do exército israelita: leve dez mil homens e lute contra o inimigo. Ela promete que o Senhor lhe dará a vitória sobre o exército de Sísera (Juízes 4:6, 7). Mas Baraque concorda em avançar sob uma condição: a própria Débora deve ir com ele à batalha. Débora diz a Baraque que o Senhor prometeu a vitória. Mas Baraque ainda recusa lutar se Débora não for com ele. Por quê? Sua fé em Deus e seu relacionamento com Ele eram bem conhecidos. Nem mesmo um exército, com todas as armas mortíferas de guerra, estava disposto a avançar sem ela.
Era a própria Débora a pessoa que Baraque queria ter consigo? Ou era a Pessoa [Deus] que Débora simbolizava?
A história não termina com a derrota do exército inimigo e de Sísera. Mesmo antes da batalha começar, Débora disse a Baraque que Sísera seria morto "às mãos de uma mulher" (Juízes 4:9). Leia o que aconteceu em Juízes 4:17-22. O Senhor queria usar as mulheres de um modo especial para dar vitória a Israel. Ele também queria que os homens soubessem que Ele estaria usando as mulheres para cumprir Seus propósitos.
 
Ester – Heroína Involuntária
Ester é o exemplo de uma pessoa fiel e corajosa que se esforçou para salvar seu povo. Esta é também uma história sobre uma mulher que não teve nenhum controle sobre sua situação. Ela foi forçada a escolher entre dois males. Não nos acontece às vezes de termos também de escolher o menor dos males?
As ações de Ester foram completamente desinteressadas? O que Mardoqueu disse para levar Ester a arriscar sua vida? Ester 4:9-15
Ester não queria pedir ao rei para ajudar porque, se fosse vê-lo sem ser chamada, ela podia ser morta (Ester 4:9-11). Mas Mardoqueu lhe disse que se não fosse pedir a ajuda do rei, ela morreria de qualquer maneira (Ester 4:14)! Assim, as ações corajosas de Ester não foram totalmente desinteressadas.
Não conhecemos os pensamentos secretos de Ester. Mas as fortes palavras de Mardoqueu devem tê-la convencido a ir em frente. Ester respondeu: "Irei ter com o rei, ainda que é contra a lei; se perecer, pereci" (Ester 4:16). A decisão de Ester mostra uma pessoa disposta a agir pela fé, não importa quanto lhe custasse. Este é o único tipo de fé que obtém resultados! Podemos aprender de Ester que se esperarmos para fazer as coisas até sermos completamente desinteressados, podemos não fazer nada!
Como pecadores, tudo o que fazemos é manchado pelo pecado. Nossas boas obras, mesmo quando praticadas por amor e por fé, ainda são egoístas. O incenso que ardia no santuário simbolizava a justiça de Jesus. A justiça de Jesus cobre nossas orações, que não são puras, porque vêm de seres humanos e pecadores.

Rute – a Antepassada de Jesus – Rute 1–4
Leia o pequeno livro de Rute para lembrar-se do seu enredo: "O livro de Rute é uma pequena história preocupada especialmente em fazer a narrativa da linhagem do Rei Davi [e daí, a Cristo]. ... Era uma época terrível. Durante o tempo dos juízes, a fome atingiu duramente a terra. Um nativo de Judá, chamado Elimeleque, foi para o estrangeiro, para Moabe, a fim de tentar melhorar sua sorte. Mas ele morreu jovem, deixando sua viúva, Noemi, com dois filhos. Os filhos tomaram esposas moabitas, Rute e Orfa, mas os filhos também morreram. Então, as três mulheres viram-se sozinhas sem os homens de que precisavam para estar seguras em uma sociedade patriarcal." – Denise Carmody, Biblical Woman: Contemporary Reflections on Scriptural Texts, págs. 32 e 33.
Muitos crêem que Rute escolheu ir com Noemi porque eram boas amigas. Mas Orfa também disse que queria ir com Noemi por causa do Deus de Noemi. Uma filha volta ao seu próprio povo e aos seus "próprios deuses" em Moabe. A outra filha fica com o Senhor e com Seu povo.
O relacionamento entre sogra e nora nem sempre é bom. Mas alguma coisa aconteceu entre essas mulheres que fez Rute e Orfa amarem Noemi. Qual foi a atitude das noras quando Noemi anunciou que voltaria à sua terra? Rute 1:10, 14-17
Deus nos deu muitas verdades bonitas e poderosas. Mas podemos levar muitas pessoas a afastar-se dEle pela maneira como as tratamos.

Maria – Mãe de Jesus – Luc. 1:30, 31
Como a mãe de Jesus, Maria é a maior de todas as mulheres. Em seu ventre, o Criador do Universo tornou-se homem! Nenhuma mulher de toda a História do mundo foi tão honrada e respeitada. Algumas pessoas até a adoram como um ídolo! Sem dúvida, tanto sua prima [Izabel] como o anjo Gabriel estavam certos quando lhe disseram: "Bendita é você entre as mulheres" (Luc. 1:42 NVI).
Quando o anjo apareceu pela primeira vez a Maria, disse-lhe que ela era "favorecida" por Deus. A palavra grega traduzida como "favorecida" é kairin, a palavra exata que a Septuaginta (uma primeira tradução grega da Bíblia hebraica) usava para traduzir Gênesis 6:8: "Porém Noé achou graça (kairin) diante do Senhor". No entanto, é evidente que tanto Noé como Maria tinham características especiais que habilitavam o Senhor a usá-los.
A palavra kairin (graça ou favor) permite entender que as pessoas mereciam os papéis que receberam? Como Maria reconheceu que era pecadora? Luc. 1:46, 47
Ponha-se no lugar de Maria. Um anjo lhe diz que algo impossível vai lhe acontecer. As próprias palavras de Maria, em Lucas 1:34, mostram como foi difícil para ela entender o que o anjo havia prometido. Mas o anjo lhe deu evidências suficientes para confiar em Deus, mesmo assim. Foi por isso que o Senhor pôde usá-la. A fé que Maria tinha nas promessas de Deus a torna um exemplo maravilhoso a todos os que afirmam ter fé.
 
Maria – uma Pecadora Perdoada – Luc. 7:36-50
Lucas 7 não nos diz o nome da mulher. Mas ela é Maria Madalena. Ela é a mesma mulher que esteve entre as primeiras a verem a sepultura de Jesus na manhã da ressurreição (Mat. 28:1; Mar. 16:1, 2). Ela também foi uma das primeiras a informar os discípulos sobre a ressurreição de Jesus (Mat. 28:7, 8; Luc. 24:1-10; João 20:18). Maria Madalena foi a primeira mulher (ou uma das primeiras mulheres) a quem Jesus apareceu depois da ressurreição (Mat. 28:1, 5, 6, 9).
Qual era a grande diferença entre Simão e Maria? Luc. 7:41, 42
Não nos é dado nenhum detalhe. De acordo com a história, Maria Madalena foi muito pecadora. Mas Jesus reprova Simão, e não Maria. Por quê? Simão é a pessoa que não mostrou arrependimento e gratidão verdadeiros, como os de Maria. Simão representa as pessoas que buscam a justiça própria. As pessoas com justiça própria não sentem a necessidade de cair contritos e arrependidos aos pés de Jesus. Simão – como todos – é um pecador condenado que não tem com que pagar a sua dívida (Luc. 7:44). Mas não enxerga qualquer necessidade de se arrepender de seus pecados.
"Aquela que caíra [Maria] e cuja mente fora habitação de demônios, chegara bem perto do Salvador em associação e serviço. Foi Maria que se assentou aos pés de Jesus e dEle aprendeu. Foi ela que Lhe derramou na cabeça o precioso ungüento, e banhou os pés com as próprias lágrimas. Achou-se ao pé da cruz e O seguiu ao sepulcro. Foi a primeira junto ao sepulcro, depois da ressurreição. A primeira a proclamar o Salvador

Como rainhas, juízas, pecadoras ou mães, as mulheres tiveram parte importante na história do povo de Deus. Podemos todos, mulheres e homens, aprender de seus exemplos.

Fonte:
Por. Eliezer Moura

8 de Março Dia Internacional da Mulher


História do 8 de março


No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).



Os fatos históricos que marcaram as conquistas das mulheres


No Dia Internacional da Mulher, relembraremos as principais conquistas do movimento feminista.
Símbolo do feminismo:
 -  A operária Geraldine Hoff serviu como modelo para J.Howard Miller, que utilizou a imagem como propaganda durante a Segunda Guerra Mundial. O cartaz converteu-se em um símbolo para as mulheres que assumiram postos de trabalho em substituição aos homens que serviam às forças armadas americanas
  -  A comercialização da pílula anticoncepcional em 1961 causou uma revolução sexual. A pílula foi
desenvolvida por dois médicos americanos, Gregory Pincus e Carl Djarassi, com incentivo da feminista e
ativista social Margaret Sanger e financiamento de Katharine McCormick, uma rica herdeira industrial.
Durante os anos 1960, escritoras como Simone de Beauvoir e Betty Friedan ganharam espaço por
buscarem desconstruir o papel então convencionado para a mulher na sociedade. Na foto, Beauvoir se
encontra com o filosofo francês Jean Paul Sartre (com quem mantinha um relacionamento aberto) e com o
líder argentino Che Guevara, em Cuba.
 -  A bióloga Bertha Lutz é a principal articuladora do período em que as mulheres brasileiras conquistaram o direito ao voto, em 1932. A filha do cientista Adolfo Lutz foi uma das idealizadoras do Partido Republicano Feminino. No poder, trabalhou para mudar a legislação trabalhista no que dizia respeito ao trabalho feminino e infantil.
- A farmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes exigiu na justiça que seu agressor fosse
condenado. Sua luta virou modelo para a Lei 11.340 que aumentou o rigor nas punições para violência
doméstica ou familiar no Brasil.
- A Constituição de 1932 garantiu os primeiros votos de mulheres no Brasil e 78 anos depois Dilma
Rousseff é eleita a primeira presidente do país.

O dia 8 de março é um marco na luta pelos direitos das mulheres ao redor do mundo. Se fosse possível retroceder no tempo e contar para um cidadão do começo do século 20 que as mulheres, hoje, votam, tem média de escolaridade maior que a dos homens, governam países e estão inseridas amplamente no mercado de trabalho, talvez o sujeito não acreditasse no relato.
No entanto, ainda há muito que avançar para se alcançar a igualdade de direitos entre homens e mulheres. Os dados sobre a opressão sofrida pelas mulheres é assustador. Segundo pesquisa realizada no ano 2000 pela Comission on the Status of Women da ONU, uma em cada três mulheres no mundo já foi espancada ou violentada sexualmente.
Os números no Brasil também são alarmantes. A cada cinco minutos, uma mulher é agredida no país. Em cerca de 70% dos casos, quem agride é o marido ou namorado, de acordo com relatório do Ministério da Justiça de 2012.
Os direitos constitucionais ainda não garantem igualdade de condições para os gêneros. Para entender as diferenças entre homens e mulheres no mercado de trabalho, por exemplo, a PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, de 2007, diz que a equiparação de salários só deve acontecer daqui a 87 anos, para mulheres e homens que executam as mesmas funções. As mulheres, no caso, ganham menos.
"A data de comemoração do dia das mulheres é simbólica. No entanto, é uma boa maneira de inserir o debate sobre os direitos das mulheres e colocar o tema na agenda. Por exemplo, é importante que as políticas públicas permitam a discussão nas escolas sobre igualdade de condições para os gêneros", afirma Karina Janz Woitowicz, doutora em Ciências Humanas na área de Estudo de Gênero da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
A professora Maria Vilani Cavalcanti Gomes, especialista em Filosofia Clínica, organiza um grupo de professores na E.E Professora Adelaide Rosa Machado de Souza, Grajaú, São Paulo, para discutir as conquistas da mulher com os alunos. O projeto interdisciplinar chamado "O feminino e seus contextos" pretende trabalhar com a turma o atual papel da mulher na sociedade, preconceitos de gênero, história da mulher indígena, entre outros assuntos.
Historicamente, as mulheres foram autorizadas a frequentar a escola no Brasil apenas em 1827, quando uma lei no período imperial permitiu-lhes o acesso à Educação. No entanto, a lei garantiu acesso apenas às escolas elementares.
Escritoras como Simone de Beauvoir e Betty Friedan ganharam espaço por buscarem desconstruir o papel então convencionado para a mulher na sociedade.
Um caso emblemático desse período aconteceu no dia 7 de setembro de 1968, quando centenas de mulheres de vários partes dos Estados Unidos saíram às ruas de Atlantic City e protestaram contra os estereótipos femininos e a "ditadura da beleza". A ideia era fazer uma queima coletiva de sutiãs. No entanto, o plano não foi concretizado.
No Brasil, a autora Céli Regina Pinto, no livro "Breve história do feminismo no Brasil", descreve duas fases do movimento no país: "feminismo bem-comportado" e "feminismo mal-comportado".
Na primeira fase, entre o final de século 19 até o início do século 20, em 1932, as mulheres conquistam o direito de votar. A bióloga Bertha Lutz é a principal articuladora feminista do período.
A segunda fase, entendida como "mal-comportada", foi marcada por mobilizações contra a ditadura, quando muitas mulheres brasileiras foram exiladas. Nesse período, as mulheres tiveram uma participação efetiva nas lutas pela democracia, mobilizadas para as causas gerais (fim da ditadura) e para causas específicas (pelo combate à violência doméstica, pela construção de creches para os filhos das trabalhadoras e pelo direito ao aborto).
Ao longo das décadas, o Brasil conquistou muitas vitórias na luta contra a violência domiciliar. Em 1985, foi criada a primeira delegacia da mulher. Quase dez anos depois, a Lei 11.340, mais conhecida como Lei Maria da Penha, aumentou o rigor nas punições para violência doméstica ou familiar. Hoje, agressores de mulheres podem ser presos em flagrante ou ter prisão preventiva decretada. Além disso, a lei prevê medidas como a saída do agressor do domicílio e a proibição de sua aproximação da mulher agredida e dos filhos.
A violência contra as mulheres ainda encontra apoiadores de forma velada na sociedade ou explícita em redes sociais. Luzinete Simões Minella, professora do programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), explica que uma grande questão atual na luta por direitos é a conscientização sobre os preconceitos. "A misoginia, por exemplo, é muito maior que simples preconceito, é o ódio ao sexo feminino. Essa forma de pensar alimenta a ideia de alguns estereótipos e impede mais conquistas das mulheres"



25 conquistas das mulheres no Brasil

Veja como as mulheres foram ganhando seu espaço mundo afora, conquistando seus direitos enquanto atrizes de uma história que costuma privilegiar o gênero masculino. Neste artigo, vamos abordar as conquistas históricas das mulheres no Brasil. Estas conquistas são importantes, mas não podemos esquecer dos abusos e injustiças sofridos pela mulher, muitos em nosso país, e que precisam ser erradicados.
- 1822: Maria Leopoldina Josefa Carolina, arquiduquesa da Áustria e imperatriz do Brasil, exerce a regência, em 1822, na ausência de D. Pedro I, que se encontrava em São Paulo. A imperatriz envia-lhe uma carta, juntamente com outra de José Bonifácio, além de comentários a Portugal criticando a atuação do marido e de dom João VI. Ela exige que D. Pedro proclame a independência do Brasil e, na carta, adverte: “O pomo está maduro, colhe-o já, senão apodrece”.
- 1827: surge a primeira lei sobre educação das mulheres, permitindo que freqüentassem as escolas elementares; as instituições de ensino mais adiantado eram proibidas a elas.
- 1879: As mulheres têm autorização do governo para estudar em instituições de ensino superior; mas as que seguiam este caminho eram criticadas pela sociedade.
- 1885: A compositora e pianista Chiquinha Gonzaga estreia como maestrina, ao reger a opereta “A Corte na Roça”. É a primeira mulher no Brasil a estar à frente de uma orquestra. Precursora do chorinho, Chiquinha compôs mais de duas mil canções populares, entre elas, a primeira marcha carnavalesca do país: “Ô Abre Alas”. Escreveu ainda 77 peças teatrais.
- 1887: Formou-se a primeira médica no Brasil: Rita Lobato Velho. As pioneiras tiveram muitas dificuldades em se afirmar profissionalmente e algumas foram ridicularizadas.
- 1917: A professora Deolinda Daltro, fundadora do Partido Republicano Feminino em 1910, em plena República Oligárquica, lidera uma passeata exigindo a extensão do voto às mulheres.
- 1927: O Governador do Rio Grande do Norte, Juvenal Lamartine, consegue uma alteração da lei eleitoral dando o direito de voto às mulheres. O primeiro voto feminino no Brasil – e na América Latina! – foi em 25 de novembro, no Rio Grande do Norte. Quinze mulheres votaram, mas seus votos foram anulados no ano seguinte. No entanto, foi eleita a primeira prefeita da História do Brasil: Alzira Soriano de Souza, no município de Lages – RN.

- 1932: 24 de Fevereiro Getúlio Vargas, no início da Era Vargas, promulga o novo Código Eleitoral, garantindo finalmente o direito de voto às mulheres brasileiras. A primeira atleta brasileira a participar de uma Olimpíada, a nadadora Maria Lenk, de 17 anos, embarca para Los Angeles. É a única mulher da delegação olímpica.
- 1933: Nas eleições para a Assembléia Constituinte, são eleitos 214 deputados e uma única mulher: a paulista Carlota Pereira de Queiroz.
- 1937/1945: O Estado Novo criou o Decreto 3199 que proibia às mulheres a prática dos esportes que considerava incompatíveis com as condições femininas tais como: “luta de qualquer natureza, futebol de salão, futebol de praia, pólo, pólo aquático, halterofilismo e beisebol”. O Decreto só foi regulamentado em 1965.
- 1948: Depois de 12 anos sem a presença feminina, a delegação brasileira olímpica segue para Londres com 11 mulheres e 68 homens.
- 1960: Durante o Período Democrático, a grande tenista brasileira, a paulista Maria Esther Andion Bueno torna-se a primeira mulher a vencer os quatros torneios do Grand Slam (Australian Open, Wimbledon, Roland Garros e US Open). Conquistou, no total, 589 títulos em sua carreira.
- 1979: Eunice Michilles, então representante do PSD/AM, torna-se a primeira mulher a ocupar o cargo de Senadora, por falecimento do titular da vaga. A equipe feminina de judô inscreve-se com nomes de homens no campeonato sul-americano da Argentina. Esse fato motivaria a revogação do Decreto 3.199.
- 1980: Recomendada a criação de centros de autodefesa, para coibir a violência contra a mulher. Surge o lema: “Quem ama não mata”.
- 1983: Surgem os primeiros conselhos estaduais da condição feminina (MG e SP), para traçar políticas públicas para as mulheres. O Ministério da Saúde cria o PAISM – Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher, em resposta à forte mobilização dos movimentos feministas, baseando sua assistência nos princípios da integralidade do corpo, da mente e da sexualidade de cada mulher.
- 1985: Surge a primeira Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher – DEAM (SP) e muitas são implantadas em outros estados brasileiros. Ainda neste ano, com a Nova República, a Câmara dos Deputados aprova o Projeto de Lei que criou o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher. É criado o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem), em lugar do antigo Fundo de Contribuições Voluntárias das Nações Unidas para a Década da Mulher.
- 1988: Através do lobby do batom, liderado por feministas e pelas 26 deputadas federais constituintes, as mulheres obtêm importantes avanços na Constituição Federal, garantindo igualdade a direitos e obrigações entre homens e mulheres perante a lei.
- 1990: Eleita a primeira mulher para o cargo de senadora: Júnia Marise, do PDT/MG. Zélia Cardoso de Mello é a primeira ministra do Brasil. Ela assume a pasta da Economia no governo de Fernando Collor (1990-92).
- 1993: Assassinada Edméia da Silva Euzébia, líder das Mães de Acari, o grupo de nove mães que ainda hoje procuram seus filhos, 11 jovens da Favela de Acari (RJ), seqüestrados e desaparecidos em 1990. Ocorre, em Viena, a Conferência Mundial de Direitos Humanos. Os direitos das mulheres e a questão da violência contra o gênero recebem destaque, gerando assim a Declaração sobre a eliminação da violência contra a mulher.
- 1994: Roseana Sarney é a primeira mulher eleita governadora de um estado brasileiro: o Maranhão. Foi reeleita em 1998.
- 1996: O Congresso Nacional inclui o sistema de cotas, na Legislação Eleitoral, obrigando os partidos a inscreverem, no mínimo, 20% de mulheres nas chapas proporcionais.
- 1996: A escritora Nélida Piñon é a primeira mulher a ocupar a presidência da Academia Brasileira de Letras. Exerce o cargo até 1997 e é membro da ABL desde 1990.
- 1997: As mulheres já ocupam 7% das cadeiras da Câmara dos Deputados; 7,4% do Senado Federal; 6% das prefeituras brasileiras (302). O índice de vereadoras eleitas aumentou de 5,5%, em 92, para 12%, em 96. a presidir a sessão do Congresso Nacional.
- 2003: No Brasil do século XXI, Marina Silva, do Partid
- 1998: A senadora Benedita da Silva é a primeira mulhero dos Trabalhadores (PT) do Acre, reeleita senadora com o triplo dos votos do mandato anterior, assume o Ministério do Meio Ambiente do governo Lula.

- 2010: Dilma Rousseff, é eleita a primeira presidente mulher do Brasil.


Pb. Eliezer Moura
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